Regional de Saúde de Varginha promove capacitação sobre Acidentes por Animais Peçonhentos

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A Regional de Saúde de Varginha reuniu, nos dias 24 e 25 de abril, no Campus da Unifenas – Varginha, coordenadores de Epidemiologia, Vigilância em Saúde e responsáveis pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) das regiões de saúde de Três Corações, Três Pontas e Varginha, para uma capacitação sobre Vigilância de Animais Peçonhentos, tendo como objetivo atualizar os profissionais de saúde quanto aos aspectos epidemiológicos, controle, vigilância e alimentação do banco de dados de acidentes com esses animais.

A reunião foi iniciada pela referência do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SRS Varginha, Monique Borsato, que apresentou um breve histórico da Vigilância de Acidentes por animais peçonhentos no Brasil e os estudos iniciados por Vital Brasil, fundador do Instituto Butantan. A referência também apresentou a situação da região de Varginha entre os anos de 2007 a 2018, onde relatou que o público acometido por esses casos é formado, em sua maior parcela, por homens entre 20 a 64 anos, com prevalência na zona rural.

Em relação as notificações dos acidentes, Monique Borsato reforçou a importância de serem preenchidas corretamente, o que resulta em uma realidade inexistente no município bem como a duplicidade de relatórios desses acidentes. “Há uma grande necessidade de que coordenadores e responsáveis pelo SINAN preencham corretamente a ficha, pois, além de ser um fator de qualidade para a análise epidemiológica do município, é através dela que o paciente será notificado no Sistema e contabilizado”, afirmou

Andréia Kelly Roberto Santos, referência técnica do Programa de Vigilância e Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos da SES-MG, abordou o conceito geral de animais peçonhentos – aqueles que possuem glândulas de veneno e o injetam através de dentes ocos, ferrões ou agulhões, por onde o veneno passa ativamente – e as características de acordo com os grupos, sendo eles, serpentes, aranhas, lagartas e abelhas.

Segundo Andréia, o tratamento de acidentes por animais peçonhentos é feito por meio de soros e a administração desses insumos deve ser realizada de acordo com o caso específico. “O soro é, sim, para prevenir esses casos, porém, seu excesso pode causar problemas, como por exemplo, os renais. Portanto, as ampolas devem ser usadas corretamente e em quantidade adequada, sempre com inserção no SINAN para o envio exato de soros à Regional de Saúde”, explicou.

A Notificação Compulsória Imediata (NCI) de acidentes com animais peçonhentos deve ser realizada em até 24 horas, podendo ser registrada por médicos, enfermeiros, técnicos, diretores de hospitais, profissionais de saúde que prestam assistência ao paciente, de acordo com o artigo 8º da lei nº 6.259, 30 de outubro de 1975. Ao finalizar, a Referência Técnica da SES-MG falou sobre prevenção, controle dos acidentes por animais peçonhentos, análise de dados e informou que a dimensão de Minas Gerais chega a ser maior que alguns países, influenciando assim, na presença de tantos biomas no Estado.

Ao final do encontro, os profissionais de saúde participaram de uma demonstração prática do preenchimento de notificação no SINAN, aproveitando para tirar dúvidas sobre o sistema.

Autor: Mariana Ribeiro

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