Crianças e adolescentes com idade entre cinco e 14 anos participam nesta semana de ações de mobilização para diagnóstico e tratamento da hanseníase, tracoma e verminoses. A atividade faz parte da Campanha Nacional de Hanseníase Geo-helmintíases e Tracoma, promovida pelo Ministério da Saúde, e tem como objetivo identificar as localidades em que as doenças ainda persistem. Em Minas Gerais, as ações serão desenvolvidas em escolas de 211 municípios.
Para detectar novos casos de hanseníase, um material informativo está sendo distribuído às escolas. Os alunos também receberão fichas de autoimagem com o desenho do corpo humano, para que os pais, familiares ou responsáveis marquem onde as crianças possuem qualquer tipo de machas na pele. As fichas serão avaliadas pelas equipes da atenção básica e, diante de um diagnóstico positivo de hanseníase, o tratamento médico poderá ser iniciado.
Segundo a referência técnica em hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Maria Aparecida de Faria Grossi, a ação vai facilitar o diagnóstico precoce da doença. “Estamos mobilizando as Regionais de Saúde e municípios para que os alunos participem da atividade. A hanseníase tem cura e o tratamento é feito gratuitamente na atenção básica”, explica.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Entre os principais sintomas está o aparecimento de manchas dormentes esbranquiçadas, avermelhadas ou pardas em qualquer parte do corpo, mas com maior incidência na face, costas, orelhas, braços, nádegas e pernas. A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias, no convívio com paciente portador da forma contagiosa e que esteja sem tratamento.
Em Minas Gerais, foram confirmados no ano passado 1.187 novos casos de hanseníase. Em 2013, foram 1.220 casos. A melhor maneira de prevenir a hanseníase é tratar todos os pacientes, além da vigilância de familiares e pessoas próximas aos indivíduos diagnosticados. É importante lembrar que a doença é totalmente curável e que não existe motivo para preconceito.
O tratamento para a hanseníase é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com duração que pode variar entre seis e 12 meses. Mesmo que o tempo de medicação seja longo é importante que o paciente não abandone o tratamento. Além disso, imediatamente após o início da administração dos remédios o paciente deixa de transmitir a doença para as pessoas com quem convive.
Autor: Jéssica Gomes