A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares promoveu, na última quinta-feira (29/5), a primeira reunião de monitoramento do Plano Diretor de Regionalização (PDR) da Macrorregião Leste. O encontro foi realizado no auditório do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), no município.
A iniciativa teve como objetivo avaliar dados e indicadores estratégicos relacionados à organização regional da atenção à saúde, com foco na resolutividade hospitalar de média e alta complexidade. Também foram apresentados resultados dos programas Valora Minas e Opera Mais Minas, além de análises técnicas da Programação Pactuada Integrada (PPI), que subsidiam o planejamento e a tomada de decisão na rede assistencial.
De acordo com Inês Campos, referência técnica em Coordenação de Regionalização da SRS/GV, o PDR é um instrumento essencial para fortalecer a regionalização e a hierarquização dos serviços de saúde. “Trata-se de um dos pilares estruturantes do SUS, pois orienta a descentralização das ações de saúde e promove uma distribuição mais equitativa dos recursos, conforme as necessidades da população e a capacidade instalada dos territórios”, afirmou.
A reunião contou com a participação de representantes das coordenações de Regionalização, Redes de Atenção à Saúde e Acesso a Serviços de Saúde. Para Noeme Manzico, presidente do Hospital Padre Geraldo, de Conselheiro Pena, a discussão dos dados ampliou a compreensão sobre os fluxos assistenciais da microrregião. “Foi possível identificar, por exemplo, que diversas AIHs (Autorizações de Internação Hospitalar) de pacientes de Conselheiro Pena são realizadas fora da micro e da macrorregião, o que aponta para a necessidade de revisão nas pactuações e melhor aproveitamento dos recursos locais”, destacou.
A ação faz parte do calendário regular de monitoramento do PDR, realizado a cada quatro meses. O próximo encontro está previsto para 4 de junho de 2025, quando serão avaliadas as ações propostas a partir dos desafios identificados, qualificando o processo de gestão regional e fortalecendo a capacidade de resposta do SUS no território.
Por Paula Andressa Rocha Figueiredo – estagiária sob supervisão
Foto: Jordineia Vasconcelo