Notícias https://saude.mg.gov.br Wed, 11 Sep 2024 22:42:39 +0000 Joomla! - Open Source Content Management pt-br Centro de Processamento Celular garante agilidade e controle de qualidade das células-tronco para transplantes de medula óssea no estado https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20310-centro-de-processamento-celular-garante-agilidade-e-controle-de-qualidade-das-celulas-tronco-para-transplantes-de-medula-ossea-no-estado https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20310-centro-de-processamento-celular-garante-agilidade-e-controle-de-qualidade-das-celulas-tronco-para-transplantes-de-medula-ossea-no-estado

“Comecei a ter muita fraqueza, dor no corpo, não conseguia enxergar direito e desmaiei várias vezes. Fiz exames e, depois dos resultados, tomava remédios de manhã e à noite. Trabalhava como doméstica, fazia faxina pesada, mas não estava aguentando trabalhar e, ao longo do tratamento, minha médica me alertou que em algum momento eu teria que fazer um transplante de medula”, conta a dona de casa Maria D’Ajuda Antônio, que tem 54 anos.

Crédito: Carol Souza

Com o diagnóstico de doença mieloproliferativa crônica, que é caracterizada pela produção em excesso de células da medula óssea, Maria D’Ajuda fez tratamento durante 12 anos e há pouco mais de três semanas fez o transplante no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). O procedimento, que é realizado de forma semelhante a uma transfusão de sangue, com duração média de duas horas, mudou a vida dela.

“Meus sete irmãos vieram fazer o teste e dois deles foram compatíveis. Agora que a medula pegou, depois de todo o processo, meu corpo está outro, sem dor. A expectativa para ir pra casa é bem alta, porque estou me sentindo muito bem, tenho ânimo e até meu sorriso é outro”, comemora ela.

Preparação

Para alterar o rumo da história da dona Maria D’Ajuda, as células do doador precisaram passar por controle de qualidade e foram feitos vários testes antes da liberação do material para a realização do transplante. Todo esse trabalho foi realizado pelo Centro de Processamento Celular, do Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio), uma unidade da Fundação Hemominas, que atua com células e tecidos biológicos. 

O Centro de Processamento Celular presta serviços de terapia celular para dez centros transplantadores conveniados da capital e do interior de Minas. Desde 2013, quando foi implantado, mais de dois mil pacientes foram beneficiados e a média mensal chega a até 30 processamentos.

Segundo o coordenador do Cetebio, André Belisário, depois dessa implantação, o processo dos transplantes foi facilitado. “Antes de termos o Centro de Processamento Celular aqui em Minas, as células precisavam ser processadas em outro estado ou o paciente precisava se deslocar, o que aumentava o custo e atrasava o processo. Com o Cetebio, além de agilidade, ganhamos em segurança do material genético”, ressalta.

No Cetebio, as células podem passar por deseritrocitação, que é a redução de células vermelhas ou hemácias antes do transplante. O material pode ser processado para uso a fresco, em até 48 horas após a coleta, ou passar pelo processo de criopreservação, que consiste no congelamento em ultrabaixa temperatura para que o paciente receba o material depois do período de tratamento.

“A maioria dos pacientes que atendemos são os que vão receber um transplante autólogo. Eles são cadastrados e chamados para realizar a coleta do material, que passa pelo controle de qualidade e por testes para ser criopreservado”, aponta o coordenador.

“Quando o paciente está pronto para o transplante, a equipe do hospital nos aciona para que seja feito o transporte das células congeladas em um recipiente específico, com nitrogênio líquido, que pode chegar até aos 150 graus negativos. As células são descongeladas na beira do leito e infundidas no paciente”, salienta.

O Cetebio também recebe material genético de doadores de outros estados e países para atender aos casos de pacientes mineiros que estejam precisando do transplante. “Fazemos o processamento e encaminhamos o material para o Centro Transplantador em que o paciente está internado. Os dez centros conveniados são, na maioria, hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) ou filantrópicos que prestam atendimento aos usuários do SUS”, completa Belisário.

Parceria pela vida

A médica e coordenadora do serviço de transplantes de medula óssea do Hospital das Clínicas da UFMG, Ana Karine Vieira, foi uma das profissionais que acompanhou o processo da dona Maria, desde a coleta do material genético. O HC-UFMG é um dos Centros Transplantadores de Minas e recebe pacientes de todo o estado.

“A marcação das consultas para os pacientes que precisam passar por transplantes é feita de maneira centralizada, pelo MG Transplantes. Recebemos os encaminhamentos e a primeira consulta é agendada. A partir daí, o paciente começa todo o percurso do tratamento, até chegar o dia da internação”, detalha.

“Existem dois tipos de transplante de medula óssea: autólogo, quando as células são retiradas da medula do próprio paciente para serem transplantadas posteriormente, após o tratamento, e o alogênico, quando um irmão, pai, mãe ou outro parente faz a doação”, descreve Ana Karine Vieira.

“Com a Maria D’Ajuda, foi feito o transplante alogênico, com a medula doada pelo irmão. Nesses casos, avaliamos paciente e doador e, quando os dois estão prontos, internamos para fazer o condicionamento, coletar as células e iniciar o processo”, explica a médica.

“É importante lembrar que o transplante alogênico também pode ser feito por um doador não aparentado que tenha se cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), e que tenha a compatibilidade comprovada com o paciente em questão”, destaca.

Mas o que é medula óssea?

Constituída por tecido líquido-gelatinoso, a medula óssea está no interior dos ossos e produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou células vermelhas, responsáveis por transportar oxigênio na circulação, leucócitos ou células brancas, do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.

O transplante de medula beneficia pacientes com produção anormal de células sanguíneas, porém, não é indicado apenas para doenças hematológicas, também atende algumas necessidades da oncologia pediátrica e de adultos, além de pacientes da imunologia e das hemoglobinopatias.

O procedimento é parecido com uma transfusão de sangue. As células são infundidas na corrente sanguínea do paciente, saem da circulação periférica e vão para dentro da medula óssea, fazendo uma reconstrução.

Para entrar na lista de espera por um órgão ou tecido, o paciente precisa ser encaminhado para um dos Centros Transplantadores do Estado, onde será submetido a vários exames e protocolos. A doação de órgãos e sua destinação para transplantes é coordenada pelo MG Transplantes, responsável pela captação e distribuição de órgãos em todo o estado.

Setembro Verde

O Dia Nacional da Doação de Órgãos é celebrado em 27 de setembro, mas durante todo o mês o Governo de Minas promove campanha de conscientização sobre a importância de doar órgãos e de informar a família sobre essa decisão.

Para ser doador de medula óssea, por exemplo, é necessário preencher o cadastro do Redome na Fundação Hemominas. Minas Gerais já cadastrou mais de 636 mil candidatos à doação de medula desde 1993, quando o registro foi criado. Em todo o país, 71.942 novos doadores foram cadastrados desde janeiro de 2024. 

De acordo com o Inca, 2.589 pacientes estão inscritos no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) em Minas Gerais. De janeiro a julho de 2024, foram realizados 219 transplantes de medula óssea de doadores não aparentados no Brasil. 

Para se cadastrar e ajudar a salvar vidas, é necessário atender a alguns critérios:

  • Ter entre 18 e 35 anos, boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas;

  • Apresentar documento oficial de identidade, com foto;

  • Preencher os formulários de identificação do candidato à doação de medula e o termo de consentimento.

  • Colher uma amostra de sangue com 5ml para testes, para fazer o exame HLA* (Antígenos Leucocitários Humanos) que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA será cadastrado no Redome.

 

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Banco de notícias Fri, 06 Sep 2024 16:38:00 +0000
Nove em cada dez municípios mineiros contam com o atendimento do Samu 192 https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20306-nove-em-cada-dez-municipios-mineiros-contam-com-o-atendimento-do-samu-192 https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20306-nove-em-cada-dez-municipios-mineiros-contam-com-o-atendimento-do-samu-192

Quase 18 milhões de mineiros, de 800, dos 853 municípios do estado, podem ligar para o número 192 e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. Isso corresponde a uma cobertura de 93,7% e significa que nove em cada dez municípios já contam com o serviço.

Crédito: Marco Evangelista | Imprensa MG

Para que isso fosse possível, o Governo de Minas investiu, nos últimos três anos, mais de R$85 milhões na ampliação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), garantindo a presença de médicos e ambulâncias em todo o território mineiro para prestar socorro à população em casos de emergência. O recurso foi empregado na estruturação das Centrais de Regulação de Urgência (CRU), na capacitação dos profissionais e na aquisição das unidades móveis gerenciadas por consórcios intermunicipais de saúde.

“Atingimos uma marca muito importante, que é a de ter 800 municípios com o Samu funcionando. Mas não é apenas um veículo. Quando alguém disca 192, é atendido por um profissional capacitado, que vai avaliar a necessidade de cada caso, orientar o usuário e enviar uma equipe qualificada para o atendimento e transporte desse paciente de forma rápida e segura”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Em 2019, seis macrorregiões mineiras não possuíam cobertura do Samu 192. Hoje, o serviço está implantado e em funcionamento no formato regional nas macrorregiões Centro-Sul, Leste/Vale do Aço, Oeste (e Micro Betim), Extremo Sul, Sudoeste e Sul Sudeste/Leste do Sul, Nordeste/Jequitinhonha, Norte, Triângulo do Norte, Noroeste, Centro (Micro Contagem), Centro (Micros Belo Horizonte/Nova Lima/Santa Luzia, Ouro Preto, Vespasiano/Lagoa Santa) e Centro (Micros Sete Lagoas e Curvelo).

“Minas investe mais de R$300 milhões por ano para manter essa máquina funcionando. Em 2019, apenas metade dos municípios tinham acesso ao Samu e hoje estamos caminhando para oferecer o serviço a todos aos 853 municípios mineiros”, salienta Baccheretti.

Apenas a macrorregião Triângulo do Sul e a microrregião Centro, composta pelas micro de Itabira, Guanhães e João Monlevade ainda não estão cobertas pelo serviço. Mas o processo de implantação de ambas já está em andamento.

Além das unidades macrorregionais, alguns municípios possuem o serviço de emergência no formato municipal. Esse é o caso, por exemplo, do Samu de Betim (Macrorregião Centro) e de Poços de Caldas (Macrorregião Extremo Sul).

No momento mais difícil

O Samu presta socorro à população em casos de urgência e emergência, seja nas vias públicas, residências ou empresas. O atendimento precoce e em ambiente pré-hospitalar, ainda nos locais de ocorrência, evita complicações e óbitos.

