Iniciou nesta terça-feira o primeiro Encontro Mineiro de Centros de Convivência de Saúde Mental

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), em parceria com o Fórum Mineiro de Saúde Mental e a Associação de Usuários e Familiares da Saúde Mental de Minas Gerais, realizou nesta terça-feira, dia 09 de novembro de 2021, a abertura do I Encontro Mineiro de Centros de Convivência de Saúde Mental: “Para a Estação da Liberdade, o trem da loucura pede passagem”.

O evento ocorre de forma remota por meio das plataformas de videoconferências da ESP-MG, entre os dias 09, 10 e 11 de novembro. De acordo com a Comissão Organizadora, o objetivo do encontro é estreitar relações e aumentar o diálogo e trocas entre centros, usuários, familiares, trabalhadores, gestores e outros atores sociais, bem como produzir ao final, um documento que fortaleça a atuação dos Centros de Convivência do Estado.

Participaram da cerimônia de abertura do evento, a representante da Comissão Organizadora do Encontro, Adriana Mojica, que comentou que a ideia de realização do Encontro surgiu após terem participado do Encontro Nacional de Centros de Convivência, que ocorreu no primeiro semestre deste ano, momento onde perceberam que trabalhadores, usuários e gestores dos Centros de Convivência desconheciam as realidades de outros Centros de Minas Gerais.

Então, após o término daquele evento, trabalhadores, gestores e usuários fizeram uma avaliação e perceberam que pouco sabiam sobre outras realidades e a partir desse questionamento, debateram sobre a possibilidade de realização de um encontro no âmbito estadual.

A Diretora da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais, Mara Guarino Tanure comentou que a temática da saúde mental já faz parte da história da Escola, que tem a tradição em ofertar ações de formação no campo da saúde mental. “Enquanto instituição formadora do SUS é papel da ESP-MG fomentar espaços como este: de construção compartilhada, apresentação e debate de estudos, de troca de experiências para reflexão coletiva sobre o trabalho desenvolvido, de enunciação e apontamento de propostas de fortalecimento para os serviços de saúde mental”, complementou.

Representando a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a Diretora de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da SES-MG, Lírica Salluz Mattos Pereira ressaltou que esse encontro é muito potente e também salientou que o trabalho nos centros de convivência é repleto de afeto e carinho e que a rede de atenção psicossocial é viva, “porque se faz com profissionais e usuários que se dedicam ao cuidado em liberdade”, afirmou.

Representando o Fórum Mineiro de Saúde Mental, Marta Elizabeth de Souza falou da importância da luta para que todos possam ser inseridos na sociedade e do compromisso do cuidado em liberdade. Já Rose Ramos, representante da Associação de Usuários de Serviços de Saúde Mental de MG (ASSUSAM) e usuária do Centro de Convivência de Venda Nova, contou que foi muito bem acolhida no Centro e que para ela é um lugar onde se sente abraçada por todos e foi onde teve o primeiro contato com a pintura e o artesanato.Também participou da abertura, a deputada Estadual Beatriz Cerqueira, representando a frente parlamentar estadual em defesa da saúde mental.

Atividades

Após a Mesa de Abertura, os trabalhos foram iniciados com a primeira conferência “Arte e Convivência: inventar é resistir”. Os debates desta mesa foram conduzidos pela psiquiatra e militante da luta antimanicomial, Ana Marta Lobosque, pela usuária do Centro de Convivência São Paulo, em Belo Horizonte, Zilda da Costa Nascimento, que concedeu um relato emocionante sobre sua trajetória de vida e sua chegada ao Centro de Convivência e pela artista cênica e mestra em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense, Bárbara Buzatti. A mediação foi realizada pela gerente do Centro de Convivência São Paulo, Marta Soares.

Serão três dias de atividades, que seguem até a próxima quinta-feira, dia 11/11. O encontro vai contar com conferências, apresentações culturais, exposição de pesquisas e relatos, debates de experiência e grupos de trabalho. Ao final do encontro, será produzido um documento que tem como objetivo fortalecer e assegurar a existência dos Centros de Convivência.

> Para mais informações e acessar a programação completa, acesse aqui.

Autor: Vivian Campos / ESP-MG

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