GRS Pirapora promove discussão sobre a paralisia flácida aguda com municípios da microrregião de Saúde de Pirapora

Representantes da GRS Pirapora repassando orientações aos municípios da microrregião de Pirapora sobre a paralisia flácida aguda (PFA) - Foto: GRS Pirapora

Na quarta-feira, 25 de janeiro, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pirapora promoveu a primeira reunião técnica deste ano para tratar sobre a  paralisia flácida aguda (PFA) ocasionada pela poliomielite. Estiveram presentes no encontro representantes da GRS Pirapora, coordenadores da vigilância epidemiológica e as referências técnicas dos municípios da microrregião de Saúde de Pirapora.

A reunião técnica alertou para o risco de reintrodução da poliomielite no Brasil e fez recomendações para ações de vigilância epidemiológica. Entre as orientações repassadas, os municípios deverão realizar busca ativa dos casos de PFA em crianças e adolescentes menores de 15 anos, verificando a existência de casos que não foram notificados em tempo oportuno. A vigilância da poliomielite é realizada por meio da notificação e investigação de casos de paralisia flácida aguda em menores de 15 anos de idade. Estes dados, quando analisados, geram informações e, consequentemente, os indicadores, imprescindíveis para a tomada de decisão e criação de políticas públicas.

A referência técnica de PFA da GRS Pirapora, Gilza Francisca Alves, explicou que a vigilância epidemiológica dos municípios fará a revisão dos prontuários dos menores de 15 anos que ficaram internados por mais de 48 horas, verificando se o caso se enquadra nos critérios de vigilância da paralisia flácida aguda. “Após a revisão, as referências técnicas municipais preencherão um formulário direcionado à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), para acompanhamento da busca ativa de PFA. Reforçamos que devido ao risco de reintrodução da poliomielite no Brasil, a rotina de busca ativa de casos suspeitos em crianças e adolescentes menores de 15 anos deverá ser mensal nos municípios que possuem unidades sentinelas de paralisia flácida aguda”, disse Gilza.

O Ministério da Saúde informa que a rotina é obrigatória, sendo de notificação compulsória, nos municípios que possuem unidades sentinelas de PFA – municípios de maior porte nas microrregiões de Saúde e que já realizam o monitoramento e busca ativa da doença.

A coordenadora do núcleo de epidemiologia da GRS Pirapora, Flávia Aparecida Ramos Oliveira,  recomenda que essa rotina seja ampliada para os municípios que possuem serviços de saúde que tenham atendimento pediátrico e estrutura mínima de pronto atendimento ou internação, como as UPAS e hospitais. “Devido ao risco de reintrodução da doença, especialmente devido à baixa cobertura vacinal, a GRS Pirapora sugere também que a busca ativa seja ampliada para os demais municípios da Unidade Regional de Saúde, se assim avaliarem como pertinente e possível”, conclui Flávia. 

 

O que é a paralisia flácida aguda?

Paralisia flácida aguda é uma característica da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou pólio.  

A poliomielite é uma doença contagiosa aguda, provocada por poliovírus e caracterizada por paralisia súbita e irreversível,  geralmente nos membros inferiores e que em casos mais graves pode levar à morte. 

A doença pode ser assintomática ou com manifestações clínicas que variam de sintomas leves à progressão com comprometimento neurológico (síndrome meníngea ou plégica – paralítica), que normalmente lesiona os membros inferiores com a paralisia flácida aguda (PFA).

 

Medidas de prevenção e controle

A vacinação é a principal medida de prevenção da poliomielite.

O esquema vacinal consiste na administração de três doses de vacina inativada poliomielite (VIP), aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. Devem ainda ser administradas duas doses de reforço, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade.

Segundo dados do Ministérios da Saúde, atualmente, o Brasil não possui casos de poliomielite, porém, considerando a circulação do poliovírus selvagem em outros continentes, é importante a manutenção de estratégias de prevenção para impedir a sua reintrodução. A poliomielite continua como problema sanitário na Ásia, África Central, Oriente Médio e, no atual processo de globalização, o Brasil está sujeito ao intercâmbio comercial e turístico com os países endêmicos, colocando em risco a população brasileira.

Autor: GRS Pirapora

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