O Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses da Regional de Saúde de Sete Lagoas realizou, nesta quinta-feira, 25/01, a capacitação final para que os municípios do território entreguem os planos de Contingência para Enfrentamento das Arboviroses (PMC-ARBO). Estes planos abrangem as ações estratégicas adotadas pelas cidades no combate a proliferação do Aedes aegypti e perpassam desde as ações de rotina até as decisões a serem adotadas em situações de epidemia que devem ser realizadas neste ano de 2024 e também em 2025. 

Os planos municipais de Contingência para Enfrentamento das Arboviroses são ainda ferramentas de planejamento de ação nos âmbitos de assistência à saúde e vigilância que registram as estratégias adotadas por cada município no enfrentamento da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Respeitando a realidade de cada cidade, o documento  deve ser aprovado pelos Conselhos Municipais de Saúde e pelo Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e deve conter também a descrição das iniciativas de mobilização para a eliminação dos focos do mosquito que envolvem os agentes de epidemia e, principalmente, os cidadãos. 

25.01.2024-SeteLagoas PCMArbo

Dentre os objetivos da elaboração do PMC-ARBO estão a prevenção e controle do processo epidêmico para evitar situações de urgência e emergência das doenças transmitidas pelo mosquito e as condutas para evitar que as ocorrências de dengue, zika, chikungunya e febre amarela resultem em óbitos. Assim, durante a capacitação, os participantes foram orientados a registrar todos os procedimentos de atendimento médico à população a serem adotados nos municípios. Esse registro permite que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio das unidades Regionais, monitorem as ações que têm sido realizadas pelos municípios.  

Desse modo, os planos de Contingência para Enfrentamento das Arboviroses precisam ser atualizados constantemente, como explica a referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvisa) da Regional de Saúde de Sete Lagoas, Ana Paula Teixeira. “Os municípios devem estar em dia com a rotina de controle de endemias e realizar ações diferenciadas para o período sazonal, conforme a classificação do seu cenário”, explicou  Teixeira ao ressaltar ainda que, em quadros de epidemia, as rotinas preventivas, como eliminação dos focos, devem ser mantidas. 

Dengue, zika, chikungunya e febre amarela são denominadas como doenças sazonais por ocorrerem com frequência em uma mesma época do ano nos países tropicais, em especial no verão, o que se deve ao comportamento de reprodução e vida do mosquito transmissor. Contudo,  as ações de enfrentamento à doença são realizadas durante todo o ano, tendo sido efetivadas capacitações específicas com as diversas equipes de Saúde e Vigilância estaduais e municipais durante o ano de 2023. 

Para o superintendente regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, orientar os municípios quanto ao Plano Municipal de Contingência das Arboviroses significa que o Estado, através da Unidade Regional, realiza o seu papel nesse cenário tão crítico que vivemos atualmente. Segundo Fabrício Teixeira, “ao assessorar e apoiar os municípios, pretendemos, como Regional de Saúde,  fomentar que cada município exerça o seu papel plenamente de maneira a prevenir e controlar os processos epidêmicos, a partir das políticas a nível federal e estadual”. O superintendente ainda reforça a necessidade de atualização constante dos planos municipais que precisam ainda estar disponíveis, depois de finalizados,  para consulta de qualquer membro da equipe municipal.

Por Nayara Souza / Foto: Ana Paula Salgado

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