Ministério da Saúde avalia em Montes Claros a certificação da eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) concluiu na sexta-feira, 10/10, o acompanhamento de reuniões e visitas técnicas realizadas ao município de Montes Claros por técnicos do Ministério da Saúde, com o objetivo de avaliar a possibilidade de certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV e concessão do selo bronze de boas práticas rumo a eliminação da transmissão vertical de sífilis e da hepatite B.

Em dezembro de 2022, durante solenidade realizada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, os municípios de Montes Claros, Barbacena e Conselheiro Lafaiete receberam o Selo Prata de boas práticas para a eliminação da transmissão vertical do HIV. 

A coordenadora de vigilância em saúde na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explica que “a transmissão vertical do HIV ou da sífilis acontece quando uma gestante passa o vírus para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. No entanto, a prevenção é possível por meio do acompanhamento pré-natal adequado, uso de medicamentos antirretrovirais, adoção de medidas durante o parto e a não amamentação do bebê”.

Para avaliar a assistência à população, entre os dias 8 e 10/10, técnicos do Ministério da Saúde realizaram reuniões e visitas a serviços de saúde do município de Montes Claros. Os trabalhos contaram com a participação de integrantes da Equipe Nacional de Validação do Ministério da Saúde: Márcia Colombo; Rayane Martins; Carla Francisca dos Santos Cruz e Jéssika Ângela Freitas de Oliveira.

O nível central da SES-MG foi representado por Cecília Helena de Oliveira, referência técnica da Coordenação Estadual de HIV/Aids e Hepatites Virais e a SRS Montes Claros foi representada pelas referências técnicas das coordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Saúde, Josianne Gusmão e Maria Regina de Oliveira Morais. 

“A certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV  e a concessão do selo de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical de sífilis e da hepatite B é concedida pelo Ministério da Saúde aos municípios com mais de 100 mil habitantes. Seguem critérios estabelecidos em um guia elaborado com a participação das organizações Mundial da Saúde (OMS) e Pan-Americana da Saúde (OPAS)”, observa Josianne Gusmão.

A eliminação da transmissão vertical consiste em um marcador de qualidade da atenção à saúde ofertada à população. Por esse motivo, Josiane Santos, coordenadora do Serviço de Atenção Especializada revela que além de reuniões com gestores do município os técnicos do Ministério da Saúde visitaram Unidades Básicas de Saúde (UBS); o SAE Ampliado; a maternidade do Hospital Universitário Clemente de Faria; o Grupo de Apoio à Prevenção aos usuários vivendo com HIV e equipe de consultório de rua.

Na oportunidade foram realizadas entrevistas com profissionais que atuam nos serviços de atenção ao pré-natal e a crianças; que realizam testes rápidos para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite B, além de equipes que atuam na área de vigilância epidemiológica.

Os técnicos do Ministério da Saúde também avaliaram os fluxos de diagnóstico laboratorial; revisaram prontuários de gestantes, puérperas e crianças expostas ao HIV, sífilis e hepatite B; as ações de vigilância com foco nos fluxos de notificações, controle de qualidade e disponibilidade dos testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite b; entrevistaram usuários dos serviços de saúde e visitaram as Unidades de Saúde.

Na avaliação de Maria Regina Morais, da SRS de Montes Claros, durante as visitas uma ação importante realizada pelos técnicos foi com relação às ações de direitos humanos implementadas pelo município que conseguem atingir os grupos vulneráveis.

Por: Pedro Ricardo

Foto: Divulgação

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