A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) promoveu nesta quarta-feira, dia 20/10, às 14h, o Webinário "Doenças Infectocontagiosas no Sistema Prisional: atenção construída em rede".

O encontro teve como objetivo abordar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) e também apresentar e compartilhar experiências de profissionais que atuam na rede da assistência à saúde desses pacientes.

O debate integra as atividades do curso de Qualificação em Saúde para os Trabalhadores do Sistema Prisional de Minas Gerais, que atuam em unidades prisionais que, além da custódia, realizam atendimento médico-hospitalar. A ação é uma parceria da ESP-MG com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP/MG).

A abertura do Webinário contou com a participação da Coordenadora de Educação e Trabalho em Saúde da ESP-MG, Anísia Chaves, representando a Escola. Ela deu as boas vindas aos participantes e destacou a importância da temática e comentou da parceria com a SEJUSP, com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e também com o município de Ribeirão das Neves, cidade onde atuam os profissionais que participaram do debate.

Ainda na abertura, a trabalhadora da Coordenação de Educação e Trabalho em Saúde da ESP-MG, Maria de Lourdes Menezes, que nasceu em Ribeirão das Neves, falou da história da cidade, por meio da leitura de um poema de Cordel. A mediação foi conduzida pela trabalhadora da ESP-MG e Doutora em Saúde Coletiva, Lucília Assis.

Apresentações
As exposições do Webinário foram abertas pela Enfermeira e Coordenadora do Grupo de Análise e Monitoramento da Vacinação (GAMOV-MG) da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida. Ela falou da importância da vigilância em saúde e fez um resgate histórico do conceito, ressaltando que o objetivo da vigilância em saúde é minimizar os riscos de adoecimento e que a vigilância age na intervenção das determinantes de um agravo, buscando sempre a melhoria da qualidade de vida da população.

De acordo com Janaína Fonseca, o foco da vigilância deve ser primeiramente nas populações mais vulneráveis e que os pacientes privados de liberdade se encaixam nesse conceito, pois é um grupo com maior risco de adoecimento, em razão da própria condição de confinamento.  

Já os médicos Carlos Nogueira, pós-Graduado em Saúde Pública, Ginecologista e Obstetra da equipe PNAISP de Ribeirão das Neves e o Médico infectologista, Marcelo Santos Silva, compartilharam sobre suas experiências com o trabalho no município de Ribeirão das Neves, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte.

O médico Carlos Nogueira, que atua com a atenção primária dentro do presídio,  apresentou o cenário da Tuberculose no país, ressaltando que é uma doença muito presente no ambiente dos presídios e de acordo com ele, conforme dados epidemiológicos, “quem está dentro de um presídio, tem até 34 vezes mais chances de ter tuberculose, em relação a uma pessoa que não esteja. Nesse sentido, precisamos ter um olhar e uma atuação ainda mais atentos”, explicou.

E o médico Marcelo Silva, que é infectologista, trouxe para o debate alguns aspectos referentes às doenças infectocontagiosas mais prevalentes nos presídios, em diálogo com os demais colegas.

A transmissão foi  realizada pelo Canal da Escola no Youtube e está disponível em:
youtube.com/escolasaudepublicamg

Por Vívian Campos