Na manhã da última sexta-feira (24/04), 24 médicos que atendem em municípios que compõem a Regional de Saúde de Diamantina passaram por uma capacitação focada no manejo de vias aéreas e ventilação mecânica dos caos suspeitos da COVID-19. O curso foi oferecido pelo SAMU/Cisnorje, apoiado pela regional de saúde e realizado na Faculdade de Medicina, no Campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Diamantina.
De acordo com secretária executiva do SAMU/Cisnorje, Elaine Guedes, o objetivo central da capacitação foi preparar os médicos, que atendem em postos de saúde e nos plantões de hospitais das microrregionais, quanto ao primeiro atendimento em casos suspeitos da COVID-19. “Informamos aos médicos os conhecimentos das técnicas e protocolos de atendimento a COVID-19. Além disso, apresentamos os tipos de medicamentos utilizados em tais procedimentos. Esse primeiro atendimento é crucial para preparar e estabilizar o paciente até a chegada da equipe do SAMU”, explicou Elaine.
O médico intervencionista do SAMU/Cisnorje e responsável pela capacitação, Ewerton Antonio Fernandes, alertou que, além dos cuidados relacionados à intubação do paciente, é essencial que o profissional tenha muita precaução para evitar a contaminação. “Por ser um procedimento gerador de aerossol (PGA), que eleva o risco de contaminação de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas pela alta carga viral, é importante avaliar o melhor momento para a decisão de intubação desses pacientes, com a melhor estratégia e tomada de decisão no momento. Isto, é claro, sempre tendo como base as orientações da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE) e Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)”, reforçou Ewerton.
A superintendente da Regional de Saúde de Diamantina, Cleya da Silva Santana Cruz, destacou a importância da atualização constante de normas e protocolos para a segurança no atendimento. “A COVID-19 é uma doença nova para todos, a cada dia saem novas orientações e estudos. Por isso, temos que estar sempre atentos às mudanças, para adotar condutas seguras para os pacientes e para as equipes de assistência em saúde”, finalizou Cleya.
Autor: Ricardo Maciel