Um estudo que avaliou o impacto da capacitação das equipes de saúde dos municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora para ampliação da testagem de tuberculose, foi apresentado durante 1º Encontro da Rede de Preparação Vigilância e Resposta às emergências de Saúde de Minas Gerais,  nos dias 28 e 29/11, em Belo Horizonte.

O trabalho foi desenvolvido pelas servidoras Ana Amélia Pereira Dias e Liliane de Souza Vieira.

A referência técnica em tuberculose, Ana Amélia Dias, expôs o resultado do estudo durante o 1° Encontro da Rede de Vigilância em Emergências de Saúde

O estudo

 Desde 2018, a Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora, por meio do núcleo de vigilância em saúde, promove uma série de capacitações anuais, sobre a tuberculose, voltadas para profissionais de saúde dos 37 municípios da área de abrangência. 

As capacitações são conduzidas pela referência técnica em tuberculose da Regional de Saúde, Ana Amélia Pereira Dias, e têm como objetivo ampliar a utilização do teste rápido molecular de tuberculose (TRM-TB).

A referência técnica em tuberculose explica que o TRM-TB foi implantado no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014. No entanto, até 2018, era pouco utilizado pelos municípios da área de abrangência da regional. “Por ser uma ferramenta essencial para a detecção precoce e, consequentemente, para interrupção da transmissão da doença, o uso do TRM-TB deve ser ampliado e incentivado nos serviços de saúde”, observa Ana Amélia.

 

Dados

Segundo dados do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), em 2018, quando as capacitações foram iniciadas, apenas 24% dos 37 municípios faziam o TRM-TB. Já em 2023, até o mês de agosto, os números aumentaram para 75,7%.

Para a analista do laboratório macrorregional. Liliane de Souza, o trabalho mostrou que as capacitações tiveram êxito. “Apesar dos esforços, ainda temos 9 municípios, dentre os capacitados, que não utilizam o TRM-TB. No entanto, a estratégia se mostrou eficaz e replicável para outras populações vulneráveis”, destacou.

Entre 2018 e 2022, os 37 municípios que compõem a SRS registraram 1.824 casos de tuberculose. No ano de 2021, a regional teve o menor percentual de cura da doença, 49,5%, e a maior taxa de abandono do tratamento, 30,8%.

O parâmetro para definir se a tuberculose está controlada é baseado no coeficiente de incidência. Para cada 100 mil habitantes deve haver em torno de 10 casos. Dessa forma a doença estará sob controle. Na Regional de Juiz de Fora, em 2022, o coeficiente foi de 43,67 casos a cada 100 mil habitantes.

 

Fique atento

  • Com apenas 15 dias de tratamento, na maioria dos casos, a pessoa com tuberculose passa a não transmitir mais a doença.

  • O diagnóstico e tratamento são disponibilizados pelo SUS.

  • O tratamento tem duração mínima de 6 meses e não deve ser interrompido antes desse período para evitar o agravamento do quadro. É importante realizar o tratamento até o fim, mesmo se não houver mais sintomas.

  • Contato com objetos pessoais da pessoa com tuberculose, como lençóis, copos, toalha, etc., não transmite a doença.

  • A tuberculose é transmitida pelo ar, de pessoa para pessoa, por meio da tosse, fala e espirro. Quando o tratamento é seguido corretamente, não há contágio.

  • Ambientes arejados e iluminados diminuem o risco de transmissão da doença, principalmente quando há luz solar. Por isso, é importante que os ambientes sejam ventilados e tenham luz solar direta.


Mais informações sobre a doença estão disponíveis no seguinte link: www.saude.mg.gov.br/tuberculose.

Por Jonathas Mendes

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