Realizando uma verdadeira limpeza e muito mais do que somente cuidar da saúde, mas também do meio ambiente, algumas cidades do Norte de Minas e do Vale aço se mobilizaram e retiraram possíveis focos do mosquito da dengue das residências, lotes vagos e borracharias. A presença do dengue móvel e do dengômetro nas duas regiões mobilizou centenas de pessoas que, por meio de reuniões com lideranças, informações divulgadas nas rádios e blitz educativas em alguns locais, informaram aos moradores das cidades de Pirapora, Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano de que a dengue tem que acabar. Somente no primeiro dia de troca na cidade de Pirapora foram entregues mais de oito mil garrafas pet, sete mil latas e 510 pneus, todos materiais propícios para a atividade do mosquito. Hoje, no município de Buritizeiro, também foi o último dia da ação e a população intensificou a entrega. Foram entregues 480 pneus, oito mil garrafas pet e cinco mil latas. Todo o material foi revertido em cadernos, lápis e borrachas que serão utilizados pelas crianças no retorno às aulas. Em Timóteo, cidade em que o dengômetro e o dengue móvel permaneceram durante três dias foram recolhidas mais de 20 mil garrafas pet, 17 mil latas e mil pneus. Em Ipatinga, os números também foram altos: mais de sete mil garrafas pet, três mil latas e mil e quinhentos pneus. Em Coronel Fabriciano, a ação ocorreu em três bairros e recolheu mais de 40 mil garrafas pet, 30 mil latas e 2 mil pneus. Parceiras da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), as cooperativas de reciclagem desempenham um grande papel no combate aos focos do mosquito. São elas que destinam corretamente as latas e garrafas pet para que não acumulem mais água da chuva. Balbina Pereira da Silva, da Associação de catadores e recicladores de Pirapora (Ascarpi), diz que a iniciativa foi boa tanto para a cidade quanto para a associação, que agora possui um bom material para trabalhar. “Recebemos aqui em Pirapora um quantitativo de material além do esperado e isso significa menos focos de dengue. Não precisamos ter casos de dengue na nossa cidade para mantê-la limpa, pois cuidar da saúde e do meio ambiente é uma obrigação de todas as pessoas”, afirmou.
Autor: Alessandra Maximiano