Visando contribuir para a expansão e a qualificação da saúde e para discutir sobre a eliminação da tuberculose em sua área de abrangência, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá realizou o 1º Seminário Regional de Enfrentamento da Tuberculose, no auditório da Centro Universitário Governador Ozanam Coelho (Unifagoc). A iniciativa contou com a parceria da Universidade Federal de Viçosa (UFV), através do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), e teve a participação de cerca de 150 profissionais de saúde e acadêmicos dos cursos de saúde dos 31 municípios jurisdicionados da GRS Ubá.

Segundo a idealizadora do seminário, Jéssica Simões Mendonça, referência técnica do Programa de Controle da Tuberculose da GRS Ubá e discente PPGCS da UFV que tem a tuberculose como objeto de pesquisa, a região apresenta dados bem distantes do preconizado pelo Plano Nacional de Eliminação da Tuberculose, do Ministério da Saúde. “Até 2035, nossos municípios precisam alcançar metas como baixar a taxa de incidência, aumentar o percentual de cura e trabalhar para que não ocorra a desistência do tratamento”. A referência técnica complementa que, “para isso, precisamos apoiar e incentivar nossos municípios para implementarem ações que atendam à realidade deles, alcançando as metas dessa doença que pode levar à óbito, mas que é curável e com tratamento totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, pontuou.

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Qualificação da assistência

Em 17 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, sendo o seminário inserido neste calendário de saúde nacional, alertando sobre sua prevenção, sintomas e tratamento. Neste contexto, “o seminário foi um momento oportuno para discussão de estratégias de controle da doença e a atuação da enfermagem. Foram destacadas as legislações que respaldam a atuação do enfermeiro, especialmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Eventos como esse são fundamentais para a sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde, o que contribui significativamente para a qualificação da assistência à pessoa com tuberculose, à família e à comunidade”, destacou Maira de Assis Pena Veloso, colaboradora da Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) e coordenadora de Tuberculose na Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Anualmente, é pactuado entre a GRS Ubá e o programa estadual um Plano Regional de Tuberculose. O plano estabelecido para 2023 previa a realização de um seminário regional. Os temas debatidos durante o evento foram: contexto da tuberculose e cenário regional; preservação do sigilo da pessoa com tuberculose; fortalecimento da enfermagem nas ações de controle da tuberculose; a Atenção Primária à Saúde como porta de entrada dos casos de tuberculose e estratégias de adesão ao tratamento; tuberculose: aspectos além da doença e os relatos de experiência municipais de Eugenópolis e Muriaé. 

 

Sintomas e Diagnóstico

Os principais sintomas da tuberculose são: tosse seca ou produtiva; febre, geralmente no final do dia; suor noturno; emagrecimento; falta de apetite; cansaço e dor no peito.

Recomenda-se que todo indivíduo com tosse por 2 semanas ou mais seja avaliado para a tuberculose. Para isso, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. O diagnóstico da tuberculose é realizado pela avaliação clínica do paciente e por exames bacteriológicos. 

A tuberculose é uma doença que tem cura em praticamente todos os casos, desde que o paciente tome a medicação de forma regular (todos os dias) e em doses adequadas. O tratamento, que dura no mínimo 6 meses, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), que é a supervisão direta da tomada dos medicamentos por um profissional de saúde. Após 15 dias de tratamento regular, a maioria dos pacientes não transmitem mais a doença, no entanto, é fundamental dar continuidade ao tratamento pelo tempo correto.

Clique aqui e acesse o hotsite da SES-MG sobre Tuberculose para mais informações.

Por Keila Lima / Foto: Luciane Zanoti

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