O Norte de Minas é, por excelência, uma região com peculiaridades bem específicas, com baixa densidade demográfica, grandes distâncias entre os municípios, cortada pelo Rio São Francisco em cerca de 500 quilômetros e apresenta uma das médias mais baixas no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
Em alguns municípios, especialmente no extremo norte da região, devido às barreiras geográficas, como estradas arenosas, passagens molhadas e morros, as dificuldades de acesso são ainda mais acentuadas.
Com objetivo de melhorar o acesso dos socorristas nessas regiões, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Norte de Minas está utilizando veículos modelo caminhonete (Ford Ranger) 4×4 nos municípios de Pintópolis e Bonito de Minas, que ficam no extremo norte da região. O diretor do Consórcio Intermunicipal de Saúde de Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun) mantido pelo Governo de Minas com recursos repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), Edinardo Rodrigues Lopes, os veículos são mais apropriados para o atendimento nesses municípios por terem melhor adaptação à geografia local.
As ambulâncias foram enviadas pelo Ministério da Saúde para a Secretaria de Estado de Saúde, que repassou ao SAMU Macro Norte. Além das duas caminhonetes, que foram equipadas como unidade de suporte básico, o SAMU também recebeu 38 veículos modelo furgão, que substituíram a frota que vinha sendo utilizada pelo serviço desde 2009, quando foi implantado o serviço regionalizado no Norte de Minas.
Atualmente o Samu conta com 47 ambulâncias, sendo 40 unidades de suporte básico (USB) e 7 unidades de suporte avançado (USB), estrategicamente distribuídas entre base central, em Montes Claros, e as 36 bases descentralizadas.
O presidente do Cisrun, Ricardo Veloso, destaca que os novos veículos estão proporcionando mais agilidade ao serviço. “Manter a estrutura e equipar o Samu com novas ferramentas tecnológicas é fundamental para dar suporte aos profissionais que estão na ponta do atendimento. Além disso, os novos veículos representam uma grande economia para o SAMU, que tem um gasto grande com manutenção devido ao desgaste pelo tempo de uso e, também, pelas grandes distâncias percorridas diariamente para manter a assistência entre os municípios”, ressalta Ricardo.
O prefeito lembra que enquanto alguns estados brasileiros estão devolvendo ambulâncias ao Governo Federal por falta de uso, todas as ambulâncias do SAMU Macro Norte estão em pleno funcionamento. “Esse resultado se dá graças ao empenho da Secretaria de Estado de Saúde e dos profissionais que atuam diretamente no Samu, que não medem esforços para manter o funcionamento regular do serviço”, avalia.
Autor: Jerúsia Arruda