O Núcleo de Vigilância Epidemiológica e a Coordenadoria de Atenção à Saúde da Unidade realizaram, na última quinta-feira, 31/03, uma videoconferência com os coordenadores municipais de epidemiologia, de atenção primária e de endemias, para falar sobre a vigilância epidemiológica das arboviroses, doenças ocasionadas pelo mosquito Aedes aegypti, como a Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela.

A equipe enfatizou que entre os meses de dezembro e maio há um aumento do número de casos das arboviroses. “Durante esse período precisamos intensificar nossas ações de controle ambiental, com foco na prevenção. A vigilância da dengue deve ser constante”, ressaltou a referência regional em arboviroses, Rosiane Pessoa.

Outra questão pontuada foi sobre a notificação oportuna dos casos suspeitos de arboviroses nos sistemas oficiais. Segundo Rosiane, com base nessas informações é possível saber a incidência da doença numa determinada localidade e discutir estratégias de controle do Aedes no município. “Inclusive, o plano municipal de contingência para o enfrentamento das arboviroses entra em ação através da situação crítica demonstrada no sistema”, pontuou.

Créditos: Déborah Ramos Goecking

Em outubro de 2020, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) instituiu, em todas as 28 Unidades Regionais de Saúde do estado, o Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses para monitorar o cenário epidemiológico da Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela no estado e a partir daí discutir as ações a serem desenvolvidas para o devido enfrentamento às arboviroses.

A técnica da atenção primária da Unidade Regional, Adriana Agostini, reforçou que o fluxo de atendimento dentro da rede precisa estar muito bem definido, organizado e devidamente publicizado para a população. “Além disso, toda equipe de saúde deve ser capacitada e assumir o papel de vigilância com relação ao usuário. Quanto mais cedo conseguir captar esse paciente, o início dos sintomas, classificar o risco, acompanhar a evolução da doença e conduzir para o tratamento adequado, maior a chance de se evitar o óbito”, declarou.

A equipe finalizou reforçando que para o enfrentamento das arboviroses é preciso, além do empenho dos trabalhadores da saúde, o engajamento de toda sociedade na adoção de medidas simples que podem eliminar possíveis focos do Aedes e reduzir a circulação do vetor de transmissão das arboviroses, como por exemplo, não deixar água parada e manter os quintais limpos .

Por Déborah Ramos Goecking

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