No início do mês de março, a Superintendência Regional de Saúde de Manhuaçu promoveu uma reunião de alinhamento que tratou principalmente sobre o fluxo assistencial aos pacientes que necessitam do medicamento composto por imunoglobulina (anticorpo monoclonal) que induz imunização passiva contra o Vírus Sincicial Respiratório. Na ocasião participaram as referências técnicas da Coordenação de Atenção à Saúde (CAS), referências técnicas da Coordenação de Assistência Farmacêutica (CAF) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Manhuaçu e técnicos dos hospitais de referência microrregional, Hospital Cesar Leite, Hospital Padre Júlio Maria e Casa de Caridade de Carangola.

Já na última quinta-feira (9/3) foi realizado um treinamento para aplicação do medicamento, que é indicado para prevenir formas graves da infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que causa bronquiolite e pneumonia em crianças, principalmente nos grupos de maior risco.

“O vírus sincicial respiratório é responsável por grande número de casos de bronquiolite viral aguda, chegando à marca de 64% dessas infecções em todo território nacional. Estudos apontam que até os 2 anos de idade mais de 80% das crianças já sofreram infecção deste vírus”, explicou a coordenadora do Núcleo de Atenção à Saúde da SRS Manhuaçu, Juliana Mariano.

Créditos: Lorena Teixeira dos Anjos

“Realizamos a reunião com várias áreas da assistência hospitalar e de atenção à saúde para identificar as dificuldades e agora articulamos essa capacitação que irá ampliar o número de técnicos aptos para aplicação do medicamento. Nossa missão, enquanto regional, é credenciar, monitorar, orientar, atualizar e alinhar os fluxos de assistência da Secretaria de Estado da Saúde e SUS”, reforçou o superintende regional de Saúde de Manhuaçu, Juliano Estanislau Lacerda.

Anticorpo Monoclonal

O anticorpo monoclonal é distribuído pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) às instituições hospitalares. Com a aplicação deste medicamento preventivo, a intenção é reduzir a mortalidade infantil e o índice de crianças com sequelas pulmonares. O tratamento é indicado especificamente nos seguintes casos:

* Bebês prematuros, com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas;
* Crianças menores de 2 anos, com doença pulmonar crônica da prematuridade;
* Crianças menores de 2 anos, com cardiopatia congênita.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) disponibilizou, pela Portaria nº 522 de maio de 2013, a imunização para crianças que fazem parte do grupo de alto risco para infecções por VSR.

A primeira dose normalmente é aplicada após nascimento (até 28 dias), ainda durante internação na UTI Neo Natal e posteriormente, mesmo após alta, as crianças retornam ao hospital polo de referência do município de origem para aplicação das 4 doses subsequentes.

Por Antonio Rodrigues

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