Acupuntura, auriculoterapia, dança circular, musicoterapia, meditação, aromaterapia, shantala, yoga e terapias comunitárias são exemplos de Práticas Integrativas Complementares (PICs) que são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Uberlândia e região.
As PICs são recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. No SUS, as PICs podem estar presentes em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, prioritariamente na Atenção Primária, que possui um grande potencial de atuação, por estar próximo às pessoas.
Com o objetivo de fomentar a ampliação destas práticas na Atenção Primária e trocar experiências entre as secretarias municipais de saúde, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberlândia promoveu um seminário na segunda-feira, 24 de abril.
A referência técnica regional da coordenação de Atenção à Saúde, Bruna Betiatti, falou sobre como trabalhar para a população ter acesso às PICs nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). “As UBSs devem fortalecer as ações de mobilização social e educação em saúde, para que as PICs sejam divulgadas e cheguem ao conhecimento da população. Os profissionais da Atenção Primária devem conhecer a realidade do território e buscar ofertar as práticas conforme o perfil e adesão da população”, disse Bruna.
Experiências municipais
Atualmente, o município de Tupaciguara oferta as seguintes PICs na Atenção Primária: musicoterapia, aromaterapia, plantas medicinais e yoga. Olívia Lemes de Paulo Primo, coordenadora da Atenção Primária, comentou o impacto das PICs para doenças cardíacas, transtornos neurológicos, autismo e vida social. “As PICs começaram, aqui na cidade, com as plantas medicinais há seis anos. Em seguida foi iniciada a musicoterapia, em que o atendimento humanizado auxilia em muitos casos de depressão. Recentemente implantada, a yoga, está sendo trabalhada de forma em conjunto com a aromaterapia. Vamos ofertando conforme a necessidade, capacitação dos profissionais e procura dos pacientes pelos atendimentos”, descreveu Primo.
Acolhimento, divulgação positiva do boca a boca entre os praticantes, trabalho em equipe, autonomia e protagonismo do paciente foram pontos chave definidos pela psicóloga Vanessa Martins Mundim, de Grupiara, que trabalha com a auriculoterapia há sete anos e com a acupuntura desde o ano passado, na Atenção Primária.
“Realizamos em média, 80 atendimentos por semana, e é muito gratificante. Inclusive há pacientes que saem da zona rural para serem atendidos na cidade. Escutamos relatos no alívio das dores crônicas, redução ou corte de medicação de uso contínuo, diminuição de consultas médicas e é claro, melhoria da qualidade de vida”, explica Vanessa, ao falar das Práticas Integrativas Complementares ofertadas no município, que tem 1,5 mil habitantes.
Autor: Lilian Cunha