Hábitos simples previnem Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar

Capacitação Técnica DTHA em Uberlândia - Foto: Lilian Cunha

As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) são enfermidades causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados (ex.: bactérias, pesticidas, metais pesados etc.) e representam risco para a população. Os sintomas mais comuns são: diarréia, vômito, náuseas, dores abdominais, fraqueza, mal-estar e febre; ocorrendo tais sintomas, as pessoas devem procurar uma Unidade de Saúde e evitar sempre a automedicação.

Existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo, sendo que a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros microorganismos. Segundo a Organização das Nações Unidas, no mundo, estima-se que 600 milhões de pessoas adoecem após consumir alimentos contaminados, e que 420 mil vidas são perdidas a cada ano, sendo que 30% delas são crianças menores de 5 anos.

Com o objetivo de capacitar os técnicos municipais da Vigilância em Saúde (Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental) e Atenção Primária para serem multiplicadores do conteúdo, trabalhar a prevenção das DTHA com a população e ter resposta rápida em caso de surto, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em parceria com a Prefeitura de Uberlândia, replicou palestras e momentos práticos voltados para este público nos dias 8 e 9 de novembro.

A referência técnica da SES-MG em processos de investigação hídrica e alimentar, Cláudia Beatriz de Oliveira Fróes, destaca a importância da sensibilização dos gestores para o assunto. “O impacto que desejamos com as capacitações multiprofissionais e intersetoriais é a prevenção das doenças, evitando as despesas do tratamento e outros agravos, no sentido de cuidar e zelar pela saúde da população”.

No mesmo sentido, a coordenadora de Vigilância em Saúde do município de Uberlândia, Elaize Maria Gomes de Paula, destacou que a prevenção das doenças é a base de tudo. No entanto, se houver um surto por DTHA, é preciso agir rapidamente. “Caso tenha uma contaminação, as equipes de saúde precisam notificar, investigar e cortar a cadeia de transmissão”, frisou a coordenadora.

 

Recomendações para evitar DTHA

  • Comprar alimentos em locais fiscalizados;

  • Conservar alimentos perecíveis sob refrigeração em geladeira, observando o rótulo e prazo de validade;

  • Lavar as mãos antes e depois de manipular os alimentos;

  • Higienizar os utensílios entre a manipulação de alimentos crus e cozidos;

  • Em bares, lanchonetes e restaurantes, optar pelo consumo de maionese em sachês;

  • Use sempre água potável e fervida;

  • Não deixe moscas e outros insetos pousarem nos alimentos;

  • Comprar produtos de origem animal somente com registro;

  • Não consumir leite “in natura”.

 

Surto por DTHA

Caracteriza-se surto quando duas ou mais pessoas apresentam, em um determinado período, sintomas semelhantes após a ingestão de um mesmo alimento considerado contaminado, normalmente num mesmo local. Em caso de surto, nunca jogue fora os alimentos consumidos, comunique a ocorrência dos fatos às Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica de sua cidade o mais rápido possível.

 

Principais causas dos surtos

  • Produtos de limpeza guardados junto com os alimentos;

  • Refrigeração inadequada do alimento;

  • Falta de higiene do manipulador de alimentos;

  • Preparação do alimento muito tempo antes do consumo e mantido à temperatura ambiente;

  • Alimentos de procedência desconhecida.

Autor: Lilian Cunha

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