Receber a notícia de que seu bebê tem fissura labiopalatina pode trazer muitas dúvidas e preocupações. Mas saiba que você não está sozinho(a)! A fissura labiopalatina é uma condição comum e, o mais importante, tem tratamento completo e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais. Nosso objetivo é oferecer todo o apoio e informação que você precisa para garantir um futuro saudável e feliz para seu filho. Aqui, você encontrará respostas claras e um caminho seguro para o cuidado.

O que é a Fissura Labiopalatina?

A fissura labiopalatina é uma malformação que acontece durante a gestação, quando o lábio superior, o céu da boca (palato) ou ambos não se fecham completamente. É uma condição congênita, ou seja, o bebê já nasce com ela. É importante saber que a fissura não é culpa de ninguém e não é contagiosa. Com o tratamento adequado, a criança pode ter uma vida plena e normal.

Tipos de Fissura:

  • Fissura Labial: Afeta apenas o lábio superior, podendo ser de um lado só ou dos dois lados.
  • Fissura Palatina: É uma abertura no céu da boca (palato), que pode ser parcial ou total.
  • Fissura Labiopalatina: É a combinação das duas, afetando tanto o lábio quanto o palato.

Diagnóstico e Primeiros Passos

Como a fissura é diagnosticada?

O diagnóstico da fissura labiopalatina pode ser feito ainda durante a gravidez, por meio do ultrassom de rotina. Se não for identificada no pré-natal, a fissura é facilmente percebida logo após o nascimento do bebê. Quanto antes o diagnóstico for feito, mais rápido podemos iniciar o acompanhamento e o planejamento do tratamento.

Recebi o diagnóstico, e agora?

Se você recebeu a notícia de que seu bebê tem fissura labiopalatina, o primeiro e mais importante passo é procurar o Posto de Saúde mais próximo de sua casa. Ele é a porta de entrada para o SUS e onde você e seu bebê receberão o primeiro acolhimento e todas as orientações necessárias para o encaminhamento aos centros de referência.

O Tratamento Completo pelo SUS-MG

O Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais garante o tratamento completo e gratuito para a fissura labiopalatina, desde o diagnóstico até o acompanhamento a longo prazo. Nosso compromisso é com a saúde e o bem-estar do seu filho.

Seus Direitos Garantidos por Lei:

Desde 2025, a Lei Federal nº 15.133 tornou obrigatória a prestação de cirurgia reconstrutiva de lábio leporino ou fenda palatina pelo SUS em todo o Brasil. Em Minas Gerais, essa prática de cuidado integral já é realizada desde 2013, mostrando nosso pioneirismo e compromisso com a saúde da população. Acesse a Lei.

Um Cuidado Multidisciplinar:

O tratamento da fissura labiopalatina vai muito além da cirurgia. Ele envolve uma equipe de profissionais de diversas áreas, trabalhando juntos para o desenvolvimento pleno da criança. O SUS-MG oferece acompanhamento com:

  • Fonoaudiologia: Para auxiliar no desenvolvimento da fala e da deglutição.
  • Nutrição: Para garantir uma alimentação adequada e o ganho de peso saudável.
  • Odontologia: Para cuidar da saúde bucal e do desenvolvimento dos dentes.
  • Psicologia: Para oferecer apoio emocional à criança e à família.
  • Cirurgia Plástica: Para as cirurgias reconstrutivas.
  • Outros especialistas, conforme a necessidade de cada caso.

Hospitais de Referência em Minas Gerais:

Minas Gerais conta com centros especializados para o tratamento da fissura labiopalatina, que atendem pacientes de diversas regiões do estado:

  • CENTRARE – Hospital da Baleia (Belo Horizonte): Atende macrorregiões Centro, Jequitinhonha, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Norte, Triângulo do Norte, Triângulo do Sul e Vale do Aço.
  • CENTRO PRO SORRISO – Hospital Alzira Velano (Alfenas): Atende macrorregiões Centro-Sul, Extremo-Sul, Sudeste, Sudoeste e Sul.
  • REFACES – Hospital São João de Deus (Divinópolis): Atende macrorregião Oeste.

Dicas Práticas para a Família

Sabemos que o dia a dia com um bebê com fissura labiopalatina pode ter desafios. Por isso, separamos algumas dicas importantes para auxiliar a família:

Alimentação:

  • Aleitamento Materno: É fundamental estimular o aleitamento materno, mesmo que haja algumas dificuldades. Mantenha o bebê semi-sentado ou em posição vertical durante a amamentação para reduzir o refluxo nasal. Se usar mamadeira, use a mesma posição.
  • Alimentos Sólidos: Amasse ou peneire bem os alimentos. A introdução é gradual, como para outros bebês, mas com atenção à textura.

Higiene Bucal:

  • Limpeza da Fissura: Utilize uma gaze limpa e umedecida em água filtrada, envolvida no dedo indicador, para limpar a região da fissura.
  • Higiene Nasal: Para higienizar o nariz, use soro fisiológico e cotonete ou seringa.
  • Hidratação Labial: Use óleo mineral para hidratar o lábio.
  • Escovação: Após o aparecimento dos dentes, escove-os com creme dental fluoretado (1000 a 1500 ppm de flúor). Use uma quantidade do tamanho de um grão de arroz até os 5 anos, e a partir dos 5 anos, uma quantidade do tamanho de um grão de ervilha.

Perguntas Frequentes

O que é a fissura labiopalatina?

É uma malformação congênita que afeta o lábio, o céu da boca (palato) ou ambos, formando uma abertura na região da boca do bebê.

O diagnóstico pode ser feito ainda no pré-natal por meio de ultrassonografia, mas também pode ser identificado logo após o nascimento.

Sim. O SUS garante cirurgia reconstrutiva e acompanhamento completo em centros especializados de Minas Gerais, conforme a Lei Federal nº 15.133/2025.

Procurar o Posto de Saúde (Unidade Básica de Saúde) mais próxima para acolhimento e orientação sobre o fluxo de encaminhamento aos hospitais de referência.

Sim. Com o tratamento adequado e acompanhamento multiprofissional, é possível ter uma vida saudável, com alimentação, fala e autoestima preservadas.

Não, a fissura labiopalatina não é contagiosa. É uma condição congênita, ou seja, o bebê já nasce com ela.

Não, a fissura labiopalatina não é culpa dos pais. É uma malformação que ocorre durante o desenvolvimento do bebê na gestação, por fatores genéticos e ambientais.

O tratamento é um processo contínuo e individualizado, que pode durar vários anos, desde o nascimento até a adolescência, dependendo da complexidade de cada caso. O acompanhamento multidisciplinar é fundamental em todas as fases.

Sim. Com o acompanhamento de fonoaudiólogos e nutricionistas, e as cirurgias necessárias, a maioria das crianças com fissura labiopalatina desenvolve a fala e a capacidade de se alimentar normalmente.

Não, todo o tratamento, incluindo cirurgias, consultas e acompanhamento multidisciplinar nos centros de referência do SUS, é totalmente gratuito para a população.

Baixe e compartilhe conhecimento!

Acesse gratuitamente nosso material educativo sobre fissura labiopalatina e ajude a espalhar informação que transforma vidas.

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