Assim que o Samu 192 é acionado, uma equipe, composta por médicos reguladores, define um possível diagnóstico da situação e a prioridade do atendimento. E, então, dependendo de cada ocorrência, uma Unidade de Suporte Básico (USB) ou uma Unidade de Suporte Avançado (USA) é enviada para realizar o socorro das pessoas.

Minas Gerais conta com 104 USA e 373 USB, em 343 bases descentralizadas espalhadas pelo território. Após esse primeiro atendimento, é definido o ponto de atenção na rede para o qual o paciente será encaminhado. Os quadros clínicos de menor complexidade são encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os mais graves para os hospitais.

A história do jornalista Rafael Silva foi acompanhada ao vivo por milhares de pessoas. Em janeiro de 2021, ele teve um mal súbito enquanto apresentava o jornal na emissora de televisão em que trabalha. Rafael foi prontamente atendido pelos bombeiros e, em seguida, pelo Samu 192, ainda no local.

“Eu estava apresentando o jornal, e, como se tivessem me puxado da tomada, eu caí. Não me lembro de nada. Mas sei que estou aqui graças à dedicação dos profissionais do Samu, não tenho dúvidas. Eles não desistiram de mim, da minha vida, que estava ali em jogo”, conta.

“Eles cuidaram de mim como se fosse alguém próximo: um filho, um irmão, um pai. O sentimento que tenho pelos profissionais do Samu é de gratidão e amor. Eles fazem parte da minha história para sempre”, declara.

O socorrista Frederico Oliveira, que atua no Samu 192 desde 2021, considera o trabalho gratificante exatamente porque faz uma grande diferença na vida das pessoas.

“Quando a gente chega, geralmente, a pessoa está em um sofrimento extremo. É um momento muito difícil e a gente consegue trazer uma solução e ajudar da melhor forma possível”, avalia.

Trabalho cooperativo e integrado

Para garantir a presença do Samu 192 em todo o território, Minas adotou um formato regionalizado, por meio do qual o atendimento é ofertado aos moradores por sistemas de consórcios entre municípios vizinhos. O custeio dos serviços é realizado de forma tripartite entre os entes governamentais, sendo que o estado repassa anualmente cerca de R$325 milhões aos consórcios.

“O modelo é eficaz e possibilita o alcance de mais pessoas, além de gerar economia de escala e permitir a execução, na prática, de uma regionalização solidária e cooperativa entre os municípios mineiros, ampliando o acesso aos serviços”, explica Luzia Borges, referência técnica da coordenação Estadual de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Exemplo de trabalho cooperativo, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião Sul de Minas (Cissul) é considerado o maior Samu do Brasil. Com sede em Varginha, funciona desde 2015 e é composto por 154 cidades. Atualmente, o consórcio possui 45 bases descentralizadas instaladas em municípios estratégicos e 58 ambulâncias, sendo 45 de Suporte Básico (USB) e 13 de Suporte Avançado (USA).

Toda essa estrutura oferece cobertura a uma população de 2,8 milhões de habitantes e envolve cerca de 800 profissionais. Em 2023, foram contabilizados 61.786 atendimentos pelo Cissul/Samu, além de 42.608 orientações médicas. Já em 2024, até 25 de agosto, foram registrados 43.855 atendimentos e 30.867 orientações médicas. O tempo médio de deslocamento das equipes, da chamada telefônica no sistema até o local da ocorrência, é de cerca de 20 minutos e a duração do atendimento, em média, de 38 minutos.

Segundo o secretário Executivo do Cissul/Samu, Filipe Batista, a partir dos recursos estaduais, que configuram mais de 50% do total recebido pelo Consórcio, foi possível ampliar em mais de 30% o atendimento nos últimos 18 meses, resultando na diminuição do tempo resposta e proporcionando melhorias aos colaboradores e aos usuários do serviço.

“Com os recursos recebidos pela SES-MG, no último ano, implementamos mais dez novas bases de suporte básico e três de suporte avançado no Cissul para ampliar o nosso atendimento. Além disso, conseguimos, de forma eficiente, implantar melhorias para o nosso efetivo, como aumento do vale alimentação e plano de saúde”, detalha.

O motociclista André Filipe de Lima acredita que a agilidade na resposta às ocorrências o ajudou a enfrentar um momento complicado em 2023, quando sofreu um grave acidente de trânsito. Ele conta que teve várias fraturas no acidente e que sentia muita dor.

“A ambulância chegou muito rápido. Eu lembro que fiquei pouco tempo no chão. No local mesmo, eles já aplicaram a medicação, porque a dor era muito grande, e fui levado para o hospital”, lembra.

Agilidade

A agilidade no atendimento é uma das marcas do Samu Regional Macro Centro BH, que atua em três microrregiões de Saúde: Belo Horizonte/Nova Lima/Caeté, Ouro Preto e Vespasiano. A Central de Regulação do Samu, com base em Belo Horizonte, conta com sistema de georreferenciamento único, que facilita o melhor empenho das ambulâncias das três microrregiões de Saúde atendidas pela ampliação do Samu 192.

A Central de Regulação de Urgência funciona, atualmente, no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) e possui estrutura para regular todos os municípios que integram o Samu Macro Regional BH. A regulação médica realizada por Belo Horizonte é responsável pelo atendimento telefônico e direcionamento dos casos, com classificação da gravidade, que definem a necessidade ou não do envio de ambulância e o tipo de socorro que será empenhado. Caso a ambulância seja enviada, quanto mais grave o caso, mais rápido será o tempo-resposta das equipes, que hoje é, em média, de 15 minutos para situações com risco iminente de morte.

Em dezembro de 2023, o Samu 192 de Belo Horizonte expandiu a regulação pré-hospitalar passando de oito para 23 cidades, incluindo a capital, para garantir socorro rápido a quase quatro milhões de pessoas. Hoje são cinco bases descentralizadas, implantadas estrategicamente nos municípios, e uma Central de Regulação de Urgência. No ano passado, o serviço realizou 130.616 atendimentos com envio de ambulâncias e mais de 500 mil chamadas telefônicas em busca de socorro. Este ano, já são 79.900 atendimentos via ambulância e mais de 355 mil chamadas.

Reforço aéreo

Com 586.528 km² de área territorial, Minas Gerais possui extensão similar a de muitos países e, para garantir as transferências dos pacientes em tempo oportuno, o estado conta, desde 2012, com o Serviço Aéreo de Suporte Avançado (Saav), parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o Comando de Aviação do Estado (Comave) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por meio dos Consórcios Regionais de Saúde.

O Saav possui atualmente seis helicópteros e dois aviões, com bases em Belo Horizonte, Montes Claros, Varginha e Uberaba, garantindo uma resposta rápida e eficiente em situações de emergência médica. O número de pacientes transportados tem crescido, saindo de 344, em 2016, para 1007 no ano passado. O número de vítimas atendidas também saltou de 428, em 2016, para 1276 em 2023.

“Seja por via terrestre ou aérea, a velocidade é primordial para salvar muitas vidas. É o investimento de cada real que vai fazendo a diferença na saúde dos mineiros”, conclui o secretário Fábio Baccheretti.

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Banco de notícias Wed, 04 Sep 2024 08:58:30 +0000
Minas Gerais ultrapassa meta de vacinação contra a meningite C https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20305-minas-gerais-ultrapassa-meta-de-vacinacao-contra-a-meningite-c https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20305-minas-gerais-ultrapassa-meta-de-vacinacao-contra-a-meningite-c
Minas Gerais comemora a melhora dos índices vacinais dos 19 imunizantes disponibilizados gratuitamente para crianças com até dois anos de idade. A cobertura da vacina meningo C, por exemplo, que protege contra a meningite C ou doença meningocócica, atingiu a marca de 105,74%, 10 pontos percentuais acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. A dose de reforço do imunizante também ultrapassou a meta neste ano, chegando aos 102,96%.
Crédito: Rafael Mendes

“Além de estarmos acima da meta de cobertura da meningo C na primeira dose e na dose de reforço, também ultrapassamos a meta da cobertura da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, com uma cobertura de 104,65%”, informa o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Eduardo Prosdocimi. 

“Isso demonstra o grande esforço do Governo de Minas para que tenhamos todo o público alvo imunizado contra essas doenças, que são graves e podem matar”, destaca. 

Em 2023, de acordo com os dados do Painel LocalizaSUS, os índices vacinais da meningo C foram de 96,31% para a primeira dose e 88,87% para a dose de reforço. 

“É muito importante que os pais e responsáveis se atentem ao cartão de vacinas de seus filhos para que eles possam ter acesso à vacina contra a meningite. Nosso intuito com o Vacina Mais, Minas é levar os imunizantes para mais próximo da população, permitindo que todos tenham acesso às vacinas que são disponibilizadas gratuitamente”, aponta Prosdocimi.

Ainda segundo o subsecretário, o resultado que vem sendo observado até agora é fruto do investimento feito pelo Governo de Minas, por meio da SES-MG, nas ações de vacinação e capacitações voltadas para os profissionais das salas de vacinas.

“Estamos, nesse ano de 2024, acima da média nacional em 12 das 19 vacinas disponibilizadas para as crianças de zero a dois anos; e acima da meta do Sudeste em todos os imunizantes. Isso é sinal que o trabalho que estamos fazendo está dando resultados”, comemora.

Desde 2023, o Governo de Minas implementou o projeto Vacina Mais, Minas, que já investiu mais de R$260 milhões em ações de imunização no estado. Foram R$165 milhões em bonificação para os municípios que se aproximarem das metas vacinais, com vacinação nas escolas, e R$100 milhões para a compra dos vacimóveis, unidades itinerantes de vacinação. 

“Em novembro deste ano vamos realizar uma campanha de multivacinação em todo o estado e pleitear que os imunizantes estejam disponíveis, cada vez mais, para ampliar o acesso da população às vacinas e à proteção”, completa Eduardo Prosdocimi.

Sobre a meningite

A meningite C é uma infecção que atinge as meninges, que são as membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. Causada pela bactéria Neisseria meningitidis do tipo C, essa é uma doença grave que pode ser fatal se não for tratada corretamente. 

Altamente contagiosa, a doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas e secreções do nariz ou garganta, pela ingestão de alimentos e água contaminados, ou pelo contato com fezes.

A meningite C pode causar danos cerebrais e sintomas graves como cefaleia, náuseas, vômitos, fotofobia, letargia, exantema, choque, falência de múltiplos órgãos e coagulação intravascular disseminada. 

