Para orientar a tomada de decisão dos municípios da Regional de Saúde de Sete Lagoas (SRS-Sete Lagoas), foi realizada na sexta-feira (6/8) reunião on-line que apresentou as características da nova versão do plano Minas Consciente, que visa a retomada segura da economia no cenário da pandemia da Covid-19.

Crédito: Regional de Sete Lagoas

O superintendente Regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, apresentou aos gestores dos 35 municípios que compõem a região de saúde da SRS-Sete Lagoas as principais mudanças do plano Minas Consciente, que passa a considerar como critério para o avanço das ondas, características como o número de habitantes da cidade, a logística de atendimento e a capacidade assistencial. Essa versão do plano passa a adotar, também, um protocolo único e a diminuição de 4 para 3 ondas (verde, amarela e vermelha) para a categorização dos municípios na reabertura do comércio.

O superintendente ressaltou a transparência com que o Governo do Estado tem conduzido esse planejamento, apresentando aos participantes o portal do Minas Consciente (www.mg.gov.br/minasconsciente). Ele indicou onde estão dispostas as informações sobre o plano, o processo de adesão e, ainda, os Relatórios de Transparência onde constam os pareceres técnicos e atas de reunião que podem ser consultados por toda a população.

“Antes, as ondas consideravam o risco de contaminação das atividades econômicas e agora examina-se o cenário dos municípios e não dos serviços. Com isso, à medida que os cenários locais forem melhorando e o risco de contaminação for diminuindo, vamos avançando na retomada da economia”, explicitou Teixeira. Ele pontuou que nessa fase foi adotado o tratamento simplificado para municípios com menos de 30 mil habitantes que aderirem ao “Minas Consciente”. Esses municípios podem progredir automaticamente para a onda amarela no plano quando apresentarem taxa de incidência menor que 50 casos por 100 mil habitantes por 14 dias.

Regional Sete Lagoas

A Regional de Sete Lagoas possui, atualmente, 18 municípios que aderiram ao Programa “Minas Consciente”, e de acordo com os critérios analisados, as cidades que integram a microrregião de saúde de Curvelo (Augusto de Lima, Buenópolis, Curvelo, Felixlândia, Morro da Garça, Presidente Juscelino e Três Marias) podem optar por avançar para a onda amarela de acordo com os dados da microrregião. Já aqueles que integram a microrregião de saúde de Sete Lagoas (Abaeté, Cachoeira da Prata, Cordisburgo, Funilândia, Jequitibá, Maravilhas, Papagaios, Pequi, Pompéu, Prudente de Morais e Sete Lagoas), se mantém na onda vermelha devido aos indicadores da microrregião.

“A decisão deve levar em consideração os indicadores da macrorregião de Saúde, a nossa é a Centro e está na onda vermelha, o indicador da microrregião de saúde e a característica de ser um município que possui menos de 30 mil habitantes, sempre prevalecendo o princípio da cautela”, explicou o superintendente ao exemplificar a cidade de Presidente Juscelino, que apesar de estar na microrregião de saúde de Curvelo,  que encontra-se na região amarela, tem população superior a 30 mil habitantes, estando assim com dois indicadores na onda vermelha.

Outro exemplo é o município de Funilândia, que embora tenha população inferior a 30 mil habitantes e ter apresentado índice de contaminação menor que 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, pertence a uma microrregião de saúde e a uma macrorregião de saúde que estão ainda na onda vermelha. “Nesses casos indicamos, pelo princípio da cautela, que os municípios permaneçam na onda vermelha, mas lembramos que essa tomada de decisão é do município que tem autonomia para escolher avançar ou não”, salientou Teixeira.

A reunião foi realizada em conjunto com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS-MG) da Regional de Sete Lagoas. A iniciativa se deu em função de orientar e tirar dúvidas dos gestores, como explicou a apoiadora do COSEMS Regional Sete Lagoas, Cláudia Adriani de Oliveira, “vimos a necessidade de realizar essa reunião para ajudar os municípios a tomarem a decisão e entenderem os indicadores”.

Por Nayara Souza