A utilização do UBV (inseticida de ultrabaixo volume) no combate as arboviroses foi tema de uma aula prática para os agentes e técnicos de endemias de Belo Horizonte que trabalham no combate ao mosquito Aedes aegypti. O treinamento abordou as técnicas de utilização correta da bomba costal (recipiente que vai nas costas do operador contendo o inseticida para a eliminação do mosquito) e as formas, trajetórias e percursos para aplicação do inseticida nas residências e nas áreas de alcance do mosquito que transmite a dengue e outras doenças.

Crédito: Alessandra Maximiano

De acordo com o Agente de Endemias, Silmar Pereira dos Santos, que transmitiu os conhecimentos sobre a metodologia de trabalho, o manuseio e a técnica de aplicação do inseticida para o bloqueio do mosquito Aedes aegypti exigem alguns cuidados. “Um profissional vai na frente preparando a população, explicando para o morador da residência os cuidados necessários no momento da aplicação do inseticida pois muitas vezes os moradores podem ter algum problema respiratório, alguma alergia ou possuírem algum problema de saúde. Nestes casos, somente duas horas após a aplicação do inseticida as pessoas podem retornar ao local”, explicou

Segundo Silmar Santos, o inseticida permanece no ar durante o período de duas horas, período suficiente para acertar o alvo, ou seja, o Aedes aegypti.  “O inseticida elimina o mosquito adulto, o trabalho de bloqueio visa eliminar o mosquito adulto. Para eliminar os focos geradores, onde existe água parada, são utilizadas outras metodologias que são os larvicidas. Durante a aplicação do inseticida por meio da bomba costal os recipientes de alimentação dos animais também devem ser retirados ou virados para baixo”, disse.

Ainda sobre a metodologia de trabalho, o Agente de Endemias e referência do programa de doenças de Chagas da Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH), Paulo César dos Reis, esclareceu o porquê do trabalho ser realizado sempre em trio. “Um agente vai na frente explicando para os moradores os cuidados necessários com o inseticida. O segundo agente auxilia o operador da bomba costal sobre o caminho a percorrer na residência e os locais em que o inseticida deve ser aplicado (pneus por exemplo) e o terceiro agente, devidamente utilizando um equipamento de proteção individual específico, fica responsável pela aplicação do inseticida”, afirmou.

Atuando na Regional Centro Sul de Belo Horizonte, na unidade de saúde Aparecida, o  Agente de Combate a Endemias, Vinicius Gomes, aproveitou muito a capacitação. “A aula prática ofereceu noções que antes eu não tinha. Este foi o meu primeiro contato diretamente com o uso da bomba costal. Agora é praticar no dia a dia tudo o que aprendi”, disse.

A participação da população também é muito importante para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti e evitar que doenças como dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela possam ganhar cada vez mais espaço. Informações de como cada cidadão pode fazer a sua parte contra essas doenças também estão disponíveis em:

 www.saude.mg.gov.br/aedes

www.saude.mg.gov.br/mobilizacao

Por Alessandra Maximiano