Em 2023 foram notificados 40 casos e 11 óbitos em decorrência da doença meningocócica em Minas Gerais. De janeiro a 30 de agosto de 2024 foram notificados 30 casos e seis óbitos.

De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, o esquema primário de imunização contra a meningite C compreende duas doses, aos três e cinco meses de vida, e uma dose de reforço, preferencialmente, aos doze meses de idade. 

As crianças que não receberam a vacina nas idades indicadas poderão receber a dose até os quatro anos, 11 meses e 29 dias, conforme Instrução Normativa do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.

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Banco de notícias Tue, 03 Sep 2024 18:05:12 +0000
Governo de Minas vai destinar mais de R$ 41 milhões o serviço de oncologia no estado https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20262-governo-de-minas-vai-destinar-mais-de-r-41-milhoes-o-servico-de-oncologia-no-estado https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20262-governo-de-minas-vai-destinar-mais-de-r-41-milhoes-o-servico-de-oncologia-no-estado
O Governo de Minas vai destinar mais de R$41 milhões em recursos estaduais para complementar os valores destinados aos procedimentos de oncologia de alta complexidade no estado. A pactuação das regras de destinação dos repasses ocorreu nesta quarta-feira (21/8), em Belo Horizonte, durante a 310ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Minas Gerais (CIB-SUS/MG), que conta com a participação de membros da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG).
Crédito: Rafael Mendes

A destinação dos recursos será excepcional e complementar aos recursos federais definidos na Programação Pactuada e Integrada (PPI) e será direcionada aos municípios que extrapolaram os valores pactuados na rede de oncologia de alta complexidade, considerando a produção e recursos destinados às cirurgias oncológicas, internações, quimioterapia, radioterapia entre outros procedimentos.

“A Rede de Oncologia em Minas vem sofrendo um aumento constante na produção e os beneficiários dos recursos são os municípios que apresentaram extrapolamento na rede. Os valores serão repassados em parcela única, após a formalização de termo de compromisso com os municípios, e na resolução, que será publicada futuramente, estarão as regras para o acesso aos valores, o cronograma das fases e os indicadores de monitoramento. Cabe ao gestor a autonomia para a gestão do recurso”, esclarece a secretária de Estado Adjunta de Saúde, Poliana Cardoso Lopes.

O presidente do Cosems-MG, Edivaldo Faria da Silva Filho, reforçou a importância do recurso para a oncologia no estado. “Essa pauta é muito importante, pois o nosso papel é pactuar em comum acordo entre os dois entes, o município e o estado. Ela foi discutida mais de 90 dias para ser pactuada hoje, com clareza e com segurança para todos os municípios”, complementou.

Na ocasião, também, foi apresentado a evolução da execução dos recursos destinados a Minas Gerais, por parte do Governo Federal, para o Plano Estadual de Redução de Filas (Perf). O monitoramento de janeiro até junho de 2024, aponta que foram executados mais de R$68 milhões dos R$120 milhões destinados ao estado para a realização de procedimentos ambulatoriais e hospitalares.

“Este, também, é um outro grande destaque e compromisso que temos com os prestadores, pois cirurgia realizada é também cirurgia paga. Reforçamos sempre a necessidade de fazer o processamento da forma correta e, assim, aproveitarmos esse recurso importante que está disponível ao estado e, assim, reduzirmos a fila para esses procedimentos”, reforçou Poliana Lopes.

Arboviroses

Durante a reunião da CIB, foram aprovadas as regras de financiamento do projeto de caráter transitório para enfrentamento de doenças caracterizadas como emergências em saúde pública, como as arboviroses e doenças transmissíveis agudas causadas por vírus respiratórios. 

O valor total previsto é de mais de R$ 120 milhões. Sendo a primeira parcela, de R$ 60 milhões, prevista para ser repassada aos 853 municípios mineiros entre os meses de outubro e novembro de 2024. As outras duas parcelas variáveis, de R$ 30 milhões cada, serão pagas conforme indicadores de monitoramento, como o mapeamento do sistema de vigilância municipal de vírus respiratórios, a adesão às capacitações, a realização do dia D de mobilização, o aumento da cobertura vacinal contra a influenza, a adesão aos processos de qualificação das arboviroses e a gestão descentralizada de adulticidas, entre outros. 

De acordo com a secretária de Estado Adjunta, esse investimento busca preparar os municípios para os próximos períodos sazonais. “Estamos antecipando os repasses dos recursos aos municípios, realizando as capacitações, colocando em prática as lições aprendidas, para que consigamos estar preparados, cada vez mais, no enfrentamento das arboviroses em Minas, nos próximos períodos”, disse. 

Ainda, segundo Poliana Lopes, além dos recursos, é muito importante ter equipes bem qualificadas. “É preciso utilizar os recursos de forma eficaz para que gerem resultados. E, além disso, vimos a diferença que foi a questão das capacitações nos municípios, o quanto impactou diretamente na nossa letalidade. A vigilância é contínua, não pode parar”, reforçou.

O presidente do Cosems-MG, Edivaldo Faria da Silva Filho, agradeceu o apoio e parceria da SES-MG. “Gostaria de agradecer a sensibilidade do estado com as questões das arboviroses. Observamos um olhar diferente com ações de prevenção, liberação de recursos financeiros e, além disso tudo, antecipar as capacitações nos municípios. E, agradeço a disponibilidade para, caso tenha necessidade, voltarem aos territórios para realizar as capacitações novamente”, ressaltou.

Apresentações e pactuações

Outros pontos de destaque da reunião da CIB foram a alteração do Anexo Único da Deliberação CIBSUS/MG nº 4.400, de 18 de outubro de 2023, que aprova, em caráter transitório, os beneficiários e a metodologia de financiamento do Programa Miguilim. 

Também foi aprovada a alteração do Anexo Único da Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.001, de 9 de novembro de 2022, que aprova as diretrizes para a operacionalização do Transporta SUS-MG. E foi ainda pactuada, entre outras, a instituição do Cadastro Estadual de Agentes de Vigilância Sanitária (CAD-VISA) no âmbito do Estado de Minas Gerais.

Após a Reunião Ordinária da CIB-SUS/MG, os assuntos referendados em plenária foram aprovados em forma de deliberações para publicação na Imprensa Oficial de Minas Gerais (IOF) e serão disponibilizados no site da SES-MG.

Os materiais apresentados durante a 310ª Reunião Ordinária e todos os temas pactuados e deliberados poderão ser acessados em: www.saude.mg.gov.br/cib.

O vídeo completo da reunião, transmitida ao vivo pelo canal do Cosems-MG, está disponível no YouTube e pode ser acessado em https://www.youtube.com/live/gitvN6XQZoU.

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Banco de notícias Thu, 22 Aug 2024 18:38:38 +0000
Vacina BCG: Regional de Saúde de Manhuaçu participa de capacitação para aplicação do imunizante em recém-nascidos https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20332-vacina-bcg-regional-de-saude-de-manhuacu-participa-de-capacitacao-para-aplicacao-da-vacina-em-recem-nascidos https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20332-vacina-bcg-regional-de-saude-de-manhuacu-participa-de-capacitacao-para-aplicacao-da-vacina-em-recem-nascidos

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Manhuaçu, apoiou a realização de um curso de capacitação para aplicação da vacina BCG em recém-nascidos nesta terça-feira (10/9) no município sede da Regional.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da SRS Manhuaçu, Grace de Oliveira Vidal Faria, a iniciativa partiu do próprio município, que identificou a necessidade de qualificar os profissionais das 22 unidades de saúde locais, bem como da maternidade e da sala de parto do Hospital César Leite. Por essa razão, a equipe da SRS Manhuaçu foi convidada para ministrar o módulo teórico da capacitação.

Regional de Saúde de Manhuaçu participa de capacitação para aplicação da vacina BCG em recém-nascidos

“É importante destacar que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio de suas unidades regionais, está à disposição para oferecer esse tipo de capacitação. Nosso objetivo é qualificar os profissionais de saúde do SUS para a correta aplicação da vacina BCG, seguindo todas as normas e procedimentos vigentes”, detalhou Grace de Oliveira Vidal Faria.

O curso foi dividido em duas partes: a teórica, conduzida pela equipe da SRS Manhuaçu, e a prática, coordenada pelas referências técnicas do município. Ao final das duas etapas, os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) serão certificados, desde que cumpram todos os requisitos exigidos.

Cobertura vacinal
De acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), a cobertura vacinal da BCG em Minas Gerais de janeiro a agosto deste ano é de 88,30%. Em 2023, o estado alcançou uma cobertura de 83,77%.

A vacina BCG é fundamental na prevenção das formas graves da tuberculose e é indicada para crianças desde o nascimento até 4 anos, 11 meses e 29 dias. O esquema de vacinação prevê dose única, aplicada o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.

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Banco de notícias Wed, 11 Sep 2024 18:28:36 +0000
Regional de Passos sensibiliza público para vacinação contra o tétano https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20331-regional-de-passos-sensibiliza-publico-para-vacina-contra-o-tetano https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20331-regional-de-passos-sensibiliza-publico-para-vacina-contra-o-tetano

O tétano, também chamado tétano acidental, é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por bactéria e pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada a tempo. O principal meio de prevenção contra essa infecção é a vacina, que é disponibilizada gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos), as pessoas estão sendo sensibilizadas, por meio de ações de mobilização social nos municípios, a se vacinarem e atualizarem o cartão de vacinação a cada dez anos.

“O tétano é uma doença grave, mas evitável pela vacina. Todo cidadão deve manter o esquema vacinal em dia. Se a pessoa sofrer uma lesão na pele ou mucosa, deve lavar o local com água e sabão e procurar o serviço de saúde mais próximo, onde o médico vai avaliar a necessidade de utilização de vacina ou soro”, explica a referência técnica em imunizações da SRS Passos, Sueli Veloso Maia.

Vacina antitetânica disponibilizada aos municípios na SRS Passos

Nos 27 municípios abrangidos pela SRS Passos, nos últimos cinco anos, foram notificados sete casos de tétano, com quatro óbitos. O imunizante antitetânico faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível nas salas de vacinação dos municípios e é indicado para pessoas de todas as idades.

Embora a vacina seja a principal forma de prevenção contra a doença, a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), como botas, luvas, capacetes, ajuda a evitar acidentes e consequentemente a infecção. “A pessoa que receber três doses da vacina está protegida contra a doença por um período de dez anos, se o ferimento for leve. Para ferimento grave, o período de proteção é de cinco anos. Passado esse período, deve-se receber a dose de reforço”, observa Sueli Veloso.

