O Comitê Macrorregional COVID-19 do Triângulo Norte, em reunião via videoconferência, nesta quinta-feira, 23/04, teve ciência do Plano de Contingência do Triângulo Norte. A rede assistencial para o atendimento dos pacientes com suspeita de coronavírus foi definida observando a capacidade instalada e a possível ampliação dos leitos nos municípios que compõem as Unidades Regionais de Saúde de Uberlândia e Ituiutaba.
O estudo assistencial considera as instituições hospitalares que são referências prioritárias para a COVID-19, menciona os leitos clínicos e de UTI da região, bem como os leitos de retaguarda não COVID-19 (para as outras condições de saúde). Antes de finalizar o documento único, ele foi legitimado pelas instituições hospitalares e gestores municipais de saúde. A proposta regional foi encaminha para a avaliação técnica e validação pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG).
O Plano de Contingência é dinâmico, analisa cada hospital dentro da região e leva em consideração os recursos disponíveis, parâmetros e regras de financiamento pelo Ministério da Saúde. “O objetivo principal do plano é que a estrutura hospitalar esteja organizada, principalmente no momento do pico da doença, para que haja o correto atendimento ao paciente na ordem estabelecida e evitar o colapso assistencial”, explicou o superintendente regional de saúde de Uberlândia, Marcelo José Pires Ferreira.
Os municípios também estão elaborando seus planos locais com base na realidade macrorregional. “Muitos gestores estão em processo de conclusão e validação dos seus Planos de Contingência”, explicou a apoiadora do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS-MG) Regional, Marcela Guedes.
Panorama Regional
A análise de casos notificados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e internações e altas via SUS Fácil estão sendo analisadas em tempo real pelas equipes técnicas das Unidades Regionais de Saúde. O coordenador da sala de situação da SRS Uberlândia, Alisson Maciel de Faria Marques, ressaltou a necessidade do sistema de informação ser alimentado constantemente pelas instituições hospitalares para que as medidas sejam adotadas de forma efetiva. “A mudança de cenário é muito rápida e precisamos ter acesso às informações oficiais e seguras para prontamente fazer as projeções que influenciam na tomada de decisões assertivas, que impactam na assistência”.
O promotor de Justiça de Defesa da Saúde de Uberlândia, Lúcio Flávio de Faria e Silva, destacou a ponderação entre a saúde e a economia e o alinhamento de informações entre os prefeitos da região. “As decisões dos comitês municipais de enfrentamento ao COVID-19 precisam ser conscientes. Os empresários devem se comprometer em adotar medidas de prevenção para funcionários e clientes, sob responsabilização civil e criminal. Para que haja melhoria no lançamento dos dados no SUS Fácil, levarei esta preocupação do estado para a reunião de amanhã na Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paranaíba (AMVAP) em que estarão presentes os prefeitos e secretários de saúde”, observou o promotor.
Autor: Lilian Cunha