A Coordenação de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde de Patos de Minas, realizou um encontro de referências técnicas e membros das juntas reguladoras da Rede de Cuidados de Pessoas com Deficiência (RCPD) das microrregiões de Saúde João Pinheiro, Patos de Minas e São Gotardo, que abrangem 21 municípios, no dia 20/3.
O encontro teve como objetivo apresentar os dispositivos existentes e atualizações na política estadual da RCPD, como o Projeto Miguilim, que visa a triagem ocular nas escolas para estudantes de 5 a 18 anos de idade. Na oportunidade, a referência técnica da RCPD na SRS Patos de Minas, Cássia Silene Rodrigues Bontempo repassou as resoluções vigentes, bem como reforçou acerca dos fluxos assistenciais no território.
Desde o final de 2022, a macrorregião de Saúde Noroeste atende todas as deficiências dentro do território. O município de Patos de Minas faz atendimentos em todas as modalidades de deficiência, sendo auditivo e visual para toda macrorregião (mais de 700 mil habitantes), e na modalidade fisica com oficina itinerante e ostomia para três microrregiões de Saúde de João Pinheiro, Patos de Minas e São Gotardo. Na modalidade intelectual, essas microrregiões já possuem Serviço Especializado na Reabilitação da Deficiência Intelectual (Serdi) em Carmo do Paranaíba, Presidente Olegário, Lagoa Formosa e João Pinheiro, e Centro Especializado em Reabilitação (CER) em Patos de Minas.
Os municípios ainda fizeram apresentações sobre a rede assistencial local e quais estruturações foram realizadas, utilizando o recurso excepcional originado pela Resolução SES nº 7.924, de 10 de dezembro de 2021. Esse momento foi relevante para a troca de experiências entre os participantes.
Na apresentação do município de João Pinheiro, Carla Milani, membro da Junta Reguladora da RCPD contou sobre a preocupação da alta do serviço, pois esse usuário ainda tem a deficiência, mas já não precisa de tantos cuidados. Nesse sentido, ela explanou sobre reuniões com outros pontos da rede de atenção à saúde, para que sejam sensibilizados, em relação à inclusão desse usuário em outros serviços de saúde, como na academia da saúde.
Cássia Silene ainda salientou que é necessário trabalhar na desinstituicionalização do usuário, visando o acesso do paciente a vida comum, visto que muitos são tratados como “paciente é de tal” instituição, mas esse mesmo usuário faz parte de uma equipe de saúde da família, faz parte de uma comunidade.
“O mundo é melhor quando é acessível”, essa frase foi divulgada em outdoor no município de João Pinheiro, e retrata bem o objetivo da Rede de Cuidados de Pessoas com Deficiência.