A partir de agosto, municípios da Macrorregião de Saúde Oeste, vão realizar entrevistas com moradores, com a finalidade de fortalecer a atuação dos Postos de Informação de Triatomíneos (PITs). Esta ação será realizada pelos agentes de combate a endemias dos municípios em parceria com as superintendências regionais de Saúde (SRS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais. A iniciativa tem como objetivo fortalecer o controle da Doença de Chagas, por meio de ações de educação em saúde e atuação mais ativa da população na vigilância da Doença de Chagas.
A atividade está prevista no planejamento anual do Grupo de Trabalho de Endemias da SRS Divinópolis.
Trata-se de um projeto de pesquisa, no qual estão participando três regionais do Estado, incluindo a regional de Saúde de Divinópolis. Na quinta-feira (11/7), foi realizada reunião técnica no auditório da SRS Divinópolis com coordenadores e agentes de endemias dos 53 municípios da macrorregião de Saúde Oeste. O encontro teve como foco a orientação para aplicação de um questionário junto à população.
“Será necessário aplicar um questionário a moradores de alguns municípios, embora ainda não estejam definidos quais serão selecionados. A ideia é escolher menos da metade dos 53 municípios, com base em critérios técnicos. O objetivo é compreender o trabalho realizado e coletar dados que subsidiarão um relatório conjunto entre a Fiocruz e a regional de saúde para qualificação da atuação dos PITs”, explicou a professora da Fiocruz, Raquel Ferreira.
A referência técnica em Doença de Chagas da SRS Divinópolis, Nayara Dornela, destacou que o monitoramento é uma estratégia essencial para prevenir e controlar a doença, considerando que a região apresenta condições favoráveis à sua transmissão. “Ressalto ainda o papel fundamental dos agentes de combate a endemias na identificação do vetor — o barbeiro — e na orientação da população sobre formas de prevenção”, destacou a referência técnica.
Para o servidor da SRS Divinópolis e responsável pela condução da pesquisa na macrorregião, Rogério Rocha, o monitoramento eficaz dos PITs pode contribuir para a qualificação das ações de controle vetorial e, consequentemente, evitar que tenhamos novos casos da doença. “A Doença de Chagas, como outras endemias, muitas vezes carece de visibilidade. A atuação efetiva da população na vigilância é essencial para a prevenção”, concluiu.
Por: Willian Pacheco