Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) são ferramentas essenciais para o planejamento dos serviços de saúde mental, permitindo a análise de dados, a identificação de necessidades, a monitorização de indicadores e a tomada de decisões estratégicas. Para capilarizar essa expertise, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá realizou, no dia 15/5, a oficina de qualificação de referências técnicas de Saúde Mental dos 31 municípios da área de abrangência da regional, na UNIFAGOC.
Uma análise técnica dos SIS auxilia a melhorar a qualidade e a eficiência dos cuidados, a otimizar a alocação de recursos e a promover a equidade no acesso aos serviços de saúde mental. Então, a oficina teve como público alvo, além das referências técnicas de Saúde Mental, os profissionais que digitam a produção dos serviços como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps); os Serviços de Residência Terapêutica (SRT); as Unidades de Acolhimento e os leitos de Saúde Mental.
O objetivo da oficina foi capacitar estes profissionais a conseguirem, por exemplo, a operar e alimentar bases de dados como o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS), que subsidia relatórios emitidos por ferramentas online de tabulação de dados como o TABNET e, a partir disso, interpretar os cenários como a prevalência de transtornos mentais, a distribuição geográfica dos casos, os fatores de risco e as características da população atendida e, assim, sugerir soluções que atendam às demandas verificadas.
Manter os registros e envios de produção regulares permite aos gestores a realização de planejamentos e ações de saúde próximas da realidade de cada território, atendendo às demandas locais específicas, o que pode significar mais efetividade nos recursos públicos aplicados.
“Ao registrar corretamente as produções das Unidades de Saúde que são enviadas ao Ministério da Saúde (MS), podemos utilizar de ferramentas de informações para, dentre outras milhares de possibilidades, traçar os perfis de usuário de cada serviço; verificar se estas unidades possuem funcionamento ambulatorial ou se realizam ações de articulações com seus territórios e apoio às equipes de Atenção Primária, como se espera de um serviço Caps, por exemplo”, explicou Fabiana Érica de Souza, coordenadora de Acesso de Serviço de Saúde da GRS Ubá.
A oficina utilizou de uma metodologia ativa, em que foram realizados exercícios práticos de conhecimento e análise de dados buscados no TabWin e TABNET de cada um dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial que existem no território da GRS Ubá. O monitoramento dos recursos recebidos para a Rede de Atenção Psicossocial Regional(Raps) também foi abordado, acessando o Sistema de Controle de Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade (Ssismac).
Além de Fabiana Érica, outros facilitadores da oficina foram Walter Correia de Barros, da Coordenação de Acesso de Serviço de Saúde, e Karla Granato Nunes, referência técnica de Saúde Mental, todos da GRS Ubá.
POr; Keila Lima / Fotos: Divulgação da Secretaria Municipal de Saúde de Ubá e Fabiana Érica