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A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão sendo responsável por elevadas taxas de hospitalização.

O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo.

A vacinação contra a influenza permite a prevenção do surgimento de complicações decorrentes da doença e óbitos, minimizar a carga da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários, que podem ser confundidos com os da covid-19, além de reduzir sobrecarga sobre os serviços de saúde.

O objetivo é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação.

TRANSMISSÃO

A transmissão dos vírus do tipo Influenza ocorre, assim como com a gripe comum e com o coronavírus, por meio de secreções respiratórias passadas de uma pessoa para outra, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Além disso, é possível pegar a gripe por contato com superfícies contaminadas com gotículas respiratórias (o que pode incluir qualquer objeto).

SINTOMAS:

Os principais sintomas da gripe são: febre, dor no corpo, dor de garganta, tosse e dor de cabeça.

Qual a diferença entre Gripe e Resfriado?

A principal diferença entre a gripe e o resfriado é a intensidade de seus sintomas e, de forma mais técnica, o local afetado das vias respiratórias. De modo geral, na gripe os sintomas são mais intensos e no resfriado são mais leves e têm uma menor duração.



Possíveis complicações da Gripe (Influenza)

As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias. As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos com comorbidades. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp e Haemophillus influenzae.

Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar.

COMO SE PREVENIR:

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações e, devido às diversas mutações do vírus, é necessária a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Este imunobiológico protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no Hemisfério Sul no último ano.

Orienta-se ainda a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Tais medidas são comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como o vírus da gripe e do coronavírus, mas não substituem vacina:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
  • Em caso de gripe, procure seu médico ou a unidade mais próxima para diagnóstico e tratamento adequados.

ATENÇÃO!

O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vomito persistente, convulsão.

Quais os grupos que apresentam condições e fatores de risco para complicações, com indicação de tratamento?

  • Grávidas em qualquer idade gestacional;
  • Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
  • Adultos com 60 anos ou mais;
  • Crianças com menos de6 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
  • População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
  • Pneumopatias (incluindo asma);
  • Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
  • Nefropatias;
  • Hepatopatias;
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
  • Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
  • Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
  • Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
  • Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
  • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).

Como será o esquema de doses para crianças?

Todas as crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias) que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza sazonal em anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2021. Para a população indígena, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de nove anos de idade.

O que as gestantes precisam saber?

As gestantes devem se vacinar em qualquer idade gestacional por apresentarem maior risco de doenças graves e complicações causadas pela influenza. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez.

O que as puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto) precisam saber?

Todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação.

Há alguma contraindicação para esta vacina?

A vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade e pessoas com história de anafilaxia a doses anteriores apresentam contraindicação a doses subsequentes.

Quais as diferenças entre os vírus H1N1, H3N2 e tipo B?

Não há grandes diferenças entre os vírus H1N1, H3N2 e tipo B no que diz respeito às doenças que cada um causa, na maneira de se prevenir e no tratamento. A distinção entre os três subtipos de Influenza está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície. A H1N1, no entanto, é que ela pode levar o paciente à morte devido ao agravamento dos sintomas, quando comparado aos quadros de outros tipos de gripe. Portanto, ela pode ser considerada como um tipo mais agressivo se não tratada adequadamente.