Ministério da Saúde renova a qualificação da Central de Regulação e de 37 bases do Samu no Norte de Minas

Com investimento anual da ordem de R$ 7,2 milhões, como parte da contrapartida do Governo Federal para a manutenção de assistência prestada à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde renovou a qualificação dos serviços de urgência e emergência do Norte de Minas e habilitou duas unidades móveis tipo motolâncias. 

A Portaria 7.160, publicada no dia 11/6, incluiu a renovação da qualificação dos serviços executados pela Central de Regulação das Urgências de Montes Claros, que atende 86 municípios que compõem a macrorregião de Saúde Norte. Também, com validade de três anos, foi renovada a qualificação de 37 bases do Serviço Móvel de Urgência (Samu), administradas pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun).

“O objetivo dessa qualificação é assegurar que o Samu forneça assistência de qualidade e em tempo oportuno à população, cumprindo todos os requisitos exigidos para o funcionamento dos serviços”, explica Denilson Paranhos Costa, referência técnica de Redes de Atenção à Saúde na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros.

Para a Central de Regulação das Urgências a contrapartida do custeio anual a ser repassado pelo Ministério da Saúde está fixado em R$ 435,6 mil. Já as bases do Samu que receberão maiores aportes de recursos, levando em consideração serviços prestados por ambulâncias de suporte básico e avançado são: Montes Claros (R$ 852 mil); Janaúba, Januária, Brasília de Minas, Pirapora e Taiobeiras (R$ 288,8 mil para cada município). 

Para os municípios que possuem bases do Samu prestando serviços com ambulâncias de suporte básico, a contrapartida anual do Ministério da Saúde será no valor de R$ 137,1 mil, contemplando as seguintes localidades: Berizal; Bocaiúva; Bonito de Minas; Capitão Enéas; Coração de Jesus; Cristália; Espinosa; Francisco Dumont; Francisco Sá; Gameleiras; Ibiaí; Itacambira; Itacarambi; Jaíba; Manga; Mato Verde; Miravânia; Montalvânia; Monte Azul; Montezuma; Pintópolis; Ponto Chique; Porteirinha; Rio Pardo de Minas; Salinas; São Francisco; São João da Ponte; São João do Paraíso; São Romão; Várzea da Palma e Varzelândia.

A coordenadora de Redes de Atenção à Saúde da SRS Montes Claros, Denise Maria Lúcio da Silveira entende que “o custeio dos serviços prestados pela Central de Regulação e pelo Samu são de fundamental importância para a população, levando em conta o Norte de Minas ser uma região territorialmente vasta, por onde passa o segundo maior entroncamento rodoviário do país. Além disso, pelo fato das unidades de saúde de média e alta complexidade estarem localizadas a longas distâncias, sem o serviço do Samu a população, principalmente a mais pobre, teria dificuldade de ter acesso a assistência em situações de urgência e emergência”.

Segundo a superintendente Dhyeime Thauanne Pereira, “trata-se de uma conquista coletiva, resultado do esforço conjunto dos gestores municipais, do Estado e do trabalho técnico desempenhado diariamente pelas equipes de urgência e emergência (SAMU)”. Para ela, investimentos como esse são fundamentais para garantir resposta rápida, segura e resolutiva às situações que mais exigem agilidade e cuidado no SUS.

Motolâncias

Com a publicação da Portaria 7.182, no dia 10/6, o Ministério da Saúde habilitou duas unidades móveis tipo motolâncias, que são utilizadas pelo Samu, em Montes Claros. Para o custeio anual dos serviços o investimento previsto é da ordem de R$ 218,4 mil.

Com apoio financeiro da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a utilização de motolâncias pelo Samu de Montes Claros foi iniciada em caráter pioneiro no estado em fevereiro de 2023. A implantação do serviço foi aprovada em 2022, em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS). 

Com a operacionalização das motolâncias, o Samu agiliza os pré-atendimentos hospitalares até a chegada de equipe que atua em ambulância. As motocicletas são pilotadas por técnicos em enfermagem, que possuem treinamento para prestar atendimento qualificado em urgência e emergência. 

Os profissionais utilizam equipamentos que viabilizam atendimentos clínicos e traumáticos, como medicamentos, desfibrilador externo automático, colar cervical, talas de imobilização e máscara de oxigênio; atuam em ocorrências de maior complexidade; intervenções em locais de difícil acesso; em áreas remotas, ou quando há necessidade da presença de maior número de profissionais, como em situações de reanimação cardiopulmonar.

Por: Pedro Ricardo / Foto: Ascom/Cisrun

Rolar para cima