A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou nesta sexta-feira (24/07), o Plano de Enfrentamento e Resposta de vigilância em saúde ambiental à situação de seca/estiagem no Estado de Minas Gerais – 2020 para orientar os municípios do semiárido mineiro que podem vir a enfrentar situações de seca e estiagem neste ano. O Plano foi desenvolvido pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental da SESMG.
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De acordo com o Superintendente de Vigilância Sanitária, Filipe Curzio Laguardia, situações climáticas como períodos de estiagem e seca podem causar problemas de saúde pública e por isso precisam ser prevenidos. Dentre as principais preocupações em saúde pública durante uma situação de emergência por seca ou estiagem está a qualidade da água para consumo humano. Problemas como água ofertada em quantidade insuficiente ou com qualidade fora dos padrões podem ocasionar um aumento de casos de doença diarreica aguda por transmissão hídrica, por exemplo.
“O Plano de Enfrentamento e Resposta de Vigilância Ambiental à Seca é um importante instrumento para orientar nossas regionais de saúde e municípios nas ações que precisam ser desenvolvidas para mitigar os efeitos da estiagem e proteger a saúde coletiva. Reconhecemos a vulnerabilidade das populações em regiões que enfrentam esse problema e, no âmbito da vigilância ambiental, precisamos fortalecer principalmente as ações relacionadas à disponibilidade e vigilância da qualidade da água para consumo humano”, completa o superintendente Filipe Laguardia.
Michelle Souza Costa, coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, explica que os principais objetivos dessa publicação são apresentar diretrizes estaduais para o planejamento de ações que permitam organizar a atuação do setor de Saúde na resposta às emergências por seca e estiagem. O plano também prevê orientar o monitoramento e a notificação dos eventos adversos relacionados ao período.
“A SES busca com estas medidas fortalecer as ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano em munícipios que enfrentam estes períodos climáticos. Para isso, propomos no Plano de Ação quatorze medidas a serem desenvolvidas no âmbito da Vigilância em Saúde Ambiental das regionais de saúde e dos municípios”, disse.
Ações preventivas
Estiagem é uma redução temporária na disponibilidade de água abaixo das quantidades normais. Ela pode durar apenas algumas semanas ou persistir por um período maior, configurando, neste caso, a seca. As implicações da seca e da estiagem para a saúde humana são inúmeras e acabam por alterar o perfil de morbidade e mortalidade da população do território afetado. Uma vez que o consumo de água inadequada ou a precariedade no acesso são fatores importantes para o surgimento de doenças, principalmente as infecciosas.
Umas variedades dessas doenças podem ocorrer pela ingestão de água contendo microrganismos patogênicos associados à cólera, febre tifoide, amebíase, leptospirose, giardíase, hepatites infecciosas e diarreias agudas.
Especialmente na Região Norte e Jequitinhonha do Estado de Minas Gerais, 91 municípios que fazem parte do chamado ‘semiárido mineiro’, convivem periodicamente com secas que comprometem a qualidade de vida das comunidades. Por isso, a Vigilância em Saúde Ambiental da SESMG atua de forma preventiva orientando as unidades de saúde regionais e municipais.
“Nesse sentido, o Plano de Enfrentamento e resposta de vigilância em saúde ambiental à situação de seca/estiagem no Estado de Minas Gerais – 2020 é um documento que contém orientações importantes que possibilitam ações preventivas por parte dos gestores de saúde”, finaliza o superintendente Filipe Laguardia.
Autor: Jornalismo SES-MG