A Gerência Regional de Januária, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) realizou no dia 14/2, segunda-feira, em seu auditório por vídeo conferência, mais um encontro do Comitê Regional de Arboviroses para discutir sobre o monitoramento das notificações de casos de dengue, zika vírus e chikungunya, assim como as epizootias (morte de macacos) e febre amarela do território da regional.
O Comitê Regional de Arboviroses, nos termos do art. 4º da deliberação CIB-SUS/MG nº 3.241, de 21 de outubro de 2020, foi instituído para monitoramento do cenário epidemiológico relacionado às Arboviroses e apoio ao Centro de Operações Emergenciais em Saúde de Minas Gerais (Coes-Minas), e atua quando decretada emergência em saúde pública, no âmbito regional, em parceria com a sala de situação estadual e regional, por meio de apuração dos indicadores, por unidade territorial.
As reuniões do comitê são quinzenais e direcionadas para discutir as ações a serem desenvolvidas para o devido enfrentamento às arboviroses, avaliar e deliberar sobre a solicitação de apoio por meio da Força Estadual, encaminhada de acordo com fluxo estabelecido em Nota Técnica específica, do município ao Comitê.
A referência técnica da febre amarela, Fernando Magalhães informou que estão ocorrendo epizootias, tendo sido testados seis macacos positivos para febre amarela na região, e aproveitou para alertar sobre a necessidade de reforçar, junto a população, sobre a vacina contra a febre amarela, meio eficaz e seguro de combate à doença em humanos. “A população deve ficar atenta ao cartão de vacina e procurar o quanto antes o posto de saúde para regularização” disse.
Marcus Oreste, referência técnica da Arboviroses, falou sobre os ciclos de visitas domiciliares, sendo que o primeiro ciclo está ocorrendo desde o dia 2/1 e vai até o dia 28/2, “neste momento, ocorre o tratamento focal, com o uso do larvicida, onde são encontradas larvas”, disse Oreste. Segundo ele, o período de outubro a abril é o que requer maior cuidado, devendo todos estarem atentos aos reservatórios de água que sirvam como criadores de mosquitos, fazendo a limpeza dos quintais.
No dia 11/1 a 4/2 ocorreu o Lira (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) que consistem em um método simplificado para obtenção rápida de indicadores entomológicos e permite conhecer a distribuição do vetor Aedes aegypti. O Sistema Lira auxilia as análises entomológicas e fornece informações sobre porcentagem de imóveis positivos facilitando o direcionamento das ações de controle de vetor, com a delimitação de áreas de risco entomológico.
A reunião abordou também a utilização do novo larvicida, tendo sido realizado capacitação para seu uso e manejo no dia 4/2, junto aos agentes de endemias dos municípios pertencentes a jurisdição da regional de Januária.
Marcus ainda ressaltou que “o comitê é de grande valia pois conta com vários eixos em sua composição, e, assim, ajuda na interlocução para entender o que está ocorrendo, direcionando para uma acertada tomada de decisões.”
Estavam presentes na última reunião a Direção Regional, Vigilância em Saúde, Núcleo da Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Atenção à Saúde, Vigilância do Óbito, Assistência Farmacêutica, Sala de Situação, Comunicação Social, Regulação, Gestão e o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde Minas Gerais Regional.
Ao final da reunião foram definidas algumas ações como a conscientização da população da importância da vacina da febre amarela, principalmente no público de 9 meses a 5 anos, que tem baixa taxa de vacinação. Como estão ocorrendo epizootias confirmadas na região, é importante a mobilização neste sentido, para que não haja o adoecimento da população humana.