Idosos, bebês e pessoas com doenças crônicas devem ter cuidado especial com a quantidade de água ingerida
Nosso corpo perde água todos os dias através do suor, da urina e da respiração. Junto com a água, também perdemos sais mineras importantes para o bom funcionamento do organismo. Ao praticar atividade física ou em quadros de diarreia e vômito uma quantidade ainda maior de líquido é eliminada pelo corpo. Todo esse processo pode levar a desidratação, enfermidade considerada perigosa principalmente para idosos, crianças e recém-nascidos.
Manter a hidratação é fundamental para o bom funcionamento dos órgãos, garantindo que todas as funções do organismo serão cumpridas. Segundo a nutricionista da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Joyce Xavier, a regra geral para um adulto é beber pelo menos dois litros de água por dia, mas essa quantidade varia de acordo com a idade e o peso. “Além da recomendação geral existe a individualizada, que leva em consideração outros aspectos. Um adulto deve beber em média 40 ml de água por quilo de peso. Isso significa que uma pessoa de 55 kg, por exemplo, deve ingerir 2,2 litros de água”, explica.
A desidratação pode ser considerada leve, moderada ou grave. Os principais sintomas da desidratação leve e moderada são boca e pele secas, olhos fundos, diminuição do suor, ausência ou baixa produção de lágrimas e, nos bebês, a moleira afundada. Dor de cabeça, fraqueza, tonturas e cansaço também podem ser indicativos da desidratação. Já no caso da desidratação grave, podem surgir sintomas como queda da pressão arterial, perda de consciência e falência dos órgãos. Esse tipo de quadro pode inclusive levar a morte.
A nutricionista também alerta para cuidados com bebidas como refrigerantes e sucos com adição de açúcar. O ideal é dar preferência para a ingestão da água pura, além de ficar longe do sal, bebidas alcóolicas e frituras.
Cuidado especial com crianças, idosos e portadores de doenças crônicas
A amamentação é fundamental para evitar a desidratação em bebês de até seis meses. Depois dessa idade, os pais devem oferecer água com frequência às crianças, especialmente nos dias mais quentes. “O recém-nascido possui cerca de 80% do seu organismo composto por água, por isso a amamentação é tão importante. É através dela que a mãe vai passar água para o bebê, além de outros nutrientes importantes”. A nutricionista também explica que as lactantes devem dobrar a quantidade de água ingerida enquanto estiverem em período de amamentação.
Já pessoas que possuem doenças crônicas como diabetes não controlada, doença renal e insuficiência cardíaca também devem ter cuidado especial com a hidratação. A recomendação também vale para idosos, que perdem a sensação de sede e já fazem parte do grupo de risco para desidratação.
Autor: Jéssica Gomes