Nesta quarta-feira (17/6), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou a entrega de pranchas de comunicação alternativa para unidades de assistência à saúde do Norte de Minas. 27 bases do Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e 22 hospitais de referência vão receber os kits, que serão utilizados no atendimento a pacientes acometidos pela forma grave da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
As ferramentas de comunicação estão sendo distribuídas pela SES-MG, em parceria com o Conselho Regional de Fonoaudiologia (CREFONO). “A iniciativa representa fomento e qualificação às práticas de humanização e acolhimento no Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (SUS-MG), bem como a oportunidade de estreitar parcerias com instituições que trazem evidências científicas para o aperfeiçoamento das diretrizes na saúde”, ressalta o subsecretário de Políticas e Ações de Saúde da SES-MG, Marcílio Dias Magalhães.
Os kits são distribuídos, juntamente com manual de instrução, para as equipes de saúde. Sua utilização é simples e começa pela explicação do profissional responsável ao paciente, que aponta na prancha as respostas aos questionamentos. O material é uma alternativa para que pacientes com impedimento na comunicação oral possam expressar vontades e sentimentos.
As pranchas também podem ser usadas por pacientes que estão impossibilitados de utilizar as mãos para apontar. Nesses casos, o profissional deverá auxiliar a comunicação estabelecendo outra maneira do paciente responder às perguntas. Eles podem, por exemplo, combinar que a resposta SIM poderá ser um movimento com a cabeça ou um piscar de olhos. As pranchas precisam ficar próximas aos pacientes para facilitar o acesso a quem necessitar se comunicar com os mesmos.
Elas foram desenvolvidas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG), possuem desenhos e são muito fáceis de manejar. Coloridas, as pranchas são impressas em frente e verso e plastificadas, o que aumenta a durabilidade e permite a higienização constante do material.
O coordenador de Atenção à Saúde da Regional de Saúde de Montes Claros, João Pereira Alves e a referência técnica, Ludmila Gonçalves Barbosa, explicam que durante a internação hospitalar alguns pacientes podem necessitar do uso de ventilador mecânico ou serem submetidos a outros procedimentos que limitam ou impedem a comunicação por meio da fala. Nesse contexto, a prancha de comunicação alternativa facilita a interação entre as equipes de saúde e pacientes.
As pranchas foram elaboradas para auxiliar as pessoas em contextos hospitalares a expressarem suas necessidades. “Podem ser utilizadas em qualquer ponto de atenção à saúde, bem como no dia a dia por familiares e cuidadores de pessoas que tenham dificuldade na comunicação oral, desde que orientados por um profissional de saúde”, observa Ludmila Barbosa.
A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques observa que, “aliado à disponibilização de recursos financeiros aos hospitais para o custeio de ações voltadas ao atendimento de pacientes da Covid-19, a agregação de novas técnicas que possibilitem a melhoria na qualidade da assistência à população se constitui um diferencial, sobretudo com relação às pessoas que evoluam para situação de saúde mais grave”.
A distribuição das pranchas de comunicação alternativa contempla as seguintes instituições: Hospital Municipal de Bocaiúva; Hospital Municipal São Vicente de Paulo, Coração de Jesus; Hospital Municipal de Francisco Sá; Hospital Afrânio Augusto Figueiredo, Grão Mogol; Fundação Hospitalar de Espinosa; Hospital Municipal de Jaíba; Fundajan e Hospital Regional de Janaúba; Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças, Monte Azul; Santa Casa e Hospital São Vicente, Porteirinha; Hospital Municipal São Sebastião, Mirabela; Hospital Dr. Oswaldo Prediliano Santana e Unidade de Pronto Atendimento Arquiteclino Guimarães, em Salinas; Hospital Tácito de Freitas Costa, Rio Pardo de Minas; Hospital São João do Paraíso e Hospital Santo Antônio, de Taiobeiras.
Em Montes Claros, as pranchas de comunicação estão sendo disponibilizadas pela SES-MG para a Santa Casa; Hospital Aroldo Tourinho; Prontosocor; Hospital Universitário Clemente Faria; Hospital Dílson Godinho e para o Hospital das Clínicas.
Autor: Pedro Ricardo