Implantação de unidade de assistência em oncologia é debatida em Itabira

Crédito: Darliéte Martins

Após a realização de muitas discussões, reuniões e visitas técnicas acerca da implantação e habilitação da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) em Itabira, a Comissão Intergestores Regional (CIR) realizou ontem (17/11) importantes avanços. Participaram dos debates técnicos e secretários municipais de saúde da região, além de conselheiros municipais de saúde de Itabira, vereadores da Comissão de Saúde, técnicos da saúde do Hospital Nossa Senhora das Dores, imprensa e comunidade. 

O diretor da Gerência Regional de Saúde de Itabira, Alexandre de Faria Martins da Costa, durante a reunião da CIR e na Câmara de Itabira, observou que tanto a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), quanto o Ministério da Saúde, deram parecer favorável à implantação da Unacon no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) de Itabira. O parecer considerou ideais as instalações para o funcionamento do serviço na instituição, após a vistoria realizada no dia 4 de novembro. “Estamos empenhados para que a implantação da Unacon se concretize. O estado e o governo federal são facilitadores do processo de habilitação e credenciamento do serviço de tratamento de câncer para a região. Sabemos das reais necessidades de nossa população e queremos, como representantes do governo estadual da saúde, trabalhar para que as ações e serviços de saúde sejam, além de condizentes com as nossas necessidades, resolutivos e viáveis para os pacientes do SUS.”, afirmou. 

Apesar da aprovação e parecer favorável à instalação da Unidade por parte da SES-MG e do Ministério da Saúde, os gestores municipais de saúde da região – 29 municípios, na reunião da CIR, votaram, com unanimidade, pelo adiamento da implantação do serviço de tratamento do câncer para o segundo semestre de 2016. A justificativa é que muitas providências devem ser tomadas pelo HNSD e Prefeitura Municipal de Itabira no que tange à restruturação física do hospital e aos recursos financeiros disponíveis à instalação, que requer grande densidade tecnológica, contratação e capacitação de recursos humanos especializados, estruturação de nova logística de serviços administrativos e de diagnóstico especializado de alta complexidade oncológica, leitos clínicos (UTC) e de unidade de tratamento intensivo (UTI), dentre outros.  

O diretor da GRS de Itabira, Alexandre Martins da Costa, acrescentou ainda que Itabira é um município de gestão plena e a decisão de quando começar o serviço de alta complexidade de oncologia cabe ao gestor municipal em conjunto com os demais municípios envolvidos. Com essa habilitação, ele afirma que 70% das cirurgias demandadas atualmente poderão ser feitas na cidade. “Entendo que o adiamento se deve também pela questão de fluxo dos pacientes. Parte do atendimento não poderia ser feita em Itabira, tendo que ser pactuada com Belo Horizonte. As cirurgias de maior complexidade e o serviço de radioterapia, por exemplo, não seriam realizados aqui. Além disso, o município passa por mudanças em relação a outras instituições, como o Hospital Carlos Chagas, o próprio HNSD e o Pronto-Socorro. É preciso acertar os detalhes para então absorver outros serviços”, concluiu.

 

Autor: Darliéte Martins

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