O Ministério da Saúde e o Hospital Israelita Albert Einstein, após realização de censo em diversas unidades no país, escolheram 14 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), sendo dois em Minas Gerais (em Uberlândia e Barbacena), para o desenvolvendo de um projeto ligado ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O projeto “Cuida CTA” tem o objetivo de fortalecer a rede de prevenção e cuidado integral de doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis (IST), HIV/AIDS, das hepatites virais e tuberculose, reduzindo a morbidade e mortalidade.

No final de 2022, o Serviço de Atendimento Especializado/CTA Herbert de Souza, de Uberlândia, iniciou a primeira etapa do projeto - uma avaliação/diagnóstico situacional -, considerando a territorialização, capacidade instalada, carteira de serviços, e incorporação de elementos ao diagnóstico. Nos dias 11 a 13 de julho, representantes do Hospital Israelita Albert Einstein, Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), da sociedade civil organizada, do SAE/CTA e da assistência de Uberlândia, participaram de uma oficina para a elaboração do plano de ação que será desenvolvido nos próximos meses.

A referência técnica da coordenação de IST/HIV e Hepatites Virais da SES-MG, Cecília Helena de Oliveira, ressaltou que o projeto de reestruturação dos CTAs conta com o apoio Estadual, uma vez que fortalece a promoção à saúde e a prevenção pela ampliação da testagem, qualifica e integra as equipes, e utiliza novos equipamentos para a melhoria da assistência ao usuário. “Vai beneficiar toda a região de Uberlândia e Barbacena, melhorando o acesso principalmente das populações vulneráveis, e com possibilidade de ampliar esta assistência qualificada de acordo com as necessidades de cada território para todos os Serviços do estado”. Atualmente, Minas Gerais tem 75 CTAs.

CTA Cuida Uberlândia - Foto: Lilian Cunha

O projeto busca analisar as diferentes realidades, contextos locais, capacidades de resposta, além de considerar uma articulação entre os serviços básicos e especializados, com o intuito de ofertar o maior nível de resolubilidade possível em relação às necessidades das populações que são atendidas nos serviços. “O CTA deve atuar de forma integrada, em especial com a Atenção Primária, ampliar a testagem e ter um olhar diferenciado para as vulnerabilidades sociais, como de profissionais do sexo e moradores de rua”, destacou Layze de Oliveira Castberg e Souza, médica do laboratório clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Mais sobre o “Cuida CTA”

Formada por uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, bioquímicos, e analistas de dados, o projeto é baseado em processo de mentoria. Haverá intervenções ao longo dos próximos meses, atividades de capacitação dos trabalhadores e cessão de equipamentos conforme as necessidades apontadas no diagnóstico.

O processo é pautado em sete eixos: ações estruturais; estratégias comportamentais; intervenções voltadas para as populações vulneráveis; direitos sexuais e reprodutivos; ações intersetoriais; rede de saúde e organização de serviço; sistema de informação e vigilância.

Por Lilian Cunha

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