Nessa sexta-feira, 15/03, foi iniciada, em Juiz de Fora, a implantação da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Sudeste. Essa rede, que será gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (CISDESTE), vai organizar o atendimento de urgência e emergência dos 94 municípios dessa macrorregião. Com a criação da rede, a população estimada em 1.568.147 milhão, passará a contar com 38 unidades do SAMU-192, das quais, 30 Unidades de Suporte Básico e 8 Unidades de Suporte Avançado. O desenho do SAMU Macrorregional, que é um dos componentes da Rede de Urgência e Emergência, foi validada pela CIB Macro Sudeste. O componente hospitalar será definido em reunião que acontecerá em um mês.
O Secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, ressaltou a importância do modelo organizado em rede. “Com esse modelo, a lógica passa a ser organizada com fluxos e linguagem pré-definidos. Aqui, hoje, estamos presenciando uma virada de página na Urgência e Emergência”, destacou. O Secretário citou também os investimentos que têm sido feitos na área. “Estamos investindo 30 milhões para melhorar os pronto-atendimentos. Além disso, vamos construir mais 105 unidades básicas de saúde, que no desenho da rede também funcionam como pontos de atenção às condições agudas.”
Inovação
O deputado federal, Marcus Pestana, que é ex-secretário de Saúde, frisou que, “no Brasil não existe experiência igual implantada; esse sistema de rede de Urgência e Emergência é totalmente inovador, reconhecido internacionalmente. Apenas no primeiro ano de implantação no Norte de Minas, o sistema ajudou salvar cerca de mil vidas.”
O prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, ressaltou a importância desse momento de validação da Rede. “É essencial atuarmos em conjunto para buscar melhorias no atendimento da Rede Urgência e Emergência em nossa região.” Já o presidente do Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), Mauro Junqueira, também afirmou a importância desse momento. “Esse projeto é totalmente inovador. O Cosems é parceiro nessa iniciativa. É essencial estar ao lado do paciente quando ele precisa”.
Rodrigo Ferreira de Barros, coordenador regional das Promotorias de Justiça e Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste, ressaltou a parceria do Ministério Público nessa empreitada. “É importante essa conscientização sobre o fato da Urgência e Emergência não envolver somente o hospital. Nesse sentido, é essencial a implantação do protocolo de Manchester em todos os níveis.”
O secretário executivo do Conselho Municipal de Saúde de Juiz de Fora, Jorge Ramos, citou a promoção de consórcios de saúde como política do Plano Estadual de Saúde e também ressaltou a parceria. “Essa união de co-responsabilidade, entre diversas esferas, só vem a somar e trazer um tempo de resposta mais imediato. Tenho um olhar muito positivo na organização da rede, pois nos tornamos um por todos e todos por um.”
Rede Urgência e Emergência
Regulamentada em 2010, por meio da Resolução SES Nº 2.607, essa política tem abrangência macrorregional e visa integrar os serviços de saúde, minimizando a fragmentação. Essa rede foi baseada no Plano Diretor de Regionalização (PDR) do Estado de Minas Gerais e tem como centro de comunicação a Atenção Primária à Saúde. “Esse sistema é complexo, e totalmente dependente dos outros pontos de atenção. Temos que observar que os casos de baixo risco têm de ser atendidos nos outros pontos, por isso a rede tem que ser bem planejada e eficiente”, explicou Rasível dos Reis, Coordenador Estadual da Urgência e Emergência. “Estamos deixando um sistema fragmentado de atenção à saúde, para implementar o sistema de redes de atenção à saúde. Esse novo metódo objetiva encaminhar o usuário ao ponto de atenção certo, capaz de um cuidado efetivo e no menor tempo possível”, finalizou.
Autor: Jornalismo SES