A partir do dia 11 de novembro, o Ministério da Saúde, por meio de portaria, estabeleceu que a microcefalia deveria ser tratada como evento de emergência de saúde pública, tornando obrigatória a notificação dos casos no país. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que foram notificados, do dia 11 de novembro até o dia 10 de dezembro, 29 casos de microcefalia. Os casos estão distribuídos em 21 municípios e estão sendo investigados para a determinação da causa da microcefalia, que pode estar ou não associada ao Zika vírus. Até o momento, foi descartada a possibilidade de associação ao Zika vírus em 1 caso

A primeira etapa desse protocolo é um questionário de investigação da gestante. De acordo com as informações coletadas, é atribuído se essa gestante encontrava-se em situação de risco, ou seja, se ela estava em alguma área de transmissão do Zika Vírus, ou se ela apresenta algum dos outros fatores associados à microcefalia, como o uso de substâncias químicas ou processos infecciosos, causados por bactérias ou vírus. 

Assim como o Zika Vírus, doenças como Dengue e Chikungunya também são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Portanto, enfrentar a reprodução do mosquito é a forma de evitar as três doenças. A forma, mesmo já conhecida pela população, é eliminar qualquer foco de água parada no qual o mosquito possa se reproduzir. A recomendação é para que as pessoas mantenham suas casas e locais de trabalho sempre limpos e longe de qualquer possibilidade de acúmulo de água. 

As pesquisas mais recentes apontam que mais de 80% dos focos de Aedes aegypti encontram-se dentro dos domicílios, assim é de fundamental importância a participação da população no controle do vetor. 

As medidas de enfrentamento ao Aedes aegypti estão sendo reforçadas em todo o Estado. A SES-MG realiza, desde outubro, oficinas regionais para atualização dos planos de contingência dos municípios. 

Em relação ao monitoramento da entrada do vírus Zika em Minas e em consequência aos casos de microcefalia ocorridos nos Estados do Nordeste, a SES-MG está cumprindo os protocolos do Ministério da Saúde e reativando a vigilância sentinela, ou seja, equipes das unidades de saúde tecnicamente treinadas para identificar os sintomas agora ligados ao Zika e encaminhar para a análise. Embora não tenha registro de circulação do vírus no estado, as unidades estão distribuídas estrategicamente nos municípios de Uberaba, Belo Horizonte, Montes Claros, Teófilo Otoni, Juiz de Fora e Pouso Alegre. 

É importante ressaltar que alguns cuidados simples podem evitar a transmissão, como manter a casa limpa e sem água parada para evitar os possíveis criadouros; armazenar e destinar corretamente o lixo; jamais descartar qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos; Manter as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água; manter limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos, além de trocar a água diariamente; manter cuidados extras para reservatórios de água: caixas de água devem estar bem tampadas e vedadas. Se optar em armazenar água das chuvas, é importante tampar bem os recipientes.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO: A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que foram divulgados dados equivocados de Minas Gerais pelo Ministério da Saúde no primeiro Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, durante coletiva de imprensa na quarta-feira, dia 9/12, que indicavam uma projeção de 54 mil casos de zika no Estado. A informação foi prontamente corrigida pelo Ministério da Saúde e novamente divulgada em todos os canais de comunicação da pasta. A SES-MG reforça que até o momento não foi identificada a circulação do Zika vírus no Estado e que trabalha com transparência para manter a população informada.

Por Jornalismo SES-MG