A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Teófilo Otoni, por meio do setor de imunização, promoveu entre os dias 28 de novembro a 2 de dezembro, em Governador Valadares, o “Curso de Atualização para o Trabalhador da Sala de Vacinação”, direcionado para os profissionais técnicos de enfermagem e enfermeiros da saúde indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Minas Gerais/Espírito Santo.

Devido à necessidade de adequação do Calendário Nacional de Vacinação às especificidades epidemiológicas e às diferentes situações de risco e vulnerabilidade a que os povos indígenas são submetidos, diversas alterações estão sendo feitas no esquema básico de vacinação indígena desde 2001.

Créditos: Andréa Uzel

A enfermeira e referência técnica em imunização da SRS de Teófilo Otoni, Ana Elizabeth Coelho, explica que a proposta do curso é aprimorar os conhecimentos dos profissionais de enfermagem, reduzir as falhas no transporte, acondicionamento e administração das vacinas, garantindo assim o perfeito estado de conservação dos imunobiológicos, aumentando sua eficácia e reduzindo os possíveis eventos adversos pós-vacinais.

“O ponto forte do curso é o compartilhamento dos saberes e experiências sobre a saúde da população indígena, com ênfase na proteção dada pelas vacinas. O objetivo é promover o crescimento individual e coletivo da equipe, ampliar as estratégias de vacinação e melhorar as coberturas vacinais na região. O trabalhador da sala de vacinação é um dos grandes responsáveis pelo sucesso do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, pois cabe a ele o trabalho incansável nas salas de vacinas das unidades de saúde e também nas atividades extramuros, especialmente em campanhas de vacinação de todo o Brasil”, ressalta Elizabeth.

Vacinação indígena

A vacinação indígena é uma ação universal que transcorre todo curso de vida do indivíduo, considerando a suscetibilidade do indígena às doenças imunopreveníveis. A vacinação dessa população reúne uma série de especificidades desafiadoras, tais como: rotatividade de recursos humanos, grande dispersão geográfica, dificuldades de acesso, condições ambientais adversas, altas temperaturas, falta de energia elétrica, armazenamento das vacinas em caixas térmicas por longos períodos, além das questões que envolvem a logística.

Calendário Nacional de Vacinação

São mais de 20 vacinas disponibilizadas nas salas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. São elas: BCG, Hepatite B, Penta, Pólio inativada, Pólio oral, Rotavírus, Pneumo 10, Meningo C, Febre amarela, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela), DTP, Hepatite A, Varicela, Difteria e tétano adulto (dT), Meningocócica ACWY, HPV quadrivalente, dTpa, Influenza (esta ofertada durante Campanha anual) e Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23).

Campanhas vigentes

Além das vacinas de rotina, estão em andamento em Minas Gerais a ampliação da vacinação contra a covid-19 para crianças entre 6 meses a 2 anos de idade e, a ampliação da vacinação Meningo C para os trabalhadores da saúde, trabalhadores da educação de ensino superior e técnico e estudantes universitários acima de 16 anos, que ainda não foram vacinados.

Por Déborah Ramos Goecking