A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou hoje (14), oficina de trabalho sobre o Programa de Educação Permanente (PEP) para Médicos de Família, com as referências técnicas de Atenção Primária e de Educação Permanente das Unidades Regionais de Saúde de Minas Gerais.
A oficina teve como objetivo discutir e definir o papel e atribuições das Regionais na implantação e acompanhamento do Programa em Minas Gerais e contou com a participação de representantes de 25 Regionais.
A diretora-geral interina da Escola, Ludmila Brito e Melo Rocha, abriu a atividade dando as boas-vindas aos participantes e destacando a importância e a potencialidade do envolvimento das Regionais na retomada do PEP. “Estamos em um momento de expectativa desse novo formato do PEP e acreditamos que só com a visão de território das Regionais podemos avançar nessa ação”, disse,
Ela falou também sobre a consulta pública aberta pela Escola no início desse ano, chamando as instituições de ensino superior com cursos de Medicina a contribuírem com a proposta do PEP. “As instituições também são parceiras nessa construção, mas priorizamos aquelas com ações de integração ensino-serviço, diálogo com as comunidades e ações com a Atenção Primária do SUS”, destacou.
Desafios
A Subsecretaria de Políticas e Ações de Saúde da SES-MG, Maria Aparecida Turci, fez um breve histórico do PEP, ressaltando os problemas, complexidades e limitações do passado e colocando as expectativas propostas. “Nosso objetivo hoje é discutir o papel das Regionais de Saúde de uma forma qualificada. A Escola e a SES-MG entendem que também é papel das Regionais a discussão da Educação Permanente, para problematizar e antecipar riscos e problemas a médio prazo”, disse.
Historicamente em Minas Gerais, a Atenção Primária no SUS tem sérios gargalos e toda discussão acerca de recursos financeiros é direcionada para hospitais de urgência e emergência (Atenção Secundária e Terciária), o que segundo Turci precisa ser avaliado. “Discutir o PEP nesse cenário é um grande desafio, já que a situação atual vai além das dificuldades financeiras. Temos que discutir, resistir e defender a Atenção Primária no SUS”.
Expectativas
Para Maria Agripina de Souza Fraga, referência do PEP na regional de Divinópolis, a oficina é importante para novos rumos do projeto em sua região. “Acredito que esta oficina vai direcionar nossos trabalhos para retomada das ações no município. Lá iremos fazer a interface com os gestores e instituições para desenvolver as atividades”, destaca.
Já Maria da Penha Machado, referência técnica na regional de Governador Valadares, destacou a mudança que podem ser promovidas em sua região. “O curso está dentro das minhas expectativas, estamos tirando várias dúvidas. Acho que estas oficinas são de extrema importância para levar uma nova visão para as regionais”, diz.
Mobilização
Também participaram das oficinas a Diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Ana Paula Medrado e o Diretor de Desenvolvimento de Pessoas da SES-MG, Helton Guerra Fernandes. As oficinas foram ministradas em parceria entre trabalhadores da SES-MG e ESP-MG.
Autor: Silvia Amâncio