A Coordenadoria de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) realizou na última quarta-feira (22-12-21) reunião online, com cerca de 100 participantes entre secretários municipais de saúde, diretores, gerentes e referências técnicas das políticas com interface direta com a Atenção Primária à saúde dos 39 municípios que fazem parte da Regional.

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Segundo a assessora da Coordenação de Atenção à Saúde da SRS-BH, Mariana Dayrell, o objetivo principal do encontro foi trazer para todos os atores municipais “os principais pontos de cada política pública que tem interface direta com a Atenção Primária à Saúde, para que sirva de reflexão no planejamento das ações para 2022 ”.

Diversos temas fundamentais foram debatidos, como o financiamento da APS – últimas Portarias e Resoluções; políticas de saúde bucal; saúde da mulher e da criança; política Estadual de Promoção à Saúde; saúde mental; arboviroses e outros.

A relação entre os temas abordados é explicada pela assessora da APS da Regional de Belo Horizonte. “A Rede de Atenção à Saúde tem como porta principal a Atenção Primária. Desta forma, tudo perpassa pela APS, e as diferentes políticas de saúde devem estar integradas no âmbito municipal para que a assistência seja integral, e o referenciamento para outros pontos, efetivo”. Dayrell também ressalta a importância em abordar o tema com as referências da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. “Esse diálogo faz muito sentido, uma vez que, entrando pela Atenção Primária à Saúde, o usuário pode necessitar de um atendimento especializado no Centro de Especialidades Odontológicas de referência para seu município, assim como a própria Saúde Bucal pode também detectar casos de Tuberculose e Hanseníase por exemplo, e saber quais as atribuições das Equipes de Saúde da Família no diagnóstico e tratamento dos casos. A integralidade está no enxergar o usuário como um todo, e não de forma fragmentada por cada área técnica”, afirma.

Para referência técnica em reabilitação da Diretoria Operacional da Saúde de Betim, Hercília Martins da Silva, o evento foi uma oportunidade de acesso às informações com conteúdo diferenciado. "Tivemos um valioso conteúdo e muito cuidado na apresentação. Destaco um ponto que considerei valiosíssimo de contribuição para os gestores locais: o detalhamento acerca das atribuições da Junta Reguladora da Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência e das atribuições das referências técnicas".

Dados estratégicos para a saúde pública foram abordados no encontro. Também foram mostrados os Centros de Especialidades Odontológicas de referência para os municípios e quais deles possuem atendimento à pessoa com deficiência às referências municipais. A grade de referência para tratamento de HIV e Hepatites B e C fez parte dos assuntos do evento. Nesse contexto, os desafios para o SUS em 2022, são claros de acordo com a Coordenadora de Atenção à Saúde da Regional de Belo Horizonte, Renata Tarbes Machado. “São muitos os desafios, e a Regional de BH está se empenhando ao máximo no apoio aos municípios para um planejamento adequado e integrado, tendo como foco a integralidade do cuidado e obviamente o aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família e Saúde Bucal. Implantar por exemplo os Testes Rápidos de Sífilis, HIV e Hepatites nas Unidades de Atenção Primária é um processo relativamente simples e sem ônus para os gestores (uma vez que os testes são repassados pela SES-MG), e impactam diretamente no diagnóstico e tratamento em tempo oportuno dos usuários, principalmente de gestantes, evitando assim a transmissão vertical da sífilis para os bebês”.

Por Leandro Peters Heringer

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