A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) participa, nesta terça e quarta-feira (9 e 10/4), da Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública, promovida pelo Ministério da Saúde, em Belo Horizonte.

Para o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi, essa é uma oportunidade de diálogo para a construção de políticas compartilhadas, integrando os diversos setores da vigilância em saúde.

“Oficinas como essas nos capacitam cada vez mais a desenvolver estratégias para fortalecer, no Sistema Único de Saúde, as ações de vigilância e assistência diante de emergências, melhorando a atuação de todos os eixos da saúde e, consequentemente, salvando vidas”, destacou. 

O representante do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Daniel Roberto Freitas, explicou que o objetivo principal da oficina é elaborar planos e estabelecer estratégias para dar respostas corretas em situações de emergência. 

“Respeitando diferenças e características locais, estamos buscando construir planos de ações em cada estado. A proposta busca fortalecer a capacidade de resposta diante situações como pandemias e desastres ambientais”, ressaltou Freitas.

“Em Minas, possuímos um cenário desafiador, com 853 municípios apresentando realidades diferentes. Também possuímos um histórico de epidemias e desastres. Por isso, pensar, discutir e elaborar formas de atuar é muito importante para construirmos respostas efetivas”, avaliou a superintendente de Vigilância Epidemiológica, Jaqueline Silva de Oliveira.

Daniela Caldas, médica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas), reiterou a necessidade de desenvolver planos de ações para aumentar a capilaridade das redes de respostas aos desastres. “Precisamos fortalecer os vínculos com os territórios para melhorar a prática e fortalecer assim a capacidade de resposta de cada gestor”, disse. 

Palestras

Durante a manhã desta terça-feira, os participantes ouviram a palestra “Atuação do DEMSP na Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública” apresentada por Daniel Roberto Freitas. 

“É necessário compreender quais são os eventos considerados emergenciais e desenvolver estratégias para monitorar de forma contínua e sistemática essas possíveis situações. Somente com preparo e detecção precoce será possível construir respostas proporcionais à gravidade”, explicou. 

O subsecretário Eduardo Prosdocimi, falou aos participantes sobre a “Atuação da Vigilância em Saúde no Estado de Minas Gerais”, apresentando as conquistas alcançadas na vigilância estadual. 

“Ao longo dos anos, enfrentando diversas situações, temos aprendido como podemos buscar resultados diferentes e melhores, com inovação das ações. Os desafios que enfrentamos nos permitiram compreender o papel da colaboração e do trabalho conjunto”, disse. 

A Superintendente Estadual do Ministério da Saúde em Minas Gerais, Maflávia Aparecida Luiz Ferreira, afirmou que a missão dos gestores é estarem atentos ao futuro e prepararem-se para as emergências.

Thaysa Drummond Martins, subsecretária de Promoção e Vigilância de Saúde de Belo Horizonte, disse que capacitar os profissionais é importante para promover boas práticas de atuação nas esferas de gestão, assistência e vigilância.

Já o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), Edivaldo Faria da Silva Filho, destacou que aprimorar as estratégias de gestão diante de emergências em saúde propicia grandes melhorias que beneficiam a população.

Plano de ação

Na metodologia da oficina de construção do plano de ação os participantes são divididos em grupos para discutir situações e criar planos conjuntos.

O trabalho possui três etapas. Na primeira etapa, os participantes são apresentados a uma situação problema, onde simulam uma emergência em saúde. Na segunda etapa, são realizadas discussões de grupos buscando desenvolver estratégias de vigilância, preparação e resposta à emergência simulada. Já na terceira e última etapa, acontece a elaboração do produto, que será o plano de ação. 

No final dos trabalhos, nesta quarta-feira (10/4), os representantes dos grupos de trabalho vão apresentar o plano de ação desenvolvido.

“A metodologia da oficina procura favorecer, na prática simulada de situações, a capacidade de desenvolver estratégias e preparar planos robustos de ação, estimulando a discussão sobre desafios comuns e promovendo soluções inovadoras”, explica Paula Maria Raia Elizar, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Por Jornalismo SES-MG

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