As arboviroses são um tema tratado com cuidado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que mantém suas Unidades Regionais de Saúde em sintonia para que os trabalhos de mobilização, informação e divulgação de ações – emergenciais ou não – sejam efetivos no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

O papel das gerências e superintendências regionais de Saúde é fundamental para que as informações sobre as arboviroses cheguem à população, pois estão “na ponta”, atuam perto dos cidadãos, junto aos municípios. Diretrizes, insumos e estratégias são repassados pela SES-MG às unidades regionais de Saúde (URS), que coordenam, orientam e monitoram as ações de mobilização localmente e  implementam as políticas estaduais de saúde em âmbito regional.

Durante o Seminário Estadual de Arboviroses promovido pela SES-MG nos dias 25 e 26/10, que reuniu diversas autoridades e profissionais de saúde, várias URS apresentaram trabalhos – alguns em conjunto – por meio de pôsteres, em exibição no saguão do Auditório Juscelino Kubitschek, na Cidade Administrativa de Minas Gerais, sede do governo estadual, onde ocorreu o seminário.

O objetivo do Seminário foi abordar as doenças causadas por arbovírus de maior incidência em Minas Gerais, como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, com uma retrospectiva das arboviroses no ano de 2023.

Houve também a apresentação da Política Estadual de Arboviroses e do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses, além de discussões sobre pesquisas e incorporação de novas tecnologias. O encontro foi direcionado a gestores da SES-MG, integrantes dos Comitês Estaduais de Enfrentamento das Arboviroses, gestores municipais de saúde, trabalhadores da saúde e interessados no tema.  

Lote limpo, lote seguro

Municípios puderam inscrever experiências exitosas para serem apresentadas em pôsteres durante o Seminário. Entre os  selecionados para apresentarem estiveram os municípios de Muriaé, Miradouro, Ubá, Antônio Prado de Minas e Vieiras, da área da Gerência Regional de Saúde de Ubá, sendo que o município sede teve o projeto “Lote limpo, Lote seguro” entre os selecionados. Segundo Marina Albino, referência técnica de Mobilização Social de Ubá, “em janeiro deste ano, o município de Ubá apresentou o primeiro LIRAa- Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, que registrou 9,2% de imóveis com a presença de recipientes com larvas do mosquito”, disse Marina. “Isso representa um alto risco de proliferação do vetor de diversas arboviroses”, completou.

A referência disse que, entre as estratégias aplicadas para enfrentar este cenário, duas ações se destacaram. A primeira foi o “Saúde na comunidade”, que percorre os bairros nos finais de semana, levando serviços de saúde e orientações para a população. Outra ação foi o “Lote limpo, lote seguro”, que consiste em vistorias conjuntas dos fiscais da Prefeitura de Ubá e do Corpo de Bombeiros, notificando proprietários de lotes sem manutenção e orientando a população.

Parcerias

“Conseguimos trazer setores importantes da sociedade, como o Corpo de Bombeiros, agregando valor às nossas ações diante da população”, contou Marina Albino, referência técnica de Mobilização Social de Ubá. Segundo a referência, todos somaram esforços, que resultaram em uma redução significativa do índice LIRAa na terceira amostragem, realizada em agosto, caindo para 2% e passando o cenário para médio risco de infestação em Ubá. “Estamos conseguindo sensibilizar as pessoas da importância do cuidado individual, responsabilizando a comunidade no enfrentamento dos agravos”, completou Marina.

Keila Lima - GRS Ubá, Willian Pacheco - SRS Divinópolis e Ricardo Maciel - SRS Diamantina - Foto: SES-MG

Tecnologia e informação

O uso das tecnologias tem revolucionado diversos setores, e no campo da saúde não é diferente. Ao adotar ferramentas como o formulário eletrônico para relato de ações, grupos de comunicação via aplicativos de mensagens, além de reuniões por videoconferência, a Rede de Mobilização Regional e Municipal tem conseguido estreitar laços e otimizar seu trabalho.

Em um recente estudo apresentado pelas Unidades Regionais de Saúde de Divinópolis, Diamantina, Ubá e Uberlândia, os benefícios e a agilidade que as novas tecnologias oferecem ficou bastante evidente. Houve, segundo o estudo, impacto positivo especialmente na melhoria dos indicadores ligados à mobilização social. "Essas ferramentas não apenas facilitam a comunicação e organização, mas também permitem a integração de dados, facilitando e otimizando a análise”, disse Ricardo Souza Maciel, assessor de comunicação social da URS Diamantina. “Essa integração de informações e a agilidade conferida pelas tecnologias que estamos utilizando possibilita a visualização mais precisa das estratégias utilizadas em cada território, bem como seus resultados ou falhas”, completou o assessor.

Para saber mais sobre o pôster“O uso integrado das tecnologias evidencia a ampliação da mobilização e comunicação social em 136 municípios de abrangência de quatro Unidades Regionais de Saúde”, acesse o conteúdo aqui: https://drive.google.com/file/d/1P7ff9o6xN_aSAQ9bF2G5fvYPDnIMd9vV/view?usp=drive_link

No canal do YouTube da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é possível assistir ao Seminário Estadual de Arboviroses na íntegra pelo link: https://www.youtube.com/user/saudemg

 

 

Por Thiago Bernardo

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