De 10 a 14 de agosto, estudantes com idade entre cinco e 14 anos participam em todo o Brasil das ações de mobilização para diagnóstico e tratamento da Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma. A atividade faz parte da Campanha Nacional, promovida pelo Ministério da Saúde, que tem como objetivo realizar busca ativa para identificar novos casos da doença.
Na Regional de Pedra Azul, 43.297 alunos de 299 escolas fazem parte do público-alvo da campanha. Foram distribuídos 1.090 cartazes e 41.300 folders com informações sobre as doenças, além de carteiras de medicação e termos de recusa. Também foram fornecidas fichas de autoimagem com o desenho do corpo humano, para que os pais, familiares e responsáveis marquem onde as crianças possuem qualquer tipo de mancha na pele. As fichas serão avaliadas pelas equipes da atenção primária e, diante de um diagnóstico positivo para hanseníase, o estudante será encaminhado para tratamento médico.
Além da hanseníase, a campanha também pretende reduzir, com o uso de vermífugo específico, a carga de verminoses que causam anemia, dor abdominal e diarreia e podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança. Já o tracoma é uma doença inflamatória que pode causar problemas nos olhos.
No município de Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, os profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) estiveram nas escolas municipais e estaduais nos dias 10 e 11 de agosto. Foram realizadas palestras educativas sobre os temas e distribuídos os materiais informativos sobre sintomas, prevenção, modo de transmissão e orientações para evitar a doença. Já no dia 12, médicos e enfermeiros retornaram às escolas para o tratamento das geohelmintíasesdas crianças de acordo com o consentimento dos pais. No mesmo dia, foi feita a triagem, através da ficha de autoimagem, dos alunos com suspeita de hanseníase.
A Coordenadora da Atenção Primária de Jacinto, Ana Carolina Nonato, explicou que o diagnóstico precoce é fundamental no tratamento e cura da doença. “Dar informação para prevenir é sempre a melhor forma de se lidar com esses tipos de doenças. Mesmo para quem já tem, o diagnóstico em fase inicial torna o tratamento mais rápido e menos incômodo ao paciente”, explicou.
Em Cachoeira de Pajeú, 10 escolas da zona rural e três da zona urbana receberam orientações sobre a campanha. A diretora da Escola Estadual do Cariri, Cleide Amaral, destacou a importância da parceria entre as áreas da saúde e educação. “Essa campanha contra a hanseníase e verminose é ótima, pois estão orientando os alunos sobre uma doença antiga que é a hanseníase e muitos não conhecem a gravidade. E estarão tratando um problema crônico que temos em nossa região que é a verminose”, avaliou.
Já o Coordenador de Vigilância em Saúde de Cachoeira da Pajeú, Glaubert Souza, disse que é importante otimizar as ações do município através do Programa Saúde na Escola. “Estamos num contexto de muitas demandas municipais com campanhas importantes como a de hanseníase e geo-helmintíase e mobilizar a comunidade é de suma importante para conseguirmos êxitos em nossas ações”, afirmou.
Autor: Allan Campos