Os trabalhos do Seminário de Gestão Participativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) continuaram na manhã desta sexta-feira (18/12) no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. As propostas para a gestão participativa da saúde em Minas Gerais, que foram elaboradas na tarde de ontem (17/12) pelos grupos de discussão, foram apreciadas e votadas pela plenária. Como resultado, um documento contendo as propostas construídas em plenária foi elaborado e será entregue a todos os setores da SES-MG para ser conhecido e gerar estratégias de atuação.
Segundo a Secretária-Adjunta da SES-MG, Alzira de Oliveira Jorge, as propostas que mais se destacaram foram o estímulo a um colegiado de gestão participativa, melhoria dos canais de comunicação, incentivo à educação permanente e decisões construídas por meio de consenso progressivo dos debates.
“Foi muito rico a condução dos trabalhos e as formulações das propostas. O caminho encontrado para construir a gestão participativa na SES-MG privilegiou o debate e acolheu a diversidade de opiniões. Mostrando que é possível e frutífero ouvir a todos, seja gestor ou de trabalhador, para construir um consenso”.
Maria do Carmo, Subsecretária de Políticas e Ações de Saúde, apontou que a gestão colegiada está entre as propostas mais destacadas pela plenária. “Percebemos que a gestão colegiada, com a participação de funcionários e gestores, é um caminho que orienta o modo de fazer da gestão participativa que idealizamos no seminário. Então, estamos abertos para trabalhar conjuntamente as propostas e ouvir as diferenças”, disse.
Demétrio Figueiredo, Especialista em Políticas e Gestão da Saúde da GRS de Varginha, avaliou que o apoio institucional a gestão participativa é um novo momento na construção da saúde pública de Minas: “é possível desenvolver novas formas de trabalho através da participação ativa dos trabalhadores e dos gestores. Ouvindo e acolhendo as diferenças podemos fortalecer a gestão estadual”.
Cláudia Bastos, funcionária da Gerência Estadual de Juiz de Fora, afirmou que a construção de um espaço colaborativo e participativo permite descentralizar as tomadas de decisão. “É a primeira vez que um grupo de representante do estado permite a construção de um espaço democrático de discussão. As decisões sempre foram restritas a quem exercia cargos e chefia. Ouvir os funcionários, discutir em colegiado as propostas de todos é o primeiro passo para desconstruir a verticalização das decisões”, avaliou.
Autor: Juliana Gutierrez