A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos reuniu em seu auditório as referências técnicas de vigilância epidemiológica e de atenção primária à saúde (APS) e farmacêuticos municipais para alinhar o fluxo de acesso a medicamentos para tratamento de hanseníase e tuberculose. O encontro também teve o objetivo de apresentar o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hanseníase aprovado pela Portaria Nº 67, de 7 de julho de 2022, do Ministério da Saúde (MS).

O encontro foi realizado em 30 de novembro pela SRS Passos através das referências técnicas da Coordenação de Assistência Farmacêutica (CAF) e Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI). “Esse alinhamento busca a eficiência no controle destes agravos, visando sempre atender os usuários de maneira certa e no tempo certo”, comenta a referência técnica do NUVEPI em tuberculose, Maria Ambrosina Cardoso Maia.

Créditos: Ascom/SRS Passos

Segundo a coordenadora da CAF/SRS Passos, Andrea Reis Pereira, foi importante alinhar com a APS, epidemiologia e farmacêuticos o protocolo da hanseníase e atualizar o fluxo para o fornecimento dos medicamentos para tuberculose, porque são esses “três atores” que devem interagir para que o usuário seja atendido a tempo de iniciar seu tratamento o mais rápido possível, após a prescrição médica. “Se todo mundo fizer o seu papel, o medicamento vai chegar mais rápido ao paciente”, disse.

Inicialmente, a reunião teve a apresentação da situação epidemiológica, clínica, terapêutica e medidas de prevenção contra a tuberculose e hanseníase.

Em relação à tuberculose, referência técnica do NUVEPI/SRS Passos, destacou também a importância da prescrição correta dos medicamentos tanto para infecção pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis (ILTB), quanto para a tuberculose ativa (TB). O medicamento correto na ILTB reduz de 60% a 90% o risco de evolução para TB.

Segundo Andrea Pereira, a diferenciação dos estágios da TB e a observação do novo protocolo para tratamento da hanseníase são fundamentais para o atendimento aos pacientes e a atuação da vigilância epidemiológica. “São doenças com notificação compulsória, com necessidade de vigilância de agravos”, disse, observando também que os profissionais devem cumprir o fluxo de acesso aos medicamentos, para não haver risco de falta no estoque.

Os medicamentos para tratamento da hanseníase e tuberculose são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Por Enio Modesto