A vacina previne também o tétano neonatal, que é causado pela mesma bactéria (Clostridium tetani) e é transmitido pela gestante ao feto. A gestante deve tomar a dose durante o pré-natal, para proteger o recém-nascido por até 28 dias de vida, por meio da transferência dos anticorpos para ele ainda no útero.

A referência técnica em Imunização da SRS Passos, Sueli Veloso Maia, recomenda às pessoas portarem sempre o cartão de vacinas, para rápida avaliação médica em caso de acidente. “É importante não esquecer de guardar o cartão de vacina com o mesmo cuidado em que guarda seu documento de identificação, andando sempre com ele na sua carteira, junto com os seus documentos pessoais, porque é por meio de seu cartão de vacina, que o médico vai saber se está vacinado ou não”, justifica.

Os sintomas do tétano acidental são contraturas musculares (câimbras), rigidez de braços e pernas, rigidez abdominal, dificuldade de abrir a boca, dores nas costas e nos membros (braços e pernas). O tétano neonatal é caracterizado pelo choro excessivo do bebê, dificuldade para mamar e abrir a boca, irritabilidade, febre baixa (se houver) e câimbras.

A bactéria Clostridium tetani é encontrada na natureza e pode ser identificada na pele, fezes, terra, galhos, arbustos, água suja, poeira, trato intestinal e fezes. A infecção ocorre por meio de ferimentos superficiais e profundos de qualquer natureza.

Outras informações sobre o tétano estão disponíveis no site da Secretaria de Estado e Saúde de Minas, com acesso pelo link: https://www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas/tetano .

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Banco de notícias Wed, 11 Sep 2024 17:14:54 +0000
Simpósio no Hospital João XXIII reúne profissionais para discutir jornada do paciente cirúrgico https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20329-simposio-no-hospital-joao-xxiii-reune-profissionais-para-discutir-jornada-do-paciente-cirurgico https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20329-simposio-no-hospital-joao-xxiii-reune-profissionais-para-discutir-jornada-do-paciente-cirurgico

“O trauma é uma doença cirúrgica, portanto, o Hospital João XXIII (HJXXIII) é, necessariamente, um hospital cirúrgico”. A frase dita pelo cirurgião geral e diretor assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência (CHU) da Fhemig, Victor Ikeda, na abertura do 2º Simpósio de Assistência Cirúrgica do CHU, revela o papel central desse tipo de assistência. O evento reuniu, entre ontem e hoje (11/9), quase duas centenas de profissionais da saúde para discutir e trocar experiências no auditório do HJXXIII. 

Crédito: Rafael Assis

A cada ano, apenas no HJXXIII - que junto com os hospitais Maria Amélia Lins e Infantil João Paulo II constituem o Complexo - aproximadamente 6.600 pessoas são operadas, em uma média de 550 pacientes cirúrgicos mensais.

Como destaca a enfermeira e gerente de Assistência Cirúrgica do CHU, Patrícia Alves Moreira, a assistência cirúrgica é fundamental para o tratamento de traumas, doenças agudas e outras condições que requerem uma intervenção imediata. “A rapidez e a eficácia da resposta são fundamentais para salvar vidas e minimizar sequelas de doenças”, acrescenta.

“Sabemos que os hospitais do estado nos têm como referência, pois somos o maior hospital de Minas para trauma e para tudo o que isso abrange. Nacionalmente também somos muito conhecidos e temos reconhecimento internacional em algumas áreas como neurocirurgia e cirurgia geral, por exemplo”, completa Victor Ikeda.

Seres humanos

Por trás desses números estão seres humanos que, de forma inesperada, em razão de acidentes, agressões e outros tipos de ocorrências, tiveram sua rotina interrompida e se viram obrigados a enfrentar uma nova realidade seja no curto, médio ou longo prazos. 

Esses homens, mulheres e crianças motivam uma diversidade de procedimentos e põem em ação um número igualmente grande de profissionais que atuam no CHU e que os acompanham ao longo do seu percurso de tratamento desde a entrada nesses hospitais até a sua alta. Daí o termo “jornada do paciente cirúrgico”. 

Crédito: Rafael Assis

A gerência de Assistência Cirúrgica é a maior do HJXXIII, conta com 12 setores e 700 profissionais. “É muita gente trabalhando para essa jornada. Tudo é feito para que haja a alta adequada do paciente”, resume Patrícia Moreira. 

Inversão de papéis

Acostumada a cuidar dos casos graves que chegam ao bloco cirúrgico do HJXXIII, Priscilla Aurélia, 46 anos, não imaginava que o dia 28 de fevereiro de 2021 iria determinar uma inversão de papéis em sua vida. 

Após sofrer um grave acidente de carro na estrada que leva à cidade de Timóteo, ao retornar de uma viagem a Mucuri no Sul da Bahia com o marido e a filha adolescente, a técnica de enfermagem voltou ao seu local de trabalho na condição de paciente. Ela veio de Timóteo, transportada por helicóptero, após receber o primeiro atendimento em um hospital da cidade. Devido aos ferimentos, teve que amputar o braço direito. Os familiares que a acompanhavam não sofreram nenhum arranhão.

Priscilla permaneceu internada por 15 dias e retornou às suas atividades profissionais cerca de dois meses após o acidente. “Quando somos acolhidos por pessoas que gostam do que fazem, isso já ajuda em nossa recuperação”, ressalta.

A troca de papéis permitiu que ela percebesse com mais clareza a forma como os pacientes do HJXXIII são atendidos. “Eu senti como se os profissionais se colocassem na condição de paciente, num gesto de verdadeira empatia”, completa.

Contexto amplo

A complexidade dos casos caminha junto com a complexidade das ações e dos serviços que se dedicam a recuperar a qualidade de vida dos pacientes atendidos, por meio de um trabalho conjunto realizado por equipes multidisciplinares.

Médica paliativista e coordenadora da equipe de Cuidados Paliativos do HJXXIII, Gabriela Casanova Martins explica que foi importante e simbólico o cuidado paliativo abrir um simpósio de cirurgia, porque existe um estigma de que os pacientes cirúrgicos não são indicados para esse tipo de atenção. De acordo com ela, o cuidado paliativo costuma estar associado, erroneamente, a casos para os quais não há nada mais a ser feito. 

“Na realidade, os paliativistas salvam vidas no contexto mais amplo do que é a vida de uma pessoa, para além de um coração batendo. O cuidado paliativo permite que tenham uma trajetória menos sofrida em sua jornada e sejam o máximo que possam ser com as transformações e as ressignificações trazidas pela doença”, sintetiza Gabriela Casanova.

Tudo ou nada

Ainda segundo a especialista, o paciente cirúrgico que vai para o cuidado paliativo se encontra em um estágio de atenção que não é o “tudo ou nada”. Ele está em um processo contínuo que irá evoluir para a cura, quando ela é possível.  

“O paciente grande queimado – atendido no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HJXXIII – é muito desafiador. O tempo determina uma evolução que os próprios profissionais da saúde não conseguem prever. O seu prognóstico vai mudando com o transcorrer desse tempo”, completa a médica.

Onda Vermelha

Desafio também é o contexto de atuação dos profissionais que estão na linha de frente da “Onda Vermelha”, como é conhecido o trajeto que vai da Sala de Reanimação do setor de Politraumatizados ao Bloco Cirúrgico do HJXXIII, cujo protocolo completou 20 anos em 2024.

Ele foi desenvolvido a partir da experiência desses profissionais ao longo dos anos e como forma de reduzir a alta mortalidade dos pacientes vítimas de traumas muito graves. A taxa de sobrevida dos casos de “Onda Vermelha” atendidos no HJXXIII é superior à dos melhores hospitais de trauma do mundo.

Na lista de causas de entrada fica em primeiro lugar os politraumatismos devido a colisões automobilísticas, que respondem por 26,7% dos casos, seguidos pelos ferimentos por arma de fogo (25,3%), por arma branca (20%) e atropelamentos (14,7%). 

Esses dados são resultado de uma pesquisa realizada pela enfermeira e ex-residente de Urgência e Emergência do HJXXIII, Larissa Geovanna Fernandes Nascimento, que em parceria com outras pesquisadoras, aborda casos de pacientes encaminhados ao bloco cirúrgico em “Onda Vermelha”.

Segunda chance

“O comparativo dos dados permitiu a identificação do perfil dos pacientes que sobrevivem após o politrauma, o tempo de internação, a intervenção cirúrgica e as principais complicações encontradas após o atendimento. Com os dados, é possível compreender melhor os mecanismos de trauma com maior letalidade, as prováveis complicações e criar planos de ação para diminuir essas complicações e o óbito nesse perfil de paciente”, ressalta Larissa Nascimento.

Ao longo dos 12 anos que marcam a sua entrada no HJXXIII por meio da “Onda Vermelha”, o engenheiro civil Guilherme Frauche, 34 anos, solteiro, retornou ao hospital algumas vezes para reencontrar profissionais que o atenderam. Agora, o retorno é motivado por sua participação em uma roda de conversa com outros ex-pacientes no contexto do Simpósio.

Guilherme se recorda do dia, em agosto de 2012, quando foi baleado no coração e pulmão direito, após uma tentativa de assalto quando chegava em casa após a faculdade. Ele deu entrada no hospital em estado de quase morte. Em menos de um minuto, o então estudante de 22 anos se encontrava no bloco cirúrgico para uma cirurgia de emergência. No dia seguinte, já dava sinais de que iria se recuperar, o que de fato aconteceu menos de um mês depois.

“Eu devo muito ao João XXIII, principalmente à Onda Vermelha, que é uma coisa de primeiro mundo. Se eu estou aqui hoje é 100% por causa da Onda Vermelha do João XXIII. Eu tive uma cirurgia muito longa, foram sete paradas cardíacas ao longo do procedimento e fiquei em coma por um tempo curto. Eu só tenho a agradecer. A minha recuperação foi muito rápida, eu era um atleta muito novo e isso também me ajudou. Agradeço muito aos médicos, enfermeiros, anestesistas, psicólogos e fisioterapeutas que me acompanharam em minha recuperação plena. Sete meses depois, participei de uma meia maratona”, finaliza o engenheiro.

 

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Banco de notícias Wed, 11 Sep 2024 15:15:09 +0000
Brasil voltará a produzir insulina https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20328-brasil-voltara-a-produzir-insulina https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20328-brasil-voltara-a-produzir-insulina

Após mais de sete anos de impasse, o presidente da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Felipe Attiê, assinou, nesta terça-feira (10/9), o contrato de transferência de tecnologia para produção e fornecimento de insulina humana Regular e NPH para o Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa foi possível por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), entre a Funed, Biomm e a empresa Wockhardt, grande indústria indiana de biológicos, detentora da tecnologia de produção de insulina.

