Nesta quarta-feira (09/02), gestores do Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS), da região metropolitana de Belo Horizonte, estão em Montes Claros para conhecer a organização do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun), responsável pela gestão do Samu Macro Norte.
O secretário executivo do CIAS, Alcy Moreira dos Santos Pereira, diz que estão prontos para regionalizar o Samu na área de abrangência do consórcio e que vieram especialmente entender a lógica da organização do serviço no Norte de Minas. “A organização dos consórcios públicos se deu muito mais nas microrregiões do que nos grandes centros, e as capitais também não têm essa experiência. Já temos o consórcio constituído, voltado para outros serviços de saúde, mas como os municípios consorciados estão com a proposta de também incluir o Samu, precisamos entender o passo a passo para organizar o serviço. Por isso vimos ao Norte de Minas, que é a melhor experiência do país atualmente”, justifica o secretário.
Segundo Marcelino Campos, administrador do CIAS, o consórcio integra 10 municípios, incluindo a capital, com um contingente populacional de cerca de 3,5 milhões de habitantes. “A princípio, a regionalização do Samu se dará nesses 10 municípios. Serão 70 bases descentralizadas com 22 unidades avançadas de saúde (USA) e 76 unidades básicas (USB), reguladas por uma central, em Belo Horizonte. Para fazer toda essa estrutura funcionar teremos que dispor de recursos humanos qualificados e um sistema gestão administrativa eficiente. A experiência do Norte de Minas servirá para nos orientar na formatação do plano de trabalho e definição das estratégias para sua execução”, explica.
Marcelino diz, ainda, que a expectativa é que pelo menos 107 municípios da região onde já existe o Samu venham se integrar ao consórcio, unificando o serviço. “Mas o CIAS vai continuar gerenciando outros serviços de saúde, além da urgência e emergência”, observa o administrador.
Nos últimos meses, as visitas técnicas ao Cisrun têm sido constantes, pois a experiência da regionalização do Samu e do atendimento às urgências e emergências na região é pioneira no país e tem alcançado bons resultados. “O Norte de Minas é uma região de grande vulnerabilidade social, com baixa densidade demográfica e grandes distâncias entre os municípios. Apesar dessas dificuldades, os resultados alcançados com a implantação da Rede de Urgência e Emergência são um diferencial na saúde da região, principalmente pela redução de óbitos por causas evitáveis. O Estado escolheu o Norte de Minas para iniciar tão importante projeto e temos o compromisso de compartilhar essa experiência, o que para nós, norte-mineiros, é motivo de orgulho e também de grande responsabilidade”, avalia o prefeito de Pirapora e presidente do Cisrun, Warmillon Fonseca Braga.
Segundo o prefeito, o olhar diferenciado que o Estado tem para com a região, o investimento da União e o envolvimento dos gestores municipais no processo possibilitaram que a Rede se tornasse uma experiência exitosa e que agora vem sendo modelo para outras regiões do país. “Não há dúvida de que a saúde continua sendo o grande desafio da gestão pública e todos os dias temos um desafio novo a enfrentar. Mas os resultados nos mostram que estamos no caminho certo”, conclui.
Durante a visita, o diretor executivo do Cisrun, Bruno Pinheiro de Carvalho, explicou aos visitantes os desafios iniciais para implantação da Rede e como cada obstáculo foi sendo vencido à medida que os pontos foram se conectando. “Para manter o controle e a eficácia do serviço é preciso que a equipe técnica fique atenta e cada município seja assistido de acordo com sua necessidade, observando suas especificidades”, explica. Bruno destaca que desde o início o processo priorizou a qualificação profissional e a integração dos municípios.
Os técnicos do Cisrun esclareceram as dúvidas dos visitantes e explicaram como Rede foi organizada, como o consórcio público foi constituído, o papel do Comitê Gestor, órgão consultivo e observador da Rede, a participação do governo do Estado na viabilização do serviço e a lógica do gerenciamento da Rede, que atrela economia de recursos à promoção de saúde de qualidade aos usuários do SUS.
A Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas integra 86 municípios com população de cerca 1,6 milhão de habitantes e é custeada em 60% pelo governo do Estado, 30% pela União e 10% pelos municípios que contribuem com R$0,13 per capita.
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Autor: Jerúsia Arruda / SRS-MOC