Com o objetivo de qualificar a rede hospitalar de Minas Gerais, as obras relacionadas ao atendimento aos casos da covid-19 já estão sendo concluídas no Hospital Júlia Kubitschek (HJK). Durante coletiva virtual, realizada na tarde desta sexta-feira (3/7) o secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral falou sobre o assunto.
 
Gil Leonardi | Imprensa MG

“Nós fizemos várias ações de estruturação da rede de saúde do Estado, levando em consideração a urgência. A expectativa é de que tenhamos mais 40 leitos de terapia intensiva no Júlia Kubitschek, disponibilizados para a Região Metropolitana de Belo Horizonte”, explica.

O Hospital Júlia Kubitschek, desde o dia 27 de maio, está atendendo apenas os casos suspeitos de covid-19 regulados pela Central de Internação de Belo Horizonte (CINT-BH). Essas obras foram programadas em alinhamento com os planejamentos técnicos aprovados pelas esferas municipal e estadual, dentro do conceito de atendimento em rede do SUS-MG.

O secretário adjunto da SES-MG, Marcelo Cabral, mencionou a contratação de profissionais médicos como sendo um dos desafios enfrentados. “A contratação de médicos tem sido um desafio. Ainda assim seguimos fazendo os chamamentos para compor as equipes e, no âmbito da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), já foram realizados mais 20”, pontua Cabral.

Na Fhemig há, ao todo, cerca de 13 mil servidores e desses 10,5 mil estão atuando diretamente na assistência.

O Hospital Eduardo de Menezes (HEM), unidade referência para o atendimento aos casos de covid-19, conta com 450 profissionais. O Júlia Kubitschek, por sua vez, possui 1.355 profissionais de saúde.

“No interior, as unidades que atendem aos casos são o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), em Patos de Minas, com 678 profissionais de saúde, e o Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, com 839 profissionais”, detalha o secretário adjunto da SES-MG.  
 
Equipamentos

No que se refere à entrega de equipamentos, como ventiladores e monitores, Amaral explicou que essa distribuição segue critérios estritamente técnicos, relacionados ao Plano de Contingência de cada macrorregião e aos coeficientes de incidência (quantidade de casos em relação ao número de leitos).

“Além disso, quando é definido para quais cidades e hospitais esses equipamentos devem ir, nós entramos em contato com os gestores municipais e com os gestores do hospital para termos a certeza de que aquele equipamento poderá entrar em operação no máximo em sete dias, após chegar à instituição”, explica Amaral.

Apesar da escassez dos equipamentos e da alta de preços, Minas Gerais adquiriu 1.047 respiradores, e o estado já recebeu, até o momento, 584 equipamentos. As unidades adquiridas que ainda não chegaram, têm previsão de entrega em julho e agosto.
 
Medidas de prevenção

No que se refere ao isolamento e aos cuidados de prevenção recomendados pelo Estado, Marcelo Cabral destaca que “enquanto não se descobrir uma vacina efetiva ao enfrentamento e controle do vírus, esses cuidados deverão ser mantidos”.

Já Carlos Eduardo Amaral reforçou que a SES e o Governo de Minas seguem extremamente empenhados para trazer, dentro das possibilidades que o cenário apresenta, o que há de melhor ao cidadão mineiro. O secretário também destacou que é preciso reforçar o isolamento e os cuidados para prevenção.

“Não é o momento, de forma alguma, de falarmos ao longo dos próximos 15 dias, em flexibilizar ou modificar a recomendação de isolamento que temos atualmente. Passado o que são as projeções de pico, nós precisaremos avaliar o que está acontecendo e, se nós tivermos uma queda no número de casos, nós começaremos a sinalizar, por meio do Minas Consciente, alguma flexibilização”, afirma o secretário de Estado de Saúde.

Por Jornalismo SES-MG