Da esquerda para a direita: assessor da Presidência da Funed, Paulo Márcio Pereira de Carvalho, diretor Industrial da Funed, Robson Cavalcanti, presidente da Funed, Felipe Attiê, e diretor de Planejamento, Gestão e Finanças da Funed, Dimitri Assis de Souza

Não somente Minas Gerais, mas o Brasil ganha a partir da assinatura do documento. Visto que, atualmente, toda a insulina consumida no país é importada, a parceria chega para possibilitar a retomada da produção do medicamento no Brasil e dar às pessoas com diabetes uma melhor qualidade de vida. A expectativa é a viabilização de 10 milhões de doses anualmente, abastecendo 50% da demanda nacional.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem, atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. Para tratar o diabetes, o SUS oferece medicamentos gratuitamente. Além disso, os pacientes com a doença são acompanhados pela Atenção Básica e a obtenção do medicamento para o tratamento tem sido fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença.

Dessa forma, as pessoas com diabetes têm assegurado, gratuitamente, o tratamento integral no SUS, que fornece à população as insulinas: humana NPH e insulina humana regular. São esses medicamentos que serão fornecidos por meio da PDP. “Concretizar a assinatura dessa PDP não foi uma tarefa fácil. Foram quase oito anos de espera, mais de 64 ressalvas feitas pela Advocacia Geral do Estado (AGE-MG), todas já solucionadas, e um esforço descomunal dos servidores da Funed. Hoje, temos o orgulho de contribuir com a missão do SUS de salvar e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas que tanto precisam da insulina”, comemora Felipe Attiê.

A PDP
A Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) é uma política do Ministério da Saúde (MS) que regulamenta a produção de insumos estratégicos de alto custo para fornecimento no SUS. Essa parceria específica da insulina possibilitará a retomada da produção do medicamento no Brasil, que está há mais de 20 anos sem produção de uma empresa brasileira, uma vez que o MS poderá adquirir diretamente da Funed os medicamentos.

O contrato prevê ainda a transferência de tecnologia da produção de insulina à Funed, sendo que a produção industrial em larga escala será uma atribuição da Biomm, parceiro nacional privado. Além disso, está inclusa nesse acordo a Wockhardt, empresa indiana, que detém a tecnologia e possui o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), indispensável para a produção desse tipo de medicamento.

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Banco de notícias Wed, 11 Sep 2024 14:47:15 +0000
Seminário discute preparativos para período sazonal das arboviroses em Minas https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20327-seminario-discute-preparativos-para-periodo-sazonal-das-arboviroses-em-minas https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20327-seminario-discute-preparativos-para-periodo-sazonal-das-arboviroses-em-minas

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com a Fiocruz Minas e com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), realiza o II Seminário Estadual de arboviroses: preparação e resposta ao período sazonal.

No encontro, que acontecerá nos dias 12 e 13 de setembro, no Auditório JK da Cidade Administrativa, serão discutidos o cenário epidemiológico das arboviroses para 2025, as experiências no enfrentamento às doenças e também à febre oropouche, além das ações previstas pelo Governo de Minas em preparação para o próximo período sazonal (de novembro/2024 a maio/2025).

Participam do evento especialistas da SES-MG, Fiocruz-Minas, Dirigentes Regionais de Saúde, Secretários Municipais de Saúde e técnicos da área de todo o estado.

Na oportunidade, haverá atendimento à imprensa, que pode ser agendado pelo e-mail sesjornalismomg@gmail.com

O II Seminário Estadual de Arboviroses também contará com transmissão pelo canal do Youtube da SES-MG.

Serviço: II Seminário Estadual de Arboviroses
Data: 12 e 13/09
Horário: Clique aqui e confira a programação completa
Local: Auditório JK da Cidade Administrativa (Rodovia Papa João Paulo II, 4143, Serra Verde / Belo Horizonte)
Não haverá estacionamento disponível no local

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Banco de notícias Wed, 11 Sep 2024 14:46:47 +0000
Atenção Primária: Mais de 90% dos municípios da Regional de Montes Claros já aderiram à Política Estadual https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20326-atencao-primaria-mais-de-90-dos-municipios-da-regional-de-montes-claros-ja-aderiram-a-politica-estadual https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20326-atencao-primaria-mais-de-90-dos-municipios-da-regional-de-montes-claros-ja-aderiram-a-politica-estadual

Quarenta e nove, de um total de 54 municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, já formalizaram adesão às regras de financiamento da Política Estadual de Atenção Primária à Saúde (PEAPS) que, para o biênio 2024/2025, prevê aporte superior a R$ 52,2 milhões para o Norte de Minas. Até o momento a adesão corresponde a 90,7% do total de municípios da área de atuação da SRS.

O coordenador de Redes de Atenção à Saúde, João Alves Pereira, observa que o prazo de adesão termina no dia 19 de setembro e, para evitar problemas, nesta semana os gestores municipais estão sendo mobilizados para viabilizar a assinatura dos termos de compromisso.

10.09.2024-Divulgação Prefeitura de Montes Azul

A Resolução 9.635, publicada no dia 17 de julho pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas (SES-MG) prevê investimento superior a R$ 435 milhões em 853 municípios. Para este ano o aporte financeiro a ser repassado às secretarias municipais de saúde é superior a R$ 114,9 milhões.

Para 54 municípios que compõem a área de atuação da SRS Montes Claros a Política Estadual de Atenção Primária à Saúde prevê investimento superior a R$ 32,8 milhões. As localidades que receberão os maiores aportes são: Montes Claros (R$ 5,2 milhões); Janaúba e Porteirinha (R$ 1,3 milhão); Salinas (R$ 1,2 milhão); Rio Pardo de Minas (R$ 1,087 milhão); Coração de Jesus (R$ 1,049 milhão); Bocaiuva (R$ 981,4 mil); Jaíba e São João do Paraíso (R$ 937,8 mil); Espinosa (R$ 923,2 mil); Monte Azul (R$ 848,9 mil); Taiobeiras (R$ 838,5 mil) e Francisco Sá (R$ 803,3 mil).

Em 25 municípios da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária a previsão é de que a PEAPS investirá R$ 15,6 milhões. Os municípios que receberão os maiores incentivos são: Januária (R$ 1,5 milhão); São Francisco (R$ 1,4 milhão); Brasília de Minas (R$ 1,052 milhão); São João da Ponte (R$ 1,029 milhão); Varzelândia (R$ 798,3 mil) e Manga (R$ 737,4 mil).
Já em sete municípios da GRS Pirapora a Política Estadual de Atenção Primária à Saúde investirá R$ 3,7 milhões. Os maiores aportes serão destinados a Pirapora (R$ 879,6 mil); Buritizeiro (R$ 807,2 mil) e Várzea da Palma (R$ 761,5 mil).

Metas
A referência técnica da Coordenadoria de Redes de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Marta Raquel Mendes, explica que ”aliado ao repasse de incentivo aos municípios visando a complementação do financiamento das ações e dos serviços, a Política Estadual de Atenção Primária tem como objetivo o estabelecimento de indicadores, metas e compromissos, com o objetivo de propiciar a melhoria dos atendimentos às demandas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Entre os componentes variáveis monitorados pela PEAPS estão: percentual de equipes de saúde bucal pagas em relação ao teto de equipes de Saúde da Família (eSF) financiáveis. A proposta é ampliar o acesso da população aos serviços de saúde bucal, por meio da vinculação e do compartilhamento de ações com as demais equipes de atenção primária à saúde.
Outro componente variável avaliado é o percentual de equipes de saúde da família e equipes de atenção primária pagas em relação ao teto de eSF financiáveis, com o objetivo de fomentar a manutenção ou o aumento da cobertura de saúde da família.

Já os componentes fixos avaliados pela PEAPS são: incentivo financeiro per capita considerando o número de pessoas residentes em cada município e o fator de alocação; ações de gestão dos serviços de atenção primária à saúde objetivando o aprimoramento e a qualificação dos serviços e processos de trabalho; e apoio multiprofissional visando fomentar o atendimento integral e resolutivo, com a intervenção nos riscos, necessidades e demandas da população.

Os recursos serão repassados aos fundos municipais de saúde e deverão contemplar o custeio e a manutenção de ações e serviços de atenção primária. A parte relativa ao custeio poderá ser utilizada na compra de equipamentos.

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Banco de notícias Tue, 10 Sep 2024 16:41:23 +0000
Norte de Minas inscreve mais de 100 profissionais de saúde no II Seminário Estadual de Arboviroses https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20325-norte-de-minas-inscreve-mais-de-100-profissionais-de-saude-no-ii-seminario-estadual-de-arboviroses https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20325-norte-de-minas-inscreve-mais-de-100-profissionais-de-saude-no-ii-seminario-estadual-de-arboviroses

Com a inscrição de 147 profissionais a macrorregião de Saúde do Norte está sendo a segunda maior do estado que participará do II Seminário Estadual de Arboviroses – Preparação e Resposta ao Período Sazonal, que começa em outubro deste ano e prossegue até maio de 2025. Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o seminário será realizado nesta quinta e sexta-feira, 12 e 13/9, no Auditório JK, na Cidade Administrativa do Governo do Estado, em Belo Horizonte. A programação também será transmitida online pelo canal YouTube da SES-MG.

Com o envolvimento de representantes de todas as subsecretarias da SES-MG e de coordenadores de Vigilância Epidemiológica e de Saúde das superintendências e gerências regionais de saúde, o seminário reunirá mais de 900 gestores, médicos, enfermeiros e coordenadores de serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). A macrorregião de Saúde Centro tem 249 profissionais inscritos, seguida pelo Norte de Minas.

10.09.2024-Fábio Marçal-Ascom-Prefeitura de Montes Claros

Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, explicou que o objetivo da Secretaria de Estado da Saúde é reforçar a mobilização e as ações de preparação dos municípios que são polos de micro e macrorregiões de saúde para o enfrentamento do próximo período sazonal de transmissão de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika).

“Com trabalhos direcionados para as ações de prevenção e organização dos serviços de saúde para o acolhimento de pacientes, a devida notificação de casos, coleta de amostras para exames laboratoriais e assistência médica adequada, a SES-MG pretende fazer com que o período sazonal das arboviroses não seja tão grave em 2025 como foi neste ano”, ressaltou a coordenadora.
Neste ano, Minas Gerais vivenciou o pior período epidêmico das arboviroses. Até segunda-feira, 9/9, o estado registrou mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue. Desse total, mais de 1,2 milhão de casos foram confirmados, juntamente com 984 óbitos. Outras possíveis 506 mortes causadas por dengue estão em investigação.

