A Regional de Saúde (SRS) Coronel Fabriciano, realizou nos dias 29 e 30 de agosto no auditório do Hospital Municipal de Ipatinga, o “Seminário Regional de Atualização do Manejo Clínico e Ambiental na Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana”. A capacitação contou com a participação dos Coordenadores de Vigilância Epidemiológica, Coordenadores e Médicos de Atenção Básica dos 35 municípios que compõe o território Vale do Aço.
Segundo Fabiano Martins, Referência Técnica em Saúde Ambiental e do Trabalhador da SRS de Coronel Fabriciano, o objetivo é atualizar os profissionais e os técnicos que lidam com a identificação, o diagnóstico, o tratamento, a vigilância e o controle da leishmaniose tegumentar (LT) em seus respectivos municípios, além de ampliar o olhar de vigilância na Leishmaniose Tegumentar.
“Com o seminário também queremos discuti as novas formas de tratamento, as novas opções terapêuticas e orientar os municípios quanto o controle vetorial e o manejo ambiental adequado nos domicílios, visando diminuir e controlar os casos de LT em todo território do Vale do Aço”, destacou Fabiano.
O seminário contou com a participação dos municípios nos debates da mesa redonda com o eixo: “Estruturação de serviços municipais para atendimento de LT: por onde começar?”. Os participantes puderam trocar experiências e evidenciar os pontos comuns e as dificuldades enfrentadas dos municípios vizinhos.
De acordo com Clélia Martins de Almeida, enfermeira do município de Inhapim, “existe ainda muitas dúvidas. Os pacientes e a comunidade precisam ser abordadas frequentemente quanto à doença, sobre quem é o transmissor da LT, o que fazer para prevenir. Estamos com um trabalho em conjunto com a Regional de Saúde, com palestras nas escolas e distribuição de material educativo, para que chegue nas casas mais informações”.
O Biólogo Wallace Marinho da Silva destacou que a Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo uma das infecções dermatológicas mais importantes, não só pela frequência, mas principalmente pelas dificuldades terapêuticas, deformidades e sequelas que pode acarretar.
“O seminário tem uma caráter multidisciplinar, mas destaco a prevenção e a informação. Precisamos capacitar e atualizar ainda mais nossos técnicos e que eles se mobilizem de forma local. É melhorar a mobilização, dar mais visibilidade no que diz respeito às formas de controle e enfrentamento de uma doença que é transmitida através da picada do “mosquito palha” (flebotomíneos)” explicou Wallace.
Os temas abordados no seminário foram: “A situação epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar no Brasil, Minas Gerais e Região do Vale do Aço”, apresentado por Fabiano dos Anjos Martins, Referência Técnica da SRS Coronel Fabriciano; “A Organização do serviço de Vigilância da LT nos municípios e os cães em situação de rua”, apresentado por Manoel Carlos dos Santos, Referência Técnica da SRS Coronel Fabriciano; Atualizações das recomendações de vigilância e controle da Leishmaniose Tegumentar e perspectivas: “Orientações de vigilância na ocorrência de casos ou surtos e epidemias”, apresentado pelo Biólogo Wallace Marinho da Silva, do Centro de Controle de Zoonoses do município de Ipatinga; “Vigilância Entomológica e Controle do Vetor: Levantamento, investigação, monitoramento e controle químico”, apresentado por Giovane Pontreu Gonsalves e Anderson Leite Palhares, Técnicos do Laboratório de Entomologia da Fundação Ezequiel Dias FUNED; “Diagnóstico laboratorial da LT”, Ana Carolina Vale Campos Lisbôa, médica e docente da Faculdade de Medicina do Vale do Aço, FAMEVAÇO; “Vigilância de casos de LT para Redução da Letalidade em Minas Gerais – Terapia intralesional com antimônio”, Dário Brock Ramalho, médico do Hospital Eduardo de Meneses – HEM; “Apresentação de Fluxos decorrentes das opções terapêuticas disponíveis na rede SUS em Minas Gerais”, apresentado por Carime Chamon de Oliveira Abdalla Pinto e Renata Barbosa Garajau, Referências Técnicas da SRS Coronel Fabriciano.
Autor: Flávio Samuel