A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS) concluiu na sexta-feira, 8/4, capacitação de profissionais de saúde do município de São João do Pacuí para o enfrentamento à leishmaniose tegumentar e visceral. Os trabalhos foram iniciados dia 5, com a realização da Conferência Municipal de Saúde, tendo como foco questões relativas à leishmaniose.

Os trabalhos foram conduzidos pelas referências técnicas das Coordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Saúde da SRS, Arlete Gonçalves Lisboa e Bartolomeu Teixeira Lopes. “Aliado ao repasse de informações sobre a doença, os profissionais de saúde de São João do Pacuí participaram de aulas práticas voltadas para a montagem de armadilhas para a captura de vetores transmissores da leishmaniose em áreas de mata e no interior de domicílios situados nas zonas urbana e rural”, explicam as referências técnicas.

Ainda na sexta-feira, 8, a Superintendência Regional de Saúde encaminhou para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, exemplares de mosquitos capturados em São João do Pacuí para análise laboratorial.

Créditos: SRS Montes Claros

Além de agentes de controle de endemias a capacitação contou com a participação do secretário municipal de saúde, Rodrigo Silva Torres; do coordenador de vigilância ambiental do município, Ivanildo Oliveira Araújo e do professor, Everton Gomes de Oliveira que, por meio da Escola Estadual Jesuzinha Araújo Magalhães tem implementado uma série de ações de mobilização de estudantes e da população, visando a redução da incidência de casos de leishmaniose no município.

A doença

A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explica que a leishmaniose é uma doença infecciosa grave, sistêmica e que pode causar a morte de pessoas se não for tratada. No meio urbano, o principal reservatório da doença são os cães.

Os principais sintomas são: febre de longa duração; aumento do fígado e baço; perda de peso; fraqueza; redução da força muscular e anemia. Apesar de grave, a leishmaniose visceral tem tratamento gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

Trata-se de uma doença de notificação compulsória. A partir de todo caso suspeito se torna obrigatória a investigação, com a avaliação do paciente e a realização dos exames que possam confirmar o caso, bem como desencadear ações ambientais para o controle da doença. No Norte de Minas, o Hospital Universitário Clemente de Faria, sediado em Montes Claros, é a unidade de referência para tratamento de pacientes acometidos pela leishmaniose visceral.

Para a realização de exames, os pacientes residentes em Montes Claros são encaminhados para a Policlínica do bairro Alto São João, onde é feita coleta de sorologia. Nas demais localidades esse procedimento é de responsabilidade das secretarias municipais de Saúde. As amostras são encaminhadas para análise no Laboratório Macrorregional da Superintendência Regional de Saúde, sediado em Montes Claros.

Por Pedro Ricardo

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