Entre os dias 18 e 24 de maio, municípios sob jurisdição da Gerência Regional de Saúde de Januária realizaram diversas ações em comemoração à Semana da Luta Antimanicomial e à luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Foram realizadas passeatas com cartazes e faixas, palestras, panfletagem, café da manhã com usuários e familiares, exposição artesanal, gincanas e grupos para depoimentos. As ações contaram com a participação dos familiares, comunidade e demais serviços de saúde dos municípios atendidos pelo serviço de Saúde Mental.
Há 10 anos na Saúde Mental do município de Januária, a enfermeira Luciana de Oliveira Melo lembrou que as origens da luta antimanicomial no país. “São 29 anos de luta para oferecer aos usuários um atendimento digno no seio familiar sem precisar da exclusão. Muito ainda precisa ser feito, principalmente através do apoio dos gestores federais, estaduais e municipais, principalmente conscientizando a família e a população sobre a importância do tratar e não trancar”.
No Centro de Atenção Psicossocial de São João da Ponte, a usuária LSA relatou o atendimento humanizado oferecido pelos funcionários. “Eles tratam a gente com educação, de forma especial, então a gente se sente muito bem. O CAPS é a nossa segunda casa, e para falar a verdade, me sinto melhor que na minha própria casa, porque eles nos dão oportunidade para a gente se sentir a vontade e para poder falar”, relatou a senhora. A usuária MFAM também tece elogios ao atendimento encontrado no Centro de Atenção Psicossocial de São João da Ponte. “Foi devido ao CAPS que eu levantei. Somente vivia internada e doente. Já criei meus filhos, casei e foram embora. O pessoal do CAPS me encontrou sozinha, passando mal e foi quando me disseram que eu precisava me tratar. Foi aqui que melhorei e estou bem”, reforça.
Autor: Nayra Duarte