Na manhã desta terça-feira, dia 22/11, os passageiros que embarcavam e desembarcavam no aeroporto de Confins foram surpreendidas pela intervenção do Grupo de Teatro Saúde em Cena. A trupe alertava sobre a importância dos exames de mamografias em mulheres acima de 45 anos e distribuía laços rosa.
Em seguida, um avião pintado de rosa também chamou a atenção dos tripulantes e passageiros. As ações no Aeroporto foram uma parceria da Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) e Azul linhas aéreas encerrar a Campanha Outubro Rosa.
A intervenção procurou abordar como o exame é importante para garantir um diagnóstico rápido e, assim, promover a cura da doença. Segundo Maurício Botelho, Subsecretário Políticas e ações de saúde da SES-MG, o encerramento da campanha outubro Rosa não significa o fim das medidas de precaução contra a doença no estado. A campanha também possibilitou, além dos exames de mamografia itinerante, uma maior conscientização das mulheres e da população em geral sobre a doença.
“Além de tudo isso, durante o mês também teve início um conjunto de ações do governo de Minas que até 2014 vão impactar na redução da mortalidade em mulheres de 45 a 69 anos. Uma dessas ações trata-se das Mamografias por rastreamento do Programa Viva Vida que estimulará a realização dos exames por rastreamento para fortalecer as ações de controle do câncer de mama”, explicou o Subsecretário.
Para combater a mortalidade por câncer de mama no Estado, o governo de Minas Gerais tem como estratégia aumentar o acesso das mulheres mineiras ao exame de mamografia. A meta é disponibilizar mamografia de rastreamento para todas as mulheres, na faixa etária entre 45 e 69 anos, que dependam do Sistema Único de Saúde. Serão investidos mais de R$ 12 milhões por ano.
Alessandra Gomes, comissária de voo da Azul, disse que os clientes foram muito receptivos à campanha realizada durante o trajeto. “Todos ficaram espantados com as cores do avião e com nosso uniforme rosa. Perguntando o significado e se atentando para a necessidade de realizar os exames regularmente”, disse.
Rosana Campos, 55 anos, esperava alguns parentes no desembarque e ficou surpresa com a ação. “Costumo fazer o exame uma vez por ano. Este ano, porém, eu não fiz. A gente fica tão atribulada com as atividades cotidianas, e esquecemos. Por isso, campanhas de alerta como esta são muito importantes”, comentou.
A campanha chega ao fim com um saldo positivo. Durante todo o mês um Mamógrafo Móvel circulou por 12 cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Montes Claros, Patos Minas, Uberlândia, Uberaba, Divinópolis, Varginha e Juiz de Fora.
Ao todo foram feitas 836 mamografias. Os exames foram realizados em mulheres sem sintomas aparentes, ampliando, desta forma, o acesso das mineiras ao diagnóstico e tratamento.
A Campanha Outubro Rosa é um movimento internacional, que busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do acesso ao tratamento em todo o mundo. A iniciativa surgiu na Califórnia (EUA), em 1997, e ganhou o mundo ao iluminar com holofotes cor de rosa monumentos como a Torre de Pisa, na Itália, e o Arco do Triunfo, na França.
No Brasil, a campanha é coordenada pela Roche e tem o apoio da Sociedade Brasileira de Mastologia, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Instituto Oncoguia e Femama. O Governo de Minas é parceiro nesta campanha.
Câncer de mama
Estima-se que serão 49.240 novos casos de câncer de mama no Brasil nos anos de 2010 e 2011. No Brasil, a cada hora, são feitos 6 novos diagnósticos; sendo que um quarto das mulheres têm menos que 50 anos.
O câncer de mamar é o segundo tipo mais frequente no mundo é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
Porém, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
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Autor: Juliana Gutierrez