Em relação à febre chikungunya, a SES-MG contabiliza 160.504 casos prováveis, dos quais 136.639 foram confirmados por meio de exames laboratoriais. Até o momento, 101 óbitos foram confirmados por chikungunya e 29 estão em investigação.

Quanto ao vírus causador da zika, até o momento Minas Gerais registrou 191 casos prováveis e 40 confirmados, sem o registro de óbitos.

Programação
O II Seminário Estadual será aberto a partir das 9 horas com a realização de mesa redonda sobre o Cenário Epidemiológico das Arboviroses e Perspectivas para 2025. Os participantes serão o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Eduardo Campos Prosdocimi; a referência técnica do Comitê Estadual de Enfrentamento das Arboviroses (Cevarb), Roseli Andrade; Rodrigo Said, representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Alda Cruz, referência técnica do Ministério da Saúde (MS); e Aline Lara Cavalcanti, coordenadora de Vigilância em Saúde da SES-MG.

Na sequência da programação, o tema “Diagnóstico das Arboviroses” contará com a participação de especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); da SES-MG; da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

A partir das 14 horas, o seminário abordará o Manejo Clínico das Arboviroses, com a participação de profissionais da SES-MG; do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (Cievs-MG); Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na sexta-feira a programação do seminário abordará as Experiências no Enfrentamento das Doenças Causadas pelo Aedes aegypti; os Desafios e Perspectivas para o Controle das Arboviroses; Diagnóstico e Manejo Clínico da Febre de Oropouche.

Recursos
Com o objetivo de fortalecer as ações de vigilância, prevenção e controle das arboviroses e das doenças transmissíveis agudas causadas por vírus respiratórios, em outubro deste ano a SES-MG vai repassar mais de R$ 4,8 milhões a 86 municípios do Norte de Minas. Os recursos compõem a primeira parcela de um total de R$ 9,7 milhões que integram projeto de caráter transitório para o enfrentamento de doenças caracterizadas como emergências em saúde pública.

A Resolução 9.678, publicada pela SES-MG no dia 21 de agosto, prevê que, no biênio 2024/2025, o investimento em 853 municípios será superior a R$ 120,3 milhões. Para localidades com até 16 mil habitantes serão repassados R$ 70 mil. Municípios com população acima de 16 mil a 80 mil habitantes receberão R$ 4,35 per capita. Já o valor per capita para municípios com mais de 80 mil habitantes foi fixado em R$ 4,90.

Para 54 municípios que integram a área de atuação da SRS Montes Claros a previsão é de que sejam investidos mais de R$ 6,7 milhões. As localidades que receberão os maiores valores são: Montes Claros (R$ 2,029 milhões); Janaúba (R$ 307,5 mil); Bocaiuva (R$ 208,9 mil); Salinas (R$ 174,7 mil); Jaíba (R$ 163,8 mil); Porteirinha (R$ 162,8 mil); Taiobeiras (R$ 143,7 mil); Espinosa (R$ 132,4 mil); Rio Pardo de Minas (R$ 122,9 mil); Coração de Jesus (R$ 110,3 mil); São João do Paraíso (R$ 104 mil) e Francisco Sá (R$ 102,1 mil).

Em 25 municípios jurisdicionados à Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária a previsão é de que sejam investidos mais de R$ 2,2 milhões. As localidades que receberão os maiores aportes são: Januária (R$ 283,3 mil); São Francisco (R$ 229,5 mil); Brasília de Minas (R$ 139,3 mil) e São João da Ponte (R$ 104 mil).

Já para sete municípios da GRS Pirapora a SES-MG prevê R$ 772,6 mil de investimentos. As localidades que possuem maior número de habitantes e, por isso, receberão maior aporte de recursos são: Pirapora (R$ 241,8 mil); Várzea da Palma (R$ 146,7 mil) e Buritizeiro (R$ 104 mil).

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Banco de notícias Tue, 10 Sep 2024 16:18:49 +0000
Saúde realiza encontro com lideranças regionais https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20324-saude-realiza-encontro-com-liderancas-regionais https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20324-saude-realiza-encontro-com-liderancas-regionais

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) realiza hoje e amanhã, 10 e 11/09, V Encontro de Lideranças Regionais na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), em Belo Horizonte. O evento reúne os 28 dirigentes das Regionais de Saúde do Estado com o objetivo de alinhar as ações de gestão e compartilhar experiências.

Crédito: Rafael Mendes

Renan Guimarães, Subsecretário de Regionalização da SES/MG, acredita que o encontro permite aos gestores de saúde discutir as políticas públicas que podem ser desenvolvidas em todo o território mineiro. Resultando, assim, em melhoria de acesso aos serviços de saúde.

“Os dirigentes regionais têm um papel de coordenação e de articulação das políticas públicas junto às secretarias municipais de saúde. Para a população, isso resulta na melhoria de acesso a serviços de saúde como cirurgias e como a hemodiálise, por exemplo”, disse.

Na programação de hoje, 10/9, está prevista a apresentação do plano de investimento nas estruturas físicas das regionais de saúde, informações sobre concursos públicos, contratação de estagiários, apresentação da Linha de Cuidado Materno Infantil e da Estratégia Zero Morte.

Amanhã, 11/09, os participantes estarão envolvidos em diversos debates com destaques para o Monitoramento do Plano Diretor de Regionalização e para Armazenamento de insumos de combate a arboviroses.

Confira a íntegra da programação.

Trocas de experiências

Para o superintendente regional de Saúde de Governador Valadares, Romulo Gusmão, o encontro permite a interface entre as regionais. E é importante também por reconhecer o papel das unidades como estruturas da SES-MG, com capacidade de atender determinada demanda a partir de um procedimento padrão e com os mesmos critérios de qualidade.

“O encontro permite realizar um alinhamento entre as ações das regionais e o nível central, com relação às agendas que envolvem os territórios respectivos. E, também, possibilita a troca de experiências entre os pares. No encontro, ficamos conhecendo o que tem sido praticado na outra região e podemos levar a iniciativa como uma experiência exitosa também para a nossa região”, pontuou Romulo Gusmão.

Unidades Regionais de Saúde

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais conta com 28 Unidades Regionais de Saúde, com o objetivo de fortalecer a regionalização da saúde pública. Por meio dessas unidades administrativas espalhadas por todo o território do Estado, a SES-MG descentraliza suas ações para estar mais próxima aos municípios mineiros e atuar com mais agilidade.

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Banco de notícias Tue, 10 Sep 2024 15:36:53 +0000
SRS Governador Valadares desenvolve treinamento do Programa Nacional de Controle da Esquistossomose em parceria com a Fiocruz Minas e a UFJF https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20323-srs-governador-valadares-desenvolve-treinamento-do-programa-nacional-de-controle-da-esquistossomose-em-parceria-com-a-fiocruz-minas-e-a-ufjf https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20323-srs-governador-valadares-desenvolve-treinamento-do-programa-nacional-de-controle-da-esquistossomose-em-parceria-com-a-fiocruz-minas-e-a-ufjf

Nos período de 3 a 6/9, o laboratório de parasitologia do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)- Campus Governador Valadares - sediou a capacitação do Programa Nacional de Controle da Esquistossomose, ofertada pelo Instituto René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas-, que foi motivada pela reativação do programa nos municípios.

O evento contou com a participação de laboratoristas e Agentes de Combate de Endemias (ACEs) dos municípios de Água Boa, Central de Minas, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Itueta, Nova Belém, Paulistas, Resplendor, Santa Rita do Itueto, São Félix de Minas, São José do Jacuri e Tumiritinga, juntamente com representantes do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares.

Capacitação do Programa Nacional de Controle da Esquistossomose realizada na UFJF - campus Governador Valadares

A realização da agenda foi motivada pela necessidade de reativar o programa nos municípios, uma vez que muitas atividades foram interrompidas. O programa foi descontinuado devido à falta de reconhecimento da doença como endêmica, grave e de manejo complexo. A reativação é essencial para implementar ações de saneamento básico, comunicação de risco e prevenção.

O treinamento, realizado de forma teórica e prática, capacitou os profissionais em relação à montagem de lâminas pelo método de Kato Katz (exame laboratorial que permite identificar ovos de helmintos nas fezes) e leitura das mesmas para diagnóstico padrão ouro da doença. Na parte teórica, foi abordado o ciclo biológico, manifestações clínicas e situações de desafio, principalmente relacionado ao saneamento básico.

Durante a capacitação também foram discutidos diversos temas relevantes como morfologia e diagnóstico da esquistossomose. Além disso, foram debatidos os desafios da reimplantação do programa de vigilância dessa doença, que atualmente é tratada como negligenciada.

Capacitação do Programa Nacional de Controle da Esquistossomose realizada na UFJF - campus Governador Valadares

Sulamita Martins, gerente de fiscalização sanitária da cidade de Resplendor, destacou sua satisfação com o treinamento. “O curso foi além de minhas expectativas. Eu confesso que estava apreensiva por não ter nenhum conhecimento sobre o assunto, mas, assim que começaram as aulas teóricas e práticas, já foi possível observar o envolvimento da turma. Recebi muito auxílio dos colegas mais experientes, do Guilherme e do professor Áureo. Todas as dúvidas e experiências compartilhadas serviram de aprendizado.’’

A dedicação e o esforço dos gestores em trazer a capacitação para a Regional foi enfatizada por Sulamita Martins. “Foi muito importante trazer esse curso para a Regional, compartilhando tanto conhecimento conosco. Já estou na expectativa para a próxima etapa de fixação do conteúdo em nossa microrregião de Saúde de Resplendor e para colocar em prática o conhecimento adquirido com o andamento do programa’’, observou a gerente.

Guilherme Freire, especialista em Políticas e Gestão da Saúde da SRS Governador Valadares, salientou que o curso foi um movimento relevante para reativar o programa de controle da esquistossomose no território. “É um grande ganho para entendermos não só a prevalência da doença, a carga parasitária e as localidades suscetíveis ao adoecimento. A participação e os ensinamentos do professor Áureo Almeida de Oliveira, da Fiocruz Minas/Instituto René Rachou, foram muito importantes para nós”.

