Regional de BH realiza encontro de esquistossomose

Regional de BH realiza encontro de esquistossomose

Com objetivo de integrar os profissionais das vigilâncias epidemiológicas, ambiental e saúde do trabalhador com os profissionais de atenção da saúde, a Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) realizou, nessa quarta-feira (11/04), na Assembléia Legislativa de MG, o III Encontro de Esquistossomose de seus municípios.Na abertura do evento, o superintendente da SRS-BH, Paulo de Tarso Auais, ressaltou a preocupação com a doença enquanto gestor e médico. “Entristece muito o óbito ou o tratamento de verminoses com bisturi. Os encontros de prevenção são muito importantes. A esquistossomose já foi, com exceção de trauma e câncer, a principal causa de morte pós-cirúrgica em Minas Gerais”.A professora de medicina tropical da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Carolina Coimbra, salientou a relevância da relação entre poder público e academia. “É interessante a relação entre a academia e o poder público porque a união de esforços atende a necessidade da população. O governo regula e direciona e a academia desenvolve técnicas, idéias e tecnologias para resolver os problemas do cidadão”. Para a acadêmica, o encontro é um momento importante de reflexão e avaliação do esforço de três décadas de controle. “É preciso formar novas alianças e novos objetivos a serem abordados com mais direção”, afirma. Com êxito no programa iniciado em 2011, o diretor do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias da Secretaria Municipal de Betim, Eduardo Cesar, destacou a importância do diagnóstico. “Implantamos o programa ano passado e temos resultados positivos. Pessoas foram diagnosticadas e nem sabiam que tinham a doença. Neste ano, devemos completar o diagnóstico na região de Caivera, em que moram 11 mil pessoas. Para ele, o evento representa a oportunidade de adquirir conhecimentos com a Regional e com os municípios, discutir novas experiências, além de conhecer novas pessoas”.A referência técnica de esquistossomose da SRS-BH, Cláudia Barbosa, apontou a necessidade de olhar a doença com mais cuidado. “É fundamental ter noção da importância do cuidado da esquistossomose, do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). A esquistossomose mata e não deve ser deixada em segundo plano”.O chefe do laboratório de helmintologia e malacologia médica do Centro de Pesquisa René Rachou de Belo Horizonte, Omar Carvalho, enumerou as razões do momento favorável em se realizar o encontro. “Temos dois projetos financiados pelo Ministério da Saúde: o inquérito nacional de esquistossomose e o inquérito nacional de malacologia. No inquérito de malacologia, Minas Gerais é piloto em municípios da Estrada Real. Outra razão é a íntima colaboração com a SRS-BH através de respostas imediatas como disponibilização de laboratório e pessoal”.

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Autor: Leandro Peters Heringer


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