Com a iniciativa realizada, a expectativa é que ocorra a reativação das atividades nos municípios, com ênfase no diagnóstico situacional por meio da realização do exame de Kato Katz. A importância do treinamento não se limitou apenas ao aprendizado técnico, mas também envolveu um engajamento coletivo para assegurar que o programa alcance resultados, impactando positivamente a saúde pública da macrorregião de Saúde Leste.

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Banco de notícias Tue, 10 Sep 2024 12:28:30 +0000
Projeto CIB Travessia é iniciado pela Unidade Regional de Saúde de Pirapora https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20322-projeto-cib-travessia-e-iniciado-pela-unidade-regional-de-saude-de-pirapora https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20322-projeto-cib-travessia-e-iniciado-pela-unidade-regional-de-saude-de-pirapora

Com extensa programação, a Secretaria Executiva da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (CIB-SUS/MG) realizou, nos dias 2 e 3/9, uma reunião técnica para capacitação de coordenadores e referências técnicas da Unidade Regional de Saúde (URS) de Pirapora, envolvendo também os secretários municipais de saúde da microrregião de Saúde de Pirapora. O encontro é parte do Projeto Travessia e teve o objetivo iniciar, pela Unidade Regional de Saúde (URS) de Pirapora, a atualização de informações sobre a legislação vigente, fluxo de encaminhamentos acerca dos processos CIB e propor um momento de troca de experiências e discussões sobre o processo de trabalho.

O Projeto CIB Travessia visa capacitar as coordenações e técnicos das Unidades Regionais de Saúde quanto aos fluxos e processos de trabalho das Comissões Intergestores Bipartite de Minas Gerais.

10.09.2024-CIB Travessia1-Tariana Diniz

Segundo a Secretária Executiva da CIB-SUS/MG e coordenadora do projeto, Cássia Nogueira, a apresentação foi realizada para pontuar o que está no regimento das instâncias, que está vigente desde 2019, reforçar os prazos a serem cumpridos e a importância das reuniões da Câmara Técnica e CIB. Cássia destacou que ”é importante que os debates ocorram nas reuniões da Câmara Técnica por ser o espaço técnico e reservado aos membros e técnicos que tenham pauta para referenciar os assuntos para reunião da CIB, que é o momento solene de aprovação das demandas”.

Durante o encontro, destacou-se que, em 2019, a legislação da CIB-SUS/MG, CIB-Micro e Macro foram atualizadas pela CIB-SUS/MG que aprovou, por meio da Deliberação nº 3.030, o novo Regimento Interno das Comissões Intergestores, o qual trata também das 16 Comissões Intergestores Bipartite Macrorregionais (CIB Macro) e das 89 Comissões Intergestores Bipartite Microrregionais (CIB Micro) do estado de Minas Gerais. Assim, em conjunto com a revisão do Regimento Interno foi também revisto o Instrumento Operativo onde é possível encontrar informações para esclarecer as principais dúvidas sobre conceitos, fluxos e modelos de documentos.

10.09.2024-CIB Travessia2-Tariana Diniz

Walda Araújo, especialista em Políticas Públicas e integrante da equipe da Secretaria Executiva da CIB-SUS/MG, reforçou que o projeto Travessia vem trazendo uma oportunidade para os técnicos das URS se atualizarem com as informações que são bastante utilizadas no cotidiano dos gestores e técnicos. “O Projeto CIB Travessia estará atuando em todas as URS do estado a fim de alcançar bons resultados, levando informações e oportunizando a troca de experiências,” destacou Walda.

Para Tariana Diniz, Gerente da GRS Pirapora, “O projeto travessia reforça a importância da CIB e de suas etapas. Possibilita atualizar os conhecimentos dos técnicos regionais e dos gestores sobre o tema, de forma a ampliar a possibilidade de avanços em saúde no nosso território”.

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Banco de notícias Tue, 10 Sep 2024 10:17:18 +0000
Febre Maculosa https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20321-febre-maculosa https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20321-febre-maculosa
Febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia, dor abdominal e muscular constante são os sintomas mais comuns associados à febre maculosa. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), somente de janeiro a 28 de agosto deste ano foram confirmados 25 casos de febre maculosa no estado, dos quais dois evoluíram para morte. Nos últimos três anos, foram confirmados 155 casos da doença no estado.
 
 
Embora a febre maculosa possa ocorrer durante todo o ano, a doença é mais frequente no período de seca, sobretudo entre os meses de abril a outubro. Em Minas Gerais, observa-se que o pico de casos acontece entre os meses de maio a agosto, com maior incidência nas macrorregiões de Saúde Centro, Vale do Aço, Leste e Leste do Sul.
 
A doença é causada por uma bactéria da família Rickettsiaceae, transmitida pela picada do carrapato, mais conhecido como carrapato-estrela, que pode se hospedar em capivaras e em outros mamíferos. De acordo com a referência técnica do Laboratório de Riquetsioses e Hantavirose da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Ana Íris Duré, como os sintomas da doença podem ser confundidos com outras enfermidades, a informação é a principal ferramenta para evitar casos graves. “Sabe-se que 40% das pessoas picadas por carrapatos se esquecem de relatar esse fato no primeiro contato na unidade de saúde. Esse vínculo é relevante, já que com base nesse dado é recolhida a primeira amostra de sangue que será encaminhada para o exame laboratorial”, explica.
 
Segundo a especialista, o paciente leva em torno de 10 a 20 dias para desenvolver os anticorpos, de modo que é indispensável o envio de outra amostra nesse intervalo de tempo para fechar o diagnóstico. “Se você tem apenas um resultado positivo para a doença, não é conclusivo, porque pode se tratar de uma reação cruzada ou inespecífica”, complementa.
 
As autoridades de saúde reforçam que não é necessário esperar a confirmação laboratorial do caso para dar início à administração de antibiótico específico, já nos primeiros dias, caso tenha havido manifestação dos sintomas ou contato com carrapatos, a fim de evitar complicações. Caso a doença não seja tratada em tempo oportuno, pode paralisar as pernas, subindo para os pulmões, inclusive, o que pode levar a uma parada respiratória. De acordo com a SES-MG, a taxa de letalidade média do estado, ao longo dos anos, é de aproximadamente 30%. Historicamente, as faixas etárias mais acometidas pela doença estão compreendidas entre 41 a 60 anos, e os casos confirmados são, na maioria das vezes, em homens.
 
A bactéria causadora da febre maculosa, de acordo com a referência técnica da Funed, Ana Íris, tem comportamento similar ao de um vírus, tanto no diagnóstico quanto na própria infecção. “Antigamente, chamávamos de ‘bactéria incompleta’, porque ela precisa da célula viva para se multiplicar. Ao contrário da maior parte das bactérias, que crescem no meio de cultura, a Rickettsia tem esse comportamento diferenciado”, comenta.
 
Como a Febre Maculosa se enquadra no rol das doenças negligenciadas, há bastante dificuldade para aquisição de kits importados utilizados no diagnóstico. Diante desse quadro, desde de 2010 a Fundação iniciou a produção dos insumos para realizar o diagnóstico; O Laboratório de Riquetsioses e Hantavirose é a referência nacional quando se trata de febre maculosa e outras riquetsioses. Atualmente, a instituição recebe amostras para o diagnóstico de todo o país, exceto do estado de São Paulo, e conta com um laboratório de Nível III de biossegurança (NB3), seguindo os mais rigorosos critérios para produção dos kits para diagnóstico da doença. “Nós cultivamos a bactéria em células, assim obtemos estes microrganismos isolados para a produção dos kits diagnósticos. É um ganho para o Sistema Único de Saúde (SUS), porque um procedimento desse tipo, em um laboratório particularseria oneroso para a população. Para se ter ideia, somente um exame poderia chegar a um custo de mais de mil reais. Essa é uma das contribuições da Funed para o SUS”, defende.
 
A SES-MG reforça que a atuação conjunta entre as regionais de saúde é crucial para conter a disseminação da febre maculosa no estado. Entre as medidas adotadas pela pasta, se destaca o monitoramento semanal do banco de notificações de casos suspeitos e confirmados da doença, o que contribui para a caracterização do cenário epidemiológico e direcionamento das ações de educação em saúde e comunicação de risco.
 
Além disso, a divulgação periódica de materiais técnicos com notas, manuais, publicações e boletins para profissionais da assistência e da vigilância em saúde municipais contribui para o aprimoramento dos fluxos e procedimentos locais. Assim como a promoção de ações permanentes de capacitação e atualização dos profissionais de saúde para o diagnóstico rápido e para o tratamento adequado da doença.
 
As capacitações anuais para o monitoramento ambiental em áreas de risco e de Vigilância Entomológica (Acarológica), em parceria com a Funed, com foco nos profissionais da vigilância em saúde das unidades regionais de saúde e dos municípios, também fazem parte do escopo das ações, possibilitando o fortalecimento do combate à doença no estado.
 
Saiba como se prevenir
 
As pessoas que residem ou frequentam regiões com maior incidência de carrapatos devem redobrar os cuidados, principalmente nessa época do ano. O Ministério da Saúde recomenda que as dicas abaixo devem ser observadas:
 
•Sempre que possível use roupas claras. Isso ajuda na identificação do carrapato, uma vez que ele é escuro.
 
•Utilize calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
 
•Evite andar em locais com grama ou vegetação alta.
 
•Use repelentes de carrapatos.
 
•Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.
 
•Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça.
 
•Não aperte ou esmague o carrapato, apenas puxe-o com cuidado e firmeza.
 
•Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água.
 
•Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
 
•Após a utilização das roupas, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos carrapatos.
 
•Procure assistência médica o mais rápido possível caso seja picado ou apresente os sintomas da febre maculosa.
 
Clique aqui e confira a cartilha na íntegra elaborada pelo Ministério da Saúde.
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Banco de notícias Mon, 09 Sep 2024 16:42:22 +0000
Execução orçamentária e financeira em saúde pública: macros Oeste e Centro participam do treinamento para descentralização regional https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20320-execucao-orcamentaria-e-financeira-em-saude-publica-macros-oeste-e-centro-participam-do-treinamento-para-descentralizacao-regional https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20320-execucao-orcamentaria-e-financeira-em-saude-publica-macros-oeste-e-centro-participam-do-treinamento-para-descentralizacao-regional

O Estado de Minas hoje conta com diversas políticas importantes para a população, como o Valora Minas, que repassam recursos financeiros estaduais aos municípios. Antes, estas políticas tinham todo o processo de pagamento no Nível Central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Agora, de forma gradual, elas estão sendo descentralizadas para as 28 Unidades Regionais de Saúde (URSs).

Na última quinta-feira (5/9), em Divinópolis, a diretoria de Contabilidade e Finanças, com a colaboração da Diretoria de Convênio e Resoluções, pertencentes à Superintendência de Planejamento e Finanças da SES-MG, realizou o treinamento do Projeto de Capacitação em Execução de Saúde Pública para as equipes de gestão e finanças das URSs de Divinópolis, Sete Lagoas, Itabira e Belo Horizonte.

Capacitação de pagamento de resoluções de políticas

A diretora de contabilidade e finanças, Josiane Alessandra de Paula Santos, destacou a relevância do treinamento para as regionais. “Este projeto está dentro do Projeto Estratégico da SES-MG, uma vez que o volume de trabalho aumenta a cada dia e o processo deve ser qualificado. Estamos aqui para ouvi-los e orientá-los da melhor forma neste processo de descentralização.”, destacou a diretora.

A superintendente regional de Saúde de Divinópolis, Kênia Carvalho, ressaltou a importância desse momento de escuta para melhor conduzir o projeto de descentralização. Hoje, conseguimos visualizar e apurar o que os municípios e instituições estão recebendo e deixando de receber. É preciso dar continuidade a este suporte para conseguirmos executar bem o serviço”, disse a superintendente.

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Banco de notícias Mon, 09 Sep 2024 15:53:59 +0000
Reunião da macrorregião de Saúde Noroeste discute sobre fluxo da cardiologia https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20319-reuniao-da-macrorregiao-de-saude-noroeste-discute-sobre-fluxo-da-cardiologia https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20319-reuniao-da-macrorregiao-de-saude-noroeste-discute-sobre-fluxo-da-cardiologia

A Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas foi habilitada como Unidade de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular de acordo com a portaria Nº 4.950, do Ministério da Saúde, publicada em 2 de agosto de 2024. Diante disso, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas e Gerência Regional de Saúde (GRS) de Unaí promoveram, no dia 6 de setembro, uma reunião presencial com gestores municipais e com representantes das portas de entrada (Pronto Atendimento, Centro de Saúde e Hospital) para discutir o fluxo da cardiologia na macrorregião noroeste, bem como visita ao serviço.

Na ocasião, estavam presentes 12 gestores municipais e 10 representantes das portas de entradas, que visitaram as instalações do prestador. A Unidade de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular já está em funcionamento, como explicou a secretária adjunta de Saúde de Patos de Minas, Lilian Marinho. “A Santa Casa já puxou 25 pacientes da fila eletiva e tem atendido urgência com recurso próprio do município de Patos de Minas. Estamos aguardando o remanejamento para atender os demais municípios”, enfatizou Lilian Marinho.

09.09.2024-Fluxo cardiologia1-Andréia Borges

Após a visita, foi realizada a CIB Macro Noroeste com discussão sobre o fluxo da cardiologia. Um dos pontos abordados nesse momento foi referente ao trombolítico (medicamento que pode ser utilizado no tratamento de Infarto Agudo do Miocárdio - IAM) e a distância do serviço especializado dos outros municípios, pois a macro Noroeste tem grande extensão territorial e baixa densidade demográfica.

A coordenadora de Redes de Atenção à Saúde, Adriana Lúcia Silva de Queiroz, salientou que, desde a publicação da habilitação, iniciaram as discussões com o prestador, inclusive com envolvimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nesse processo. “O Samu pretende adquirir o trombolítico, considerando as grandes distâncias do território e o tempo de atendimento ao paciente. O trombolítico só pode ser feito por médico ou seja apenas por uma Unidade de Suporte Avançado (USA)”, destaca Adriana Lúcia.

09.09.2024-Fluxo cardiologia2-Thalia Oliveira

Na macrorregião Noroeste, o Samu possui sete USAs. Com base nisso, o gestor municipal de Saúde de Lagoa Formosa, Thiago Brás de Queiroz Andrade, indagou sobre os municípios que têm USA: “Se esse dispositivo estiver ocupado, o que deverá ser feito, afinal apenas Patos de Minas possui duas USA e tem município que não tem nenhuma”?

Nesse sentido, a superintendente da SRS Patos de Minas, Maíra Lemos de Castro, respondeu que a central de regulação do Samu poderá orientar a melhor forma para auxiliar no tempo resposta do paciente, como por exemplo com interceptação.

09.09.2024-Fluxo cardiologia3-Guilher Camargos

Outro ponto abordado foi referente às portas de entrada que possuem trombolítico e quais municípios elas podem atender. Como a discussão é ampla, será abordada por microrregião para fechar o referido fluxo.

Vale salientar que o trombolítico tem critérios para ser aplicado e pode ter contraindicação. Esse medicamento serve para estabilizar o paciente, a fim de aumentar o tempo resposta, para assim ser encaminhado para o ponto de referência em alta complexidade.

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Banco de notícias Mon, 09 Sep 2024 15:10:55 +0000
Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika (9/9). https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20318-boletim-epidemiologico-de-monitoramento-dos-casos-de-dengue-chikungunya-e-zika-9-9 https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20318-boletim-epidemiologico-de-monitoramento-dos-casos-de-dengue-chikungunya-e-zika-9-9
Até 9/9, Minas Gerais registrou 1.694.546 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 1.249.334 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, há 984 óbitos confirmados por dengue no estado e 506 estão em investigação.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 160.504 casos prováveis da doença, dos quais 136.639 foram confirmados. Até o momento, 101 óbitos foram confirmados por Chikungunya em Minas Gerais e 29 estão em investigação.

Quanto ao vírus Zika, até o momento, foram registrados 191 casos prováveis. Foram confirmados 40 casos da doença. Não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais.

» Clique aqui e confira o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus da SES-MG (atualizado em 9/9/2024).


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Banco de notícias Mon, 09 Sep 2024 15:07:48 +0000
Reunião de CIB em Alfenas aborda projeto para estimular a prevenção de doenças e redução de internações https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20317-reuniao-de-cib-em-alfenas-aborda-projeto-para-estimular-a-prevencao-de-doencas-e-reducao-de-internacoes https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20317-reuniao-de-cib-em-alfenas-aborda-projeto-para-estimular-a-prevencao-de-doencas-e-reducao-de-internacoes

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Alfenas realizou, nesta sexta-feira (4/9), a 200ª reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) das microrregiões de Saúde Alfenas/Machado e Guaxupé. Entre outros temas, foi abordado o Projeto Regional de Orientação à Saúde, que visa estimular os municípios a fortalecerem a prevenção de doenças respiratórias, circulatórias e aparelho urinário, reduzindo assim as internações.

A reunião, que ocorreu de forma on-line, envolveu ocorreu de maneira on line e contou com a participação do superintendente da Regional, João Tadeu Silva, do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems- Regional), Ademir Antônio Coutinho, dos gestores municipais de Saúde e técnicos da SRS Alfenas.

09.09.2024-CIB Alfenas-Silnes Marçal

A pauta foi extensa e teve como um dos assuntos principais Projeto Regional de Orientação à Saúde, que tem como objetivo estimular os municípios a trabalharem na prevenção de doenças do aparelho respiratório, aparelho circulatório e aparelho urinário, reduzindo as taxas de internações e atualização final sobre a Lei Complementar n.171/23, que permite a transposição e/ou transferência de recursos estaduais constantes nos Fundos de Saúde dos municípios.

Segundo o presidente do Cosems Regional e gestor municipal de Cabo Verde, Ademir Coutinho, “a reunião de CIB MICRO é uma instância deliberativa da região, onde são tomadas as melhores e maiores decisões para o bem da população”, ressaltou o gestor.

Foram discutidos ainda na reunião, assuntos como monitoramento do Transporta SUS, monitoramento da política Valora Minas e credenciamento de equipes e serviços de atenção primária à saúde.
A Comissão Intergestores Bipartite Microrregional (CIB Micro), constitui-se em instância colegiada de articulação, negociação, pactuação e deliberação entre os gestores estadual e municipais no âmbito da Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

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Banco de notícias Mon, 09 Sep 2024 11:16:07 +0000
Regional de Varginha conta com participação do secretário do Conasems em CIB Macro https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20316-regional-de-varginha-conta-com-participacao-do-secretario-do-conasems-em-cib-macro https://saude.mg.gov.br/processoseletivo/stories/20316-regional-de-varginha-conta-com-participacao-do-secretario-do-conasems-em-cib-macro

A Superintendência Regional de Saúde de Varginha (SRS), nesta sexta-feira (6/9), contou com a presença do secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, na união ordinária da CIB Macro. O secretário, juntamente com os gestores dos municípios componentes da Macro Sul, participaram desta instância de negociação, pactuação e deliberação entre gestores municipais e regionais que é a CIB Macro.

As reuniões de CIB ocorrem mensalmente e são importantes espaços de decisão e interlocução para a saúde regional. Gerando encaminhamentos importantes, é composta por membros da SRS, municípios e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems/MG).

06.09.2024-CIB Macro2-Tânia Corrêa

Para o mês de setembro, a pauta da CIB Macro Sul estava extensa - seis pactuações, sete informes e duas apresentações. E não só a pauta extensa foi destaque na reunião. Nesta plenária, a SRS recebeu a presença do Secretário Executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira. Mauro é natural de São Lourenço e foi, além de gestor de saúde, presidente do Cosems/MG entre 2008 e 2015, quando assumiu a secretaria do Conselho Nacional.

O superintendente Regional de Saúde de Varginha, Luiz Paulo Riceputi, deu as boas vindas aos presentes e ao secretário, lembrando de sua atuação na região e toda sua colaboração para a saúde pública. “Ter o Mauro engajado em um projeto ou em uma ação é sinônimo de efetividade. É uma grande experiência tê-lo aqui presente para discutirmos sobre a saúde regional de uma forma ampla, unindo esferas municipal, estadual e federal”, ressaltou. Na ocasião, o Superintendente fez a entrega de um documento elaborado a partir das principais pautas e projetos da Macro Região Sul de saúde, para que o Secretário tenha conhecimento detalhado de demandas e propostas em prol da saúde no atual contexto da macrorregião.

Mauro ressaltou a importância do espaço da CIB Macro e do conhecimento de cada gestor sobre as reais necessidades de seus municípios. “Sei bem o que é atuar em município, sei da realidade do município pequeno; é preciso termos um olhar para além da aquisição e do aumento do atendimento, focando por exemplo na qualificação da formação de nossos profissionais, como uma das prioridades”, pontuou.

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Banco de notícias Fri, 06 Sep 2024 18:22